Notas & Registos


Vista Parcial de Loriga

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Vista Parcial (Abril 2003)

Foto J.Garcia

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A História da Emigração

Desde os remotos tempos primitivos da humanidade, que os povos, nas suas constantes movimentações para outras paragens na procura do seu próprio desenvolvimento, davam formação ao que se chama hoje emigração.
O movimento emigratório, é pois, um fenómeno desde que a vida existe na terra, e foi-se tornando cada vez mais concretizado, nas conquistas, nas invasões, nos descobrimentos, guerras, miséria e tragédias de origens naturais da terra e ainda no surgimento de Continentes, civilizações, línguas e povos.
A emigração portuguesa teve o seu inicio com os descobrimentos e simultaneamente com a colonização.


Loriga terra de Emigração I

A emigração é pois uma presença viva, tendo em conta e a certeza de uma necessidade real de existir nas sociedades, onde também, representa uma constante movimentação de gentes e de povos para outras paragens ou para um refugio social mais ambicioso.
As descobertas, as conquistas, as colonizações, são os meios mais significativos do começo da emigração portuguesa, no entanto, é a partir do século XIX, que vamos encontrar os registos mais esclarecedores na história da emigração a partir de Portugal. Se bem que no século anterior era já um facto consumado o movimento emigratório, só que nessa altura não eram ainda os mais pobres que abandonavam o país, quem saía, eram os pequenos agricultores e também pequenos comerciantes do norte e centro e ainda alguns intelectuais.
No século XIX a emigração passa então a ser uma realidade em grande força, passando a emigrar a população mais pobre, quase sempre analfabeta e oriunda das actividades agrícolas, desempregados e mão de obra não totalmente qualificada.
Loriga é uma das terras da região da Serra da Estrela, que mais emigração espalhou pelas quatro partes do mundo.
Parece não haver dados, que nos digam em concreto, quando teve início a emigração dos loriguenses, mas alguns dados que se foram sabendo, pensa-se que as primeiras pessoas a saírem de Loriga com destino às terras de Santa Cruz, ocorreu no século XIX.
Nas primeiras décadas desse século, em Loriga, o espaço vital como hoje se diz, era restritíssimo para a população que aumentava continuamente. A agricultura não atraia os jovens, muito por culpa do terreno irregular, apesar de existirem já algumas fábricas, a industria, ainda não estava muito desenvolvida, que só veio a verificar-se décadas mais tarde.

A independência do Brasil em 1822 e a abolição da escravatura, foi o mote da mudança do estatuto de emigrante, que veio a ser determinante na emigração portuguesa para aquele país, onde se pensa também que foi a partir de então que se iniciaram os primeiros passos da emigração loriguense.
Durante anos foi muita a população de Loriga que deixou sua terra com destino ao norte do Brasil, chegando mesmo a verificar-se um certo êxodo emigratório finais do século XIX princípios do século XX.
O Brasil, durante décadas, continuou a ser o destino de muitos loriguenses, onde se veio a formar uma grande colónia, hoje apesar de serem já poucos os naturais desta localidade que ali se encontra, é significativo os descendentes que continuam a reconhecer as origens dos seus antepassados.
Entretanto o espírito emigratório das pessoas de Loriga, continuava a verificar-se e sistematicamente continuavam a sair da sua terra, procurando outros países, nomeadamente a Argentina e também o antigo ultramar português.
Após a II Guerra Mundial e as sequelas que deixou, muitos dos países europeus tinham a inevitável necessidade de trabalhadores para o seu desenvolvimento.
Portugal confrontava-se com uma política, que não permitia a saída da sua população, no entanto, nas décadas 1950 e princípios da 60, o aproveitamento da clandestinidade foi o mote para que muitos saíssem do país nomeadamente para a França, ficando para a história o meio clandestino e aventureiro do "Salto" utilizado então com destino aquele país.
Foram alguns os loriguenses que empreenderam por este meio clandestino para irem para a França, nos primeiros anos da década de 1960. Mas pouco tempo depois e com os países europeus na onda do desenvolvimento industrial, a política portuguesa começou a ter uma outra postura. Foram efectuados alguns acordos que resultaram em fase disso, de uma maior abertura de fronteiras em Portugal, deixando mesmo de existir uma política de "porta fechada" mas que na altura, era apenas destinada a todos aqueles com o serviço militar cumprido.

Observa-se então um grande êxodo emigratório e assim grande parte da mão de obra de Loriga começa a sair para vários países europeus, tratando-se de trabalhadores qualificadas ou não.
Este novo cenário da emigração loriguense, quando ainda se tinha em pensamento para lá do oceano, agora toma a direcção da europa para além dos Pirineus, e se a França foi o destino prioritário, logo de seguida se seguiram os outros países, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda.
A emigração portuguesa para Alemanha, teve início em 17 de Março de 1964, com a assinatura do "Acordo Relativo ao Recrutamento e Colocação de Portugueses na República Federal da Alemanha. Segundo se sabe o primeiro habitante de Loriga a sair para Alemanha foi Fernando António Mendes Alves, no dia 25 de Abril de 1965.
Apesar dos muitos regressos verificados, principalmente até pelos números dos últimos anos, em que muitos dos emigrantes atingiram a idade da reforma, não devemos esquecer que mesmo assim, ainda são muitos os naturais de Loriga espalhados pela europa, onde sobressai em grande escala a França, Alemanha, mas acima de tudo o Luxemburgo, onde a comunidade loriguenses continua a ter um número significativo em relação a muitas outras terras.
Já neste século XXI, a emigração dos loriguenses, continua ainda hoje a ser uma realidade, havendo sempre potenciais emigrantes, mas hoje em dia e praticamente resume-se com destino aos países europeus, nomeadamente para o Luxemburgo, Alemanha e também Suíça.
Falar na emigração é falar numa permanente história da vida, onde no entanto, com relativa facilidade se terá que identificar com populações menos favorecidos na sua expressão social e económica e neste aspecto Loriga e, a região onde está inserida, esteve sempre dentro destes parâmetros.


Os primeiros emigrantes Loriguenses II

São registos antigos, que nos dão a conhecer, ter sido a partir das primeiras décadas do século XIX, que os primeiros loriguenses, na condição de emigrantes, começaram a sair do país com destino ao norte do Brasil.
Alguns escritos mais esclarecedores dão-nos conta, que a emigração loriguense começou a ter mais força, logo após o termo dos conflitos das lutas liberais. Nessa época Loriga, politicamente, estava dividida entre as fracções de D.Miguel e D.Pedro, por isso pensar-se que a saída também de alguns loriguenses da sua terra poderá estar relacionado aos meios políticos.
No entanto, tudo leva a crer que o principio da emigração loriguense, se deva na necessidade da procura de uma vida melhor ou mesmo o sustento para as suas famílias, ao mesmo tempo conseguir um meio económico, que a sua terra lhes não podia proporcionar.
Foi a partir da segunda década do século XIX, que surge então o maior êxodo da emigração loriguense, o destino era por norma a cidade de Belém no norte do Brasil, pensa-se por ser mais perto e a viagem mais barata. Aqui nesta cidade se fixou a maioria para não mais a abandonarem, enquanto outros se atreveram a subir em simples jamgadas o rio Amazonas para se fixarem na cidade de Manáus.
Nessa altura uma viagem para o norte do Brasil, poderia custar 60$000 reis fortes ou 120$000 reis fracos, mas muitas da vezes até muito menos 24$000 ou 28$000 reis, viagens estas feitas em veleiros com condições de conforto praticamente inexistentes.

Tendo em conta dos fracos recursos económicos, para custearem os custos das viagens, os emigrantes Loriguenses estavam sujeitos a condições de transporte onde a comodidade não existia e onde tudo de mau parecia existir, desde uma espécie de dormitório quase sempre super-lotado construindo com tábuas beliches desmontáveis e dispostos em fila, as precárias condições higiénicas e sanitárias que com frequência propagava doenças contagiosas e, o mal-estar (enjoo).
Com os balanços ininterruptos da embarcação e também o frio e, a escassa alimentação, originava por vezes a debilidade física e com ela alguma doença. Só mesmo uma grande motivação de esperança de terem uma nova vida, lhes era possível conseguirem ter a coragem e a força para enfrentarem toda uma viagem verdadeiramente em condições precárias e por vezes impróprias para pessoas.
Esta movimentação emigratória para o continente americano, passou a ser uma realidade e ao mesmo tempo uma preocupação para os governantes, tanto de Portugal como até dos outros países europeus, não só pelo movimento económico e por ventura um grande negócio para os proprietários dos veleiros, mas acima de tudo pelas condições precárias de transporte que estes veleiros faziam dos potenciais emigrantes, perante este estado de coisas, foram-se criando leis e em 1858 existia já em Portugal a lei §§ 1. e 2. do artigo 25, de 1 de Maio que dava conta de uma inspectoria alfândega para quando da chegada dos veleiros ao Brasil e respectiva verificação dessas condições
Depois de por vezes tormentosa viagem e em alguns casos de longos meses, era grande a ansiedade da chegada à terra prometida, no entanto, para muitos ao chegarem era também a decepção, só querendo ter dinheiro para regressarem logo de seguida à terra que os viu nascer apesar da longa viagem que tinham acabado de concluir.

Barco de Emigrantes para o Brasil

Os primeiros emigrantes sujeitaram-se a trabalhos duros, tendo o clima como grande inimigo. Muitas da vezes nus até à cintura, com uma tanga que lhes cobria o corpo até aos joelhos e a servir-lhes de sapatos uns pedaços de pau, o calor insuportável que os fazia usar um farrapo de serapilheira que lhes servia de chapéu e ao mesmo tempo de rodilha para carregarem volumes à cabeça.
Apesar de todo um cenário de vida difícil, uma força interior parecia não fazer vergar os loriguenses, pois estavam habituados a enfrentar muitos desafios que a Serra por vezes lhe oferecia, tendo também no pensamento a sua família lá longe e uma visão futura, aquela sua dedicação ao trabalho e a vontade de vencer, aos poucos foi progredindo e socialmente elevando-se na procura de uma vida melhor, tendo sempre no pensamento a ideia de poder ganhar essa difícil vida que tinham escolhido emigrando.
No principio do século XX as colónias Loriguenses em Belém e Manáus, eram sensivelmente iguais, vivendo já em qualquer uma delas cerca de 300 pessoas mas uma década mais tarde devido a grande baixa do preço da borracha do amazonas muitos começaram a abandonar a cidade de Manáus sediando-se a maioria na cidade de Belém.
Considerando ser essas paragens no norte do Brasil, as primeiras terras da emigração Loriguense, aqueles primeiros filhos de Loriga que ali chegaram estavam longe de imaginar que com a sua coragem, humildade e grande força de viver formaram uma grande colónia, que foi sempre de um grande bairrismo com muitos benefícios doados à sua terra.
Se objectivo de vencer e regressar a Loriga era a ideia predominante e conseguido por muitos, foram muitos também aqueles que não concretizaram o sonho de voltarem à sua querida terra que tanto adoravam, muitos mesmo nem sequer tinham imaginado que a terra que tinham escolhido para uma vida melhor e dos seus, viria a ser também a terra da sua sepultura.
A emigração Loriguenses tem sido uma constante de geração em geração. Hoje espalham-se pelos cinco continentes. Actualmente, apesar das notórias mudanças sociais e económicas em Portugal, os loriguenses continuam a emigrar, como que, em continuação da ideia emigratória dos primeiros emigrantes que deixaram Loriga, procurando outras terras para um a vida melhor.


Documentação da Emigração Loriguense para o Brasil

Aqui se regista documentação de Gente de Loriga, quando da sua ida para o Brasil, documentos de grande valor histórico, para constar da História da Emigração Loriguense, neste caso em relação ao Brasil, onde na realidade existiu uma grande comunidade natural de Loriga, cartelizada como de grande bairrismo e de elevado benemérito para a sua terra natal.


A primeira foto de família conhecida dos primeiros loriguenses na cidade de Manaus - Brasil, foto que se situa ao ano de 1900


(I) - Fichas Consulares de Qualificação

Como informação, deve dizer-se que são cerca de uma centena de Fichas Consulares de Qualificação já encontradas na Net, na maioria relacionadas aos nomes da vasta Lista de Assentamentos, que aqui também registo nesta minha Página, mas na impossibilidade, de momento, de aqui documentar todas essas referidas Fichas Consulares de Qualificação, informa-se estar disponível o autor desta Página www.loriga.de para disponibilizar a qualquer um dos interessados a respetiva ficha da pessoa interessada.

Neste prisma, apenas estão colocadas aqui estas quatro Fichas Consulares de Qualificação, relacionadas com familiares do autor desta página

Amália Lopes Martins (tia e madrinha)
(* 4.8.1922 - .......)

Maria José Lopes Macedo (Avó materna)
(* 14.11.1891 - .....)


Joaquim Martins Pina (irmão mais velho)
(* 17.7.1934 - + 2.2.2017)

António Nunes Brito (tio da esposa)
(* 20.3.1920 - + 4.9.2019))


(II) - Registos de Assentamentos

Nomes

Data e localidade de nascimento/Ano da ida e destino *

Filiação

Maria do Carmo Luiz de Abreu

25 Februar 1906 Loriga
1951 - Rio de Janeiro, Brazil

Manuel Mendes Luíz de Abreu
Maria dos A L de Moura

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Maria Isabel de Abreu Mendes

10 August 1935 Loriga
1951 - Rio de Janeiro, Brazil

Alvaro Mendes Simão
Maria Do Carmo de Brito Abreu

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Maria Helena de Moura Simões

21 April 1926 Loriga
1948 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

José Simões de Pina
Laura da Conceição Fernandes de Moura

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Joaquim dos Santos

8 September 1921 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

Manuel dos Santos
Maria Emilia

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Aurora Pinto dos Santos

11 November 1916 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil

Manuel dos Santos Silva
Carolina Pinto de Moura

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José de Moura Ferreira

27 April 1936 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

Antonio Ferreira da Silva
Maria Emilia de Jesus de Moura

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Jose Pires Figueiredo

12 Juni 1927 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes de Moura

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Jose Ferreira Rifona

11 Februar 1935 Loriga
1963 Rio de Janeiro, Brazil

Jose Duarte Rifona
Maria T Ferreira Lucas

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Joaquim dos Santos Ferrito Junior

2 Dezember 1913 Loriga
1941 Rio de Janeiro, Brazil

Joaquim dos Santos Ferrito
Emilia das Neves Ferrito

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José dos Santos Ferrito

4 Juni 1922 Loriga
1949 Rio de Janeiro, Brazil

Joaquim dos Santos Ferrito
Emilia das Neves Ferrito

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Maria Dos Anjos Figueiredo

30 Oktober 1924 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

Manuel Alves Luis
Urbana Dias Figueiredo

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Maria Teresa Nunes Matias

17 Mai 1921 Loriga
1954 Rio de Janeiro, Brazil

Agostinho Matias
Leonor Nunes Matias

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José Mendes Frade

13 Februar 1893 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

José de Moura Frade
Rita Mendes de Jesus

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Idail Ambrosio de Pina

16 März 1910 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil

Antonio Ambrosio de Pina
Maria dos Anjos Moura Brito

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Amalia de Brito Pereira

17 Juli 1926 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil

Jeremias Alves Pereira
Laura de Brito Muzarga

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Maria De Lourdes Moura Marques Amaral

20 April 1933 Loriga
1955 Rio de Janeiro, Brazil

Alberto Marques Silvestre
Floripes de Moura Monteiro

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Ana Rosa Marques

24 September 1891 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Antonio Alves Simão
Tereza Mendes de Moura

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José Augusto

1948 Loriga
1953 Rio de Janeiro, Brazil

Aurora Mendes de Brito

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Leopoldina de Jesus Lemos

17 April 1878 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil

João Manoel
Francisca de Jesus

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Alzira de Brito Moura

12 Januar 1918 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil

José Nunes Luiz
Palmira de Brito Moura

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Aurora Antunes de Moura

25 Mai 1926 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil

Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes Moura

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Floripes Duarte Jorge

29 Dezember 1918 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

Abilio Duarte Palas
Maria da Encarnação Jorge

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Artur Duarte Jorge

12 April 1926 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Augusto Duarte Jorge
Maria dos Anjos de B Martins

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Antonio Mendes Matias

6 Juni 1919 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Francisco Mendes Matias
Maria José de Brito Antunes

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Maria Filomena Antunes Lucas Pinto

5 Februar 1940 Loriga
1964 Rio de Janeiro, Brazil

Emilio Fernandes Lucas
Floripes Antunes Ferreira

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Lucia Alves de Brito

30 November 1930 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil

João Jose de Brito
Maria José Alves Antunes

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Maria Isabel Lopes de Brito

31 Dezember 1927 Loriga
1949 Rio de Janeiro, Brazil

Emilio João de Brito
Deolinda Lopes de Brito

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Tereza Luiz de Brito

28 Februar 1879 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil

José Aparicio de Carvalho
Maria Luiz de Brito

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Ermelinda de Brito Amaro Mendes

4 Mai 1916 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

José Boto
Carmina de Brito Amaro

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Aurora Mendes de Brito

22 Dezember 1924 Loriga
1953 Rio de Janeiro, Brazil

José Boto
Carmina de Brito Amaro

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Jose Alves Garcia

24 April 1922 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

José Garcia Junior
Maria Teresa Mendes de Moura

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Maria Do Carmo Alves Garcia

27 Februar 1926 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

José Garcia
Maria Tereza Alves Garci

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Alvaro Jorge Ribeiro

16 Mai 1915 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Augusto Jorge Ribeiro
Prazeres Antunes de Moura

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Alvaro Mendes Simão

5 Juni 1913 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Antonio Mendes Simão
Olinda de Jesus

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Floripes Duarte Jorge Ou Duarte Gouveia

29 Dezember 1918 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil

Abilio Duarte Palas
Maria da Encarnação Jorge

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António de Brito Prata

7 Dezember 1931 Loriga
1963 Rio de Janeiro, Brazil

Plácido de Brito Prata
Palmira de Moura Pina Prata

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Ester De Jesus Lemos

7 Februar 1913 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil

José Lemos de Moura
Leopoldina De Jesus Lemos

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Carolina Martins da Silva

19 August 1908 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil

Albino Pinto Martins
Maria José Antunes Martins

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Laurinda Marques Martinho

26 November 1927 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil

Manuel Marques
Teresa Martinho

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Alvaro Marques Martinho

1950 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil

Manoel Henriques da Costa
Maria dos Anjos Mendes Costa

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Antonio Antunes Cabral

4 Januar 1915 Loriga
1945 Rio de Janeiro, Brazil

Manoel Henriques da Costa
Maria dos Anjos Mendes Costa

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José de Brito Crisostomo

17 November 1890 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

Antonio de Brito Crisostomo
Amelia Mendes de Moura Galvão

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Carlos Pereira Ramos

20 November 1924 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil

José Ramos
Maria Emilia Alves Pereira

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Beatriz Simoes Pina

21 August 1926 Loriga
1948 Rio de Janeiro, Brazil

Antonio dos Santos Pina
Aurora Simoes Pina

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José Pires Figueiredo

12 Juni 1927 Loriga Seia
1951 Rio de Janeiro, Brazil

Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes de Moura

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José Ambrósio Pina

10 April 1921 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil

António Ambrósio de Pina
Maria dos Anjos Moura Ambrósio

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Manoel Cardoso de Pina

12 April 1916 Loriga Seia
1942 Rio de Janeiro, Brazil

Emidio Cardoso de Pina
Maria Emilia de Brito de Jesus

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Floripes de Brito Moura

5 März 1919 Loriga -Seia
1946 Rio de Janeiro, Brazil

José Gomes Luis
Palmira Brito Moura

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José Mendes Veloso

11 Juli 1901 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil

João Mendes Veloso
Maria Nunes de Pina

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Maria José Ambrósio

2 Juni 1922 Loriga Seia
1951 Rio de Janeiro Brazil

José Alves Simão
Cristiana Ambrósio de Pina

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Maria Jose Lopes Macedo

14 November 1891 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

José Macedo
Tereza Lopes de Brito

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Amália Lopes Martins Ou Martins Moraes

4 August 1922 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil

Manuel Martins da Mota
Maria José Lopes Martins

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Mario Mendes Lucas

25 Februar 1919 Loriga Seia
1946 Rio de Janeiro, Brazil

Joaquim Mendes Lucas
Maria Dos Anjos Ano Bom

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* Constando em todos estes Registos de Assentamentos, como destino a cidade do Rio de Janeiro, no entanto, a grande maioria, tinha como destino Manaus e Belém do Pará.


Comunidade Loriguense em Belém-Pará Brasil
- Lista dos naturais de Loriga -

A Comunidade Loriguense em Belém do Pará Brasil, chegou a ser uma grande comunidade, que está gravada no historial de Loriga, pelos mais rudimentares aspectos, como por exemplo o sócio e económico, bairrismo e benemérito.
Hoje a comunidade em Belém do Pará resume-se apenas a 17 loriguenses, naturais genuínos de Loriga, no entanto, continua a ser uma vasta comunidade de ligação a Loriga, através dos descendentes, famílias e amigos, continuando dessa forma a ser predominante toda uma certa adoração a Loriga.
Recorde-mos também a vasta comunidade loriguense que chegou a existir na cidade de Manaus, também situada no norte do Brasil, nos finais do século XIX e primeiras décadas do século XX, quando a exploração da borracha estava no auge, atraindo então para aquela região muitos loriguenses, que ficaram para a história como os maiores beneméritos, ao mandarem construir os Fontanários da sua terra, na altura uma grande carência com a qual a população em Loriga se debatia.
Com a queda do preço da borracha, os loriguenses foram deixando Manaus e passaram a fixar-se mais em Belém, aos poucos a vasta comunidade que até então existia em Manaus foi-se extinguido e hoje já ali não existe nenhum natural genuíno de Loriga.

Aqui documentamos a Lista dos naturais de Loriga radicados actualmente em Belém do Pará e arredores actualizada no Ano 2017

- António Nunes Brito
- José Ferrito
- Carlos Lopes de Moura
- António Jorge dos Santos
- Maria Regina Brito Maués
- Maria Helena Brito Fonseca
- Fernando Moura Marques
- Lucília Conde Capela
- Maria Helena Conde
- Leontina Amaral
- Irene Pina

- Lourdes Martins
- José Alves Fernandes
- Pedro (Cozinha)

- Emílio Pinto Lucas (*)
- Filomena Lucas (*)
- Mário Pinto Lucas (*)

(*) Vivem em Castanhal cidade que fica a 68 Km. da cidade de Belém

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Algumas notas sobre Belém e Castanhal

Cidade de Belém do Pará

Capital do estado do Pará, pertencente à Mesorregião Metropolitana de Belém e à Microrregião de Belém. Com uma área de aproximadamente 1 064,918 km², localiza-se no norte brasileiro, distante 2 146 quilômetros de Brasília.
Com uma população de 1 392 031 habitantes, maior densidade demográfica da região norte 1307,17 hab/km², é conhecida como "Metrópole da Amazônia", e uma das dez cidades mais movimentadas e atraentes do Brasil. A cidade é sede da Região Metropolitana de Belém, que com 2.100.319 habitantes, é a 2º mais populosa da região, 12ª do país e 177ª do mundo, além de ser o maior aglomerado urbano da região. A cidade de Belém, considerada a maior da linha do equador, é também classificada como a capital com melhor qualidade de vida do Norte do Brasil.
Em seus quase 400 anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude, entre os quais o período áureo da borracha, no início do século XX, quando o município recebeu inúmeras famílias europeias, o que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida na época como Paris n'América. Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial.
A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Theatro da Paz, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o mercado do Ver-o-Peso, e eventos de grande repercussão, como o Círio de Nazaré.

Cidade de Castanhal

Atribuem-se a índios da tribo Tupinambá, as origens históricas de Castanhal. O povoamento regular começou a partir do caldeamento racial entre brancos, pardos e nativos. Com a chegada da Estrada de Ferro de Bragança começa o primeiro período de desenvolvimento, com os colonizadores cearenses, especializados no cultivo da terra, contratados pelo Governo Provincial. Formou-se a Vila de Castanhal, criada oficialmente em 15 de agosto de 1899. Em 28 de janeiro de 1932 foi criado o Município de Castanhal por meio do Decreto-Lei N° 600, assinado pelo interventor federal do Pará Magalhães Barata. Depois,com a abertura de rodovias, especialmente a Belém-Brasilia, iniciou a última fase de colonização com elementos populacionais de outras localidades do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. O nome Castanhal deriva do Igarapé Castanhal(atualmente extinto) que, em suas margens, possuia muitas castanheiras(Bertholletia excelsa).

Cidade de Manaus

No Rio de Janeiro, a República Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A Província do Amazonas passou a ser o Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor mundial, orientou sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões, bem como a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas. Naquela época, o Nordeste brasileiro foi atingido pela "Grande Seca de 1877-1878", que causou mais de um milhão de mortes, além de uma grande epidemia de cólera. Muitos nordestinos vieram para Manaus fugidos deste fenômeno, chegando ao local em grandes massas.
Em 1910, Manaus ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região. O desempenho do comércio manauense tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manaus, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono.

(Registado aqui - Ano de 2012)


A emigração Loriguense na Europa III

Os primeiros loriguenses começaram a emigrar para os países europeus, ainda na clandestinidade, por altura do ano de 1961-62, tendo como destino mais concretamente a França, o que aliás era um fenómeno que vinha já acontecendo um pouco por toda a região.
.Nesses tempos de autênticas aventuras, o meio utilizado era o "Salto" nome popularmente dado ao meio clandestino, para assim conseguir a concretização do objectivo para chegar à França.
Anos mais tardes e quando deixou de existir uma politica de "porta fechada" passando a existir os meios legais para a saída com destino a outros países, observa-se em Loriga um dos maiores êxodo de emigração, assim grande parte da mão de obra desta localidade sai para os vários países europeus, tratando-se de trabalhadores qualificados ou não. Esta mão de obra destina-se principalmente para o sistema das grandes industrias, actividades sazonais, construção civil, agricultura ou mesmo turismo.
Este novo cenário da emigração loriguense, quando ainda se tinha em pensamento para lá do oceano, agora toma a direcção da europa para além dos Pirineus, tendo em conta que os países deste velho continente estavam em grande expansão económica, começando por ser a França o país de destino prioritário, não tardando que se seguissem outros por ordem decrescente, Luxemburgo, a República Federal Alemã, Bélgica, Holanda e Suíça.
Ao contrário dos emigrantes para lá do oceano que tinham na emigração uma perspectiva definitiva e de integração, os loriguenses que abandonavam a sua terra e o seu país para os países europeus, devido ao aspecto geográfico, nunca cortaram com as suas origens e têm mesmo na emigração uma perspectiva temporal limitada, quer concretize ou não o pensamento que tem sempre presente do regresso, por isso este factor de manutenção de relações regulares com a terra natal e um projecto permanente de regresso ficam de uma maneira geral, ligados na origem da sua não total integração no país de acolhimento.

Outro factor desta mesma não integração e talvez mais complexa e determinante, deveu-se ao facto também em parte de que não dependia só da vontade ou das decisões individuais, muitas das vezes dependia directamente da duração do contracto, da conjuntura económica do país de destino ou do facto de ter de levar a família (particularmente os filhos) ou manter a ideia de continuar a ter que deixar a sua família na sua terra e no seu país.
A partir de 1973 a emigração na europa tem uma profunda alteração, com a crise económica internacional que entretanto deflagra e que conduz à politica da "porta fechada" nos países do destino normalmente procurados pelo fluxo emigratório, a partir de então começa logo a descer consideravelmente o êxodo da saída dos loriguenses, vivendo ou não na sua terra.
A maior oferta de postos de trabalho, melhores remunerações, melhores condições de vida, melhor assistência social na doença e na velhice e melhores condições ao ensino e formação profissional dos seus filhos, era a motivação que levou os loriguenses, durante três décadas, a concentraram-se na ideia emigratória para a europa.
O emigrante loriguense na europa, onde quer que se encontre, não esquece a sua terra onde uma certa mística os atrai às suas origens, na perspectiva de um dia regressar. A aquisição de uma casa foi sempre um dos primeiros objectivos, que fez recordar o desenvolvimento habitacional de Loriga, quando da emigração brasileira.
Com a previsão da entrada do nosso país no Mercado Comum europeu nos primeiros anos da década de 1980, um fenómeno no âmbito da emigração se fez sentir, desta feita o regresso para muitos.

Emigrantes década - Ano 1970

Pelo facto do levantamento dos fundos dos descontos sociais em alguns países, antes da integração de Portugal na EU em Janeiro de 1986, como também, porque para muitas famílias emigradas na europa o ciclo se fechou e tinham entretanto realizado o seu projecto ou quer ainda também por terem sido aliciados pelos chamados "subsídios de regresso" ,concedidos em alguns países de acolhimento, muitos portugueses começaram a regressar à sua origem, os loriguenses não fugiram à regra.
Alguns regressos foram-se verificando só que desta feita não só eles, como também seus filhos entretanto nascidos nesses países de acolhimento e que por isso para estes foi uma outra integração a outro meio a outra terra.
No entanto, no regresso à sua terra um problema os esperava a todos, o momento económico em Loriga e na região, não era capaz de dar resposta a uma normal integração e por conseguinte, muitos dos regressados mais tarde se aperceberem da frustação do regresso e foi por isso notório um novo pensamento de emigrar.
Na última década do século XX, a realidade emigratória passou a ser bem diferente, com Portugal dentro do chamado comboio da europa, o estatuto de emigrante passou a não ser o mesmo, como foi nesses tempos da verdadeira emigração.
Com uma politica europeia sem existência de fronteiras e por isso de livre circulação de cidadãos dentro da Comunidade, apesar de existirem ainda restrições na procura de trabalho em cada um desses países, continuou em Loriga e na região a existir uma forte motivação para partirem, principalmente os filhos que não lhes parecia fácil a uma total integração sabendo que no estrangeiro poderiam ter melhor condições de vida.
No entanto, não deixa de ser curioso o facto de continuar a existir ainda hoje em Loriga pretendentes a emigrar, neste caso concreto apenas em números reduzidos, só que desta feita, esta onda de pensamento para emigrar, em parte, continua a existir pelo facto da crise e falta de trabalho que continua a ressentir-se nesta localidade até à pouco ainda bem industrializada.
Na história da emigração de Loriga, não restam dúvidas que tem que figurar para sempre estas duas fases emigratórias loriguense, a brasileira e europeia, num mesmo potencial económico e social, mas o mesmo não se poderá dizer na integração nos respectivos países de acolhimento, que enquanto além-mar a integração foi na generalidade, para a europeia apenas se deverá concretizar à segunda geração.

(Registado aqui - Ano de 2007)


Loriguenses
Combatentes na 1ª. Grande Guerra

Introdução

Numa primeira análise deve-se dizer que 1ª. Grande Guerra Mundial, foi uma guerra global centrada na Europa, que começou em 28 de Julho de 1914 e durou até 11 de Novembro de 1918. O conflito envolveu as grandes potências de todo o mundo que organizaram-se em duas alianças opostas - os aliados (com base na Tríplice Entente entre Reino Unido, França e Império Russo) e os Impérios Centrais (originalmente Tríplice Aliança entre Império Alemão, Áustria-Hungria e Itália; mas como a Áustria-Hungria tinha tomado a ofensiva contra o acordo, a Itália não entrou em guerra). Estas alianças reorganizaram-se (a Itália lutou pelos Aliados) e expandiram-se em mais nações que entraram na guerra.
Em última análise, mais de 70 milhões de militares, incluindo 60 milhões de europeus, foram mobilizados em uma das maiores guerras da história. Mais de 9 milhões de combatentes foram mortos, em grande parte por causa de avanços tecnológicos que determinaram um crescimento enorme na letalidade de armas, mas sem melhorias correspondentes em protecção ou mobilidade. Foi o sexto conflito mais mortal na história da humanidade e que posteriormente

Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República ainda recentemente instaurada.
A Inglaterra, que mantinha desde há muito uma aliança com Portugal, moveu influências para que o país não participasse activamente na Guerra. O Partido Democrático, então no poder, movido também pelo facto de já existirem combates entre tropas portuguesas e alemãs junto às fronteiras das colónias em África, desde cedo demonstrou interesse em tornar-se parte beligerante do conflito. Em Setembro de 1914 eram enviadas as primeiras tropas para África onde as esperariam uma série de derrotas perante os alemães, na fronteira do sul de Angola com o Sudoeste Africano Alemão e na fronteira norte de Moçambique com a África Oriental Alemã. O regime republicano decidiu-se a optar por uma tomada de posição activa na guerra devido a várias razões:
Em 1917, as primeiras tropas portuguesas, do Corpo Expedicionário Português, seguiam para a guerra na Europa, em direcção à Flandres. Este Corpo Expedicionário Português conheceu a sua quase destruição. No dia 4 de Abril de 1918, as tropas amotinaram-se pleno campo de batalha, que originou viverem dias de horror e inferno. Do dia 9 para 10 daquele mês, quando a 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português retirava dos campos de batalha para ser substituída, sofreu um dos maiores bombardeamentos do exército alemão seguido por um ataque em massa alemão, embora com grandes focos de resistência por parte dos portugueses o Corpo Expedicionário Português acaba quase por desaparecer (Batalha do Lys). Era o princípio do fim da guerra para os portugueses.
O Corpo Expedicionário Português retirou-se para a retaguarda dos Aliados. Alguns efectivos integraram o exército inglês e outros foram utilizados como mão-de-obra para abrir trincheiras, o que foi desmoralizando, cada vez mais, os soldados lusitanos. Mesmo assim ainda se formou algumas divisões que ainda marcharam na marcha da vitória em Paris em 1919 trazendo alguma glória e honra para os lusitanos.

Os Loriguenses - Combatentes na 1ª. Grande Guerra Mundial

Foram alguns os loriguenses que fizeram parte do Corpo Expedicionário Português, combatendo por terras de França, hoje têm-se conhecimento de alguns, mas pensa-se terem sido muitos e muitos mais, mas por motivos que se desconhecem ainda não se sabe o total, por isso, continuar-se na dúvida de ao certo quantos foram essa I Grande Guerra de 1914-1918.

Aqui registo os nomes de alguns Loriguenses que fizeram parte do Corpo Expedicionário Português, combatendo por terras de França.

José Mendes dos Reis (*)
Coronel
(1873-1971)

Nasceu em de Macapá-Pará - Brasil onde nasceu em 1 de Abril de 1873, vindo para Loriga de tenra idade, filho de José dos Reis e de Maria Águeda Mendes Lemos naturais da Vila de Loriga. Foi para a Guerra França em 1918, Integrado no Corpo Expedicionário Português, na altura era já um oficial de relevo. Regressou a Portugal teve sempre uma carreira militar muito ativa, tendo chegado a patente de Oficial Superior como Coronel. Foi preso, deportado e perseguido pela polícia do estado português. Faleceu em Lisboa no ano de 1971 com 98 anos de idade.

(*) Registos Documentados

Joaquim Pinto Ascensão (**)
(Soldado 1895 - 1971)

Nasceu em Loriga, em 11 de Outubro 1894, filho de António Pinto D' Ascensão e Benedita Lopes de Brito. Regressou da Guerra em França são e salvo e viveu sempre em Loriga e onde veio a falecer já bastante idoso.
Era vê-lo então um conversador nato a contar os episódios passados na guerra e nesses seus relatos nunca deixava de contar aqueles que mais o marcou e que mais perto esteve da morte. Um dia, algures pela França, o seu contingente foi atacado, para além dos habituais bombardeamentos com gazes tóxicos, que punham as populações em debandada, nesse dia houve também uma investida da infantaria alemã.
Da farda, fazia parte um capacete a que chamavam
"franquelete" e foi o "franquelete" que lhe salvou a vida como contava aos amigos, à família e aos seus netos, que ainda o parece estarem a ouvir. -"Quando começou o ataque soaram as sirenes e um homem com uma bandeira na mão corria no meio da multidão em fuga gritando - Salve-se quem puder!.. -Ao meu lado corriam duas mulheres. Entretanto uma bala atingiu o meu capacete, o "franquelete" saltou da minha cabeça com o impacto da bala. Corri ainda mais para fugir da confusão. As mulheres que corriam ao meu lado e dos meus camaradas, nunca mais as volta-mos a ver. Acho que ficaram soterradas nos escombros das paredes que desmoronavam. A morte rondava muito perto de mim. Mas… não tinha chegado ainda a minha hora!.. O Franquelete salvou-me a vida"

(**) Registos Verbais

Joaquim Alves (**)
Soldado

Nasceu em de Loriga, conhecido no meio loriguense por "Joaquim Requeijão". Regressou com vida e radicou-se em Lisboa onde constituiu família viveu toda a sua vida. Faleceu também em Lisboa já bastante idoso nos finais da década de 1970.

(**) Registos Verbais

Carlos Duarte Pina (*)
(Soldado 1894 - 1969)

Nasceu em Loriga, filho de José Duarte Pina, já falecido nessa altura de 1917 e de Ana Gomes Brito. Era conhecido no meio lorigunse por "Ti Carlos D´Aninhas". Seguiu para a Guerra em França em 19 de Janeiro de 1917 pertencia à 2ª. Companhia. Esteve hospitalizado cerca de 2 meses. Regressou a Portugal e a Loriga em Março de 1919. Foi vítima dos gazes

(*) Registos Documentados

António Augusto Moura (*)
(Soldado 1895-1980)

Nasceu no dia 16 de Fevereiro de 1895, na vizinha localidade da Lapa dos Dinheiros, quando ocasionalmente sua mãe ali foi. Filho de Francisco Augusto e de Maria Benedita Luíz de Moura, no entanto, por ter ali nascido naquela localidade era conhecido por "Ti António da Lapa". Regressou da guerra viveu em Loriga e onde veio a falecer já bastante idoso.
Foi um dos combatentes loriguenses na 1ª. Grande Guerra (1914-1918). Partiu para França no dia 13 de Abril de 1917, ficando doente logo assim que lá chegou, depois de ter alta foi integrado no Batalhão 2, ficaram celebres, os seus dotes de combatente na famosa Batalha de La Lys, que o levaram a ser considerado um herói, sendo condecorado com 3 Cruzes de Guerra, que delas muitas vezes e orgulhosamente falava.
Chegou a ser gazeado, quando as tropas alemãs, tentaram tudo e por todos os meios levar de vencida recorrendo ao acto condenável do gazeamento das trincheiras, que sendo vítima desse acto o veio a afectar psicologicamente para o resto da sua vida. Foi também punido com 15 dias de prisão por desobidiência.

(*) Registos Documentados

Manuel Marques (*)
Soldado
.... - 1918
(+ Falecido em combate)

Natural do Fontão (anexo de Loriga), filho de Domingos Marques e de Maria José Gertrudes, já falecida nesse ano de 1917. Era já casado quando foi combater para a França.
Embarcou para a França em Março de 1917, esteve sempre na linha da frente de combate.
Foi ferido gravemente em combate na primeira linha da batalha de La Lys. Faleceu pouco depois em 22 de Março de 1918, tendo ficado sepultado na Vieille Chapelle em França.
Era pai do senhor Professor António Domingos Marques (1917 - 2004), uma figura de Loriga.

(*) Registos Documentados

António Brito Miguel (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de António Brito Miguel e de Maria Jesus Brito, era já casado com Emília Fernandes de Moura, quando foi para a Guerra .Embarcou para a França em 14 de Março de 1917. Foi ferido em combate tendo estado hospitalizado, foi evacuado da linha da frente
Regressou a Portugal em 17 de Junho de 1919.

(*) Registos Documentados

António Brito Pinheiro (*)
Soldado

Nasceu em Loriga, Filho de José de Brito Pinheiro e de Maria Rufina Pinheiro. Era já casado com Ana J. Rega, quando foi para a guerra. Embarcou para França em Janeiro de 1917. Era soldado condutor. Foi um dos feridos em combate e também vitima de gazes.
Regressou a Portugal em Abril de 1919
Quando regressou da guerra fixou-se na sua terra natal.

(*) Registos Documentados

António Cardoso de Pina (*)
Soldado

Nasceu em Loriga, filho de Augusto Cardoso Pina e Ana Fernandes da Cruz, era já casado com Maria Emília Brito Pereira, quando foi para a Guerra. Foi para a França em 19 de Janeiro de 1917. Esteve hospitalizado de Junho 1917 até Setembro desse ano desconhecendo-se o motivo. Foi ainda punido com 5 dias de detenção. Regresso a Portugal e a Loriga em Outubro de 1918

(*) Registos Documentados

António João José Luíz Júnior (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de António João Luíz e de Ana Fernandes Moura. Já era casado com Maria dos Anjos Pina Reis, quando foi para a Guerra. Foi para a França em 19 de Janeiro de 1917. Foi ainda punido com 7 dias de detenção, por nao responder ao chamamento para trabalhar na oficina. Foi julgado incapaz de todo o serviço em 23.7.1918, sendo repatriado para Portugal e voltando a Loriga em Agosto de 1918.

(*) Registos Documentados

António Pinto Aparício (*)
2º. Cabo

Nasceu no Fontão (localidade anexa de Loriga). Filho de Manuel Pinto Aparício e de Rita Maria. Era já casado com Maria Benedita da Silva, quando foi para a guerra. Embarcou para França em Janeiro de 1917. Em Abril desse ano foi promovido a 1º. Cabo. Foi Louvado por Acto de coragem por recuperação de um abrigo nas trincheiras que tinha sido destruído pela artilharia inimiga. Foi também ferido em combate e foi dado como desaparecido, depois se vindo a saber ter estado prisioneiro, só sendo recuperado em Janeiro de 1919.
No mês seguinte ou seja em Fevereiro desse ano, regressa a Portugal fixando-se no seu local de nascimento.

(*) Registos Documentados

Inácio dos Santos Portela (*)
2º. Sargento

Natural de Loriga, filho de João Antunes Portela e de Emília de Jesus Rega. Era já casado com Maria Tereza de Jesus Moura, quando foi para a Guerra. Foi para a França em 22 de Março de 1917.
Já na França e no mês de Maio desse ano 1917 foi promovido a 2º. Sargento.
Esteve hospitalizado desconhecendo-se o motivo. Foi também punido inda punido com 5 dias de detenção, por ter sido encontrado fora da sua Companhia, sem autorização.
Regresso a Portugal e a Loriga em Outubro de 1918.

(*) Registos Documentados

João dos Santos Luíz (*)
1º. Cabo

Natural de Loriga, filho de António Santos Luíz e de Brízida de Amaro. Seguiu para a Guerra em França em 19 Janeiro de 1917. Esteve cerca de 15 dias hospitalizados em Maio,
Regressou a Portugal e a Loriga em Setembro de 1918.

(*) Registos Documentados

Joaquim Duarte Santos (*)
2º. Cabo

Natural de Loriga, filho de Joaquim Mendes dos Santos e de Maria Antónia Mendes Moura. Seguiu para França em 14 de Março de 1917. Esteve hospitalizado logo assim que ali chegou. Quando foi para a França era soldado e durante a sua campanha na Guerra em França, em Setembro de 1918 foi promovido a 2º. Cabo e depois em Janeiro de 1919, foi promovido a 1º.Cabo.
Foi repatriado para Portugal em Outubro de 1919, viajando no navio "Mormungão".
Fixou-se em Loriga quando do seu regresso.

(*) Registos Documentados

Emídio Cardoso Pina
Soldado

Nasceu em Loriga filho de António Cardoso Pina e de Puresa de Jesus.
Embarcou em Lisboa para a guerra em 8 de Agosto de 1917. Foi vítima de gazes e foi ferido.
Regressou a Portugal e a Loriga em 9 de Agosto de 1919.

(*) Registos Documentados

Joaquim Alves Simão
Soldado

Nasceu em Loriga, filho de Joaquim Alves Simão e de Ana dos Anjos.
Partiu para a guerra em 8 de Agosto de 1917. Foi ferido e vitima de gazes, tendo estado hospitalizado.
Regressou a Portugal em 25 de Julho de 1919, fixando-se em Loriga

(*) Registos Documentados

Joaquim Madeira
Soldado

(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido mais dados

Joaquim Martins Garcia
Soldado

(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido mais dados

José Alves Simões
Soldado

Nasceu em Loriga, filho de Joaquim Alves Simões e de Carolina Pinto de Jesus. Era já casado quando foi para a guerra, desconhece-se o nome da esposa.
Era soldado maqueiro embarcou para a França em Agosto de 1917. Foi punido por em serviço não estar com a vigilância devida
Regressou a Portugal em Maio de 1919. Fixando-se em Loriga

(*) Registos Documentados

José Aparício Carvalho (*)
Soldado

Natural de Loriga filho de António Brito Aparício e de Ana de Moura Lemos. Era já casado com Eduarda de Brito Aparício, quando foi para a Guerra. Seguiu para a França em 14 de Março de 1917. Foi ferido e vítima de gazes. Chegou a estar hospitalizado em Janeiro de 1918. Repatriado para Portugal em Abril de 1919.
Regressou a Loriga onde se radic
ou.

(*) Registos Documentados

José Gomes Aleixo
1º. Cabo

Nasceu em Loriga, filho de Joaquim Gomes Aleixo e de Tereza Gomes Lages. Embarcou para a França no dia 22 de Maio de 1917.
Foi ferido em combate em 12 de Maio de 1918, esteve longo tempo de baixa e hospitalizado.Foi promovido a 2º. Sargento
Regressou em 9 de Junho de 1919 e continuou na vida militar
.-

(*) Registos Documentados

José Gonçalves da Cruz ou (Brito) (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de José Gonçalves da Cruz já falecido na altura que foi para a Guerra e de Tereza Brito Miguel. Embarcou para França em 19 de Janeiro de 1917. Foi ferido e foi vítima dos gazes. Diversas vezes foi evacuado do lugar onde se encontrava, algumas das vezes por motivo de doença.
Foi repatriado para Portugal em Janeiro de 1919. Passado algum tempo emigrou para o Brasil, por lá constituiu família casando com uma loriguense e por lá viveu toda a sua vida.

(*) Registos Documentados

José Gouveia (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de António Gouveia e de Emília de Jesus. Partiu para a França em Janeiro de 1917. Foi ferido e por duas vezes esteve hospitalizado.
Chegou a Portugal e de regresso a Loriga em Março de 1919.

(*) Registos Documentados

José Martins da Mota (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de Francisco Martins da Mota e de Águeda de Brito Miguel já falecida nesse ano de 1917. Era já casado com Urbana Luiz de Brito, quando foi para a Guerra. Seguiu para a França em Março de 1917.
Ferido em combate sendo uma das vítimas de gazes em Março de 1918, que o fez sofrer muito.
Regressou para Portugal e para Loriga em Março de 1919.

(*) Registos Documentados

José de Paula Júnior (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de José do Paula Pires e de Preita Ferreira de Jesus. Seguiu para a França em 21 de Março de 1917. Era soldado Condutor.
Combateu na Batalha de La Lys em Abril de 1918, fazendo parte do Batalhão 12. Condecorado com a Medalha Comemorativa da Expedição à França.
Regressou a Portugal e a Loriga em Abril de 1919.


(*) Registos Documentados

José Pires Figueiredo (*)
Soldado

Natural de Loriga, filho de Abílio Pires Figueiredo e de Camila de Jesus. Embarcou para a França em 14 de Março de 1917. Foi ferido e esteve hospitalizado durante alguns dias.
Foi também punido por se recusar a cumprir uma ordem do comandante da guarda.
Regressou a Portugal e a Loriga em Julho de 1919.


(*) Registos Documentados

Manuel Alves Madeira
Soldado

(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido mais dados


*****

(*) Registos Documentados - O autor desta página tem em seu puder, nos seus arquivos, fotocópias das Fichas de Identificação, onde consta o Posto, nome dos pais, estado (nome da esposa), Batalhão, Companhia, ocorrências, data (partida e regresso) tempo que esteve hospitalizado, punições disciplinares, mas não consta a data de nascimento.

(**) Registos Verbais - Dados transmitidos por familiares, amigos, e por outros meios, mas não existe qualquer documento.

(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido mais dados - Até ao momento é desconhecido qualquer outros dados documentados.

Nota - Destes aqui registados, alguns deles o autor desta página ainda teve o prazer de os conhecer, como é o caso do José Mendes Reis, Joaquim Alves, António Augusto Moura e Joaquim Pinto Ascensão. Assim como, devo registo que José Martins da Mota era meu tio Avô, mas não cheguei a conhecer.

Manuel Domingos Marques (*)
Soldado
(+ Falecido em combate)

Natural do Fontão (anexo de Loriga), filho de Domingos Marques e de Maria José Gertrudes, já falecida nesse ano de 1917. Embarcou para a França em Março de 1917. Foi ferido gravemente em combate na primeira linha vindo a falecer em em 22 de Março de 1918 e sepultado na Vieille Chapelle.
Era pai do senhor Professor António Domingos Marques (1917 - 2004), uma figura de Loriga

***

França 1918 - Fotos da Primeira Grande Guerra onde estão referenciados loriguenses

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Aqui se documenta registos conhecidos, desses loriguenses como elementos do Corpo Expedicionário Português, que combateram na França na 1ª. Grande Guerra Mundial

Estes documentos são relacionadaos a António Augusto Moura (1895-1980)

(Registado aqui - Ano de 2015)


O primeiro Postal Ilustrado de Loriga

Um dos primeiros Postais Ilustrado de Loriga, que se tem conhecimento, data de 1926.

Este Postal aqui exposto, tem a data de 7 de Abril de 1926, e foi encontrado à muitos anos por um loriguense num Alfarrabista em Lisboa.

Parte da frente do Postal

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Parte do verso do Postal

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Este Postal, provavelmente escrito por um loriguense (assinatura ilegível) foi enviado para Lisboa (Dafundo).

(Registado aqui - Ano de 2001)


Um navio com o nome
- "Loriga" -

O navio mercante de nome "Loriga" era um insigne barco que percorria os mares hasteando a bandeira inglesa, pertencia a um conceituado armador escocês, que tinha assim batizado aquele grande barco, com o nome de LORIGA, em memória do seu irmão capitão aviador da Royal Air Force, Roberto Tavener HILDICK, uma das vítimas da queda do avião militar inglês em Loriga, no dia 22 de Fevereiro de 1944, mais precisamente na "Penha do Gato" no lugar conhecido pela Barroca do Marteamieiro e junto à Fraga do Alcabreiro.

Recorde-se que o capitão aviador Roberto Tavener HILDICK, tal como as outras cinco vítimas, no total 6 militares que o avião transportava, encontram-se sepultados no cemitério da vila de Loriga, numa campa comum, conhecida popularmente pela campa dos ingleses.

Também se sabe que outro barco similar, mas mais pequeno, foi pelo mesmo armador batizado como o nome R.T. HILDICK, também como homenagem ao seu irmão.

Fotos do Barco "Loriga" que sairam nos meus de divulgação, nomeadamente jornais e revistas, já alguns anos

(Registado aqui - Ano de 2012)


Galeria
- Carros antigos de Loriga e de Loriguenses-

- Peugeot 104 -

O carro Peugeot 104 do Ano de 1977, do Joaquim Lemos Conde, é sem dúvida o mais antigo automóvel a circular em Loriga. Foi adquirido novo por este loriguense no ano de 1977, quando ainda era emigrante em França.

Fez com ele nove viagens a Portugal, já andou milhares e milhares de quilómetros e segundo nos diz "ainda está pelas curvas", apesar de já ter 35 anos (no ano de 2012) de existência, que mesmo assim e por estranho que pareça, ainda consegue arranjar peças para ele, mas neste caso só em França.

(Registado aqui - Ano de 2012)

***

- Toyota Carola 1200 -

O Carro "Toyota Carola 1200", do Ano de 1980, com o volante à direita é um dos carros mais antigos em Loriga, o seu proprietário é o bem conhecido António Gomes da Costa, que durante muitos anos esteve radicado na África do Sul. Este loriguense resolveu no ano de 1981, trazer essa sua viatura para Portugal e para Loriga, veio de barco num contentor e nesse mesmo contentor chegou a Loriga, tendo sido descarregado na rampa da Redondinha, junto à capela, que exigiu uma certa perícia e muita mais arte para depois o tirar da dita rampa.

Durante cerca de três anos a viatura esteve numa garagem, porque entretanto, o António Gomes da Costa, ainda continuou emigrado por esse país africano.
Hoje sem dúvida, que sendo um carro antigo, com 34 anos (no ano de 2014) é na verdade uma relíquia que tem um valor estimável para o seu proprietário, mas para além disso qualquer um de nós ao ver circular tal relíquia por Loriga, olha para ele e admira com alguma saudade, pensando que hoje já se não fabricam assim carros que durem assim tanto tempo.

(Registado aqui - Ano de 2014)

***

- Carro Renault 12C (R1330) -

O Carro Renault 12C (R1330) do Ano de 1981 (tipo carrinha), mais um automóvel dos mais antigos em Loriga, com 34 anos (no ano de 2014), tinha como seu proprietário, José do Nascimento Claro (1924-2009) hoje ainda pertencente à família, que mantém essa vontade de continuar a ter esta preciosa relíquia, que se encontra religiosamente guardado numa garagem, em excelente estado de conservação e plenamente apto para circular.

Ainda muitos de nós se lembra de ver a circular o branquinho Renault, conduzido pelo senhor José Claro, consagrado empresário na área da panificação, que tinha por estre seu automóvel de eleição um certo carinho, por isso, sempre o ter mantido muito bem conservado, hoje aqui o estamos a incluir nesta Galaria dos Carros mais antigos de Loriga

(Registado aqui - Ano de 2014)


- Carro Renault 12 GTL -

O Carro Renault 12 GTL do Ano de 1983 (tipo carrinha), é mais um automóvel dos mais antigos, que embora não esteja definitivamente fixado em Loriga, está muitas vezes pela nossa terra, sendo seu proprietário o loriguense, Artur Alves Luís "o Artur "Galinha" como é assim mais conhecido. Esta viatura foi adquirida nova em Lisboa, pelo seu proprietário, decorria então o ano de 1983.

Como se disse não sendo um das viaturas mais antigos em Loriga, pertence figurar na Galaria dos Carros mais antigos de Loriga e de loriguenses, que tem essa particularidade de ter feito mais de uma centena de viagens de Lisboa para Loriga e respetivo regresso, tal como hoje ainda acontece e que com regularidade vemos esta viatura estacionada, cá pela nossa terra.

(Registado aqui - Ano de 2014)


Os Grandes Beneméritos de Loriga

São vários os Beneméritos de Loriga, que vamos encontrar na história da Vila de Loriga, que ao fazerem apreciáveis donativos ou legarem por testamento seus patrimónios, contribuíram para um melhor engrandecimento da terra que adoraram, por isso e com justiça merecerem o reconhecimento de todos os Loriguenses.

***

Comunidade Loriguense em Manaus
1905 - 1907

A Colónia dos Loriguenses em Manaus, mesmo longe pela distância, não esquecia também as necessidades dos seus conterrâneos e, assim pensaram levar a bom termo a iniciativa da construção de Fontanários na sua terra, que foi de verdadeira importância, para Loriga e sua população.
Foi efectuada a angariação de fundos pela comunidade loriguenses a residir pelas terras do norte do Brasil, existindo uma longa Lista, onde estão inscritos os nomes da pessoas que contribuíram para este bem essencial para a sua terra e suas famílias.
São muitos os nomes que constam na principal Lista conhecida, no entanto, pensa-se poderem ter existido outras, por esse motivo não mencionamos aqui os nomes conhecidos, pois poderia haver o risco de ser esquecido alguém. Ficando para história o registo como beneméritos a "Comunidade Loriguense em Manaus"

*

Augusto Luís Mendes
23.01.1851 - 26.11.1925

Este conhecido industrial, era possuidor de imensos terrenos, nomeadamente terras de cultivo, viria a ser um dos maiores benemérito para a Loriga. que tanto adorava.
Ofereceu à sua terra, os terrenos necessários para neles ser construído uma estrada de acesso à povoação. Via esta que liga a Estrada Nacional 231 à Vila propriamente dita e ainda hoje a principal entrada da Vila de Loriga.
Esta doação foi de importância vital para o progresso de Loriga, bem reconhecida pelos seus conterrâneos loriguenses que, como prova de gratidão desde logo perpetuaram o seu nome aquela via que passou a chamar-se Av. Augusto Luis Mendes.

*

Augusto da Costa Madeira

Este Loriguense ofereceu a Imagem da Santa Maria Maior, orago da Freguesia de Loriga.

*

População de Loriga em 1940

O "Cruzeiro da Independência 1940" foi um dos muitos construídos por todo o país, como monumento evocativo do "Oitavo Centenário da Fundação e Terceiro Centenário da Restauração da Pátria" . Surgiu de uma ideia do Rev. Padre Moreira das Neves para perpetuar, para as gerações vindoiras portuguesas, tão importantes acontecimentos.
Assim em Loriga foi, desde logo, acarinhada entusiasticamente essa ideia, não só pela população, como pelos organismos competentes locais, tantos religiosos como sociais, sendo logo constituída uma comissão para proceder à angariação de fundos.
A inauguração do monumento ocorreu no dia 8 de Dezembro de 1940, com grande brilho, quer nas funções litúrgicas, quer no entusiasmo da freguesia e daqueles que tinham lutado para a sua construção.
Percorreu pela população Listas para a angariação de fundos, com toda a gente a contribuir dentro das possibilidades de cada um. Existindo muitos nomes nas várias Listas existentes, no entanto, com o receio de poder haver mais Listas e por isso ficarem esquecidos muitas mais pessoas, não poder-se por esse motivo aqui registar-se todos os nomes que contribuíram para a construção do "Cruzeiro da Independência 1940" ficando para a história o registo como beneméritos a "População de Loriga em 1940"

*

António Cardoso de Moura
20.01.1892 - 31.10.1967

Deixou em testamento para que fosse constituída uma Fundação à qual deixou muitos dos seus bens.
Foi fundada a Fundação Cardoso Moura, na finalidade de contribuir em prol de Loriga. Sendo o prédio em que viveu este ilustre loriguense, situado na Rua Coronel Reis (antiga Amoreira), aquele que mais tem sido utilizado em prol da comunidade desta localidade. Já ali esteve sediado, a Junta de Freguesia; a Banda de Loriga; os Bombeiros quando a sua fundação; a Biblioteca; os CTT , enquanto se procediam a obras no edifício dos correios, assim como, foi utilizado com as máquinas da Associação da 3ª.Idade, enquanto não tinham sede, também funcionou ali o Curso dos Tapetes de Arraiolos e os Cortes e actualmente funciona ali o Posto de Informação Turística.
Fazem parte desta Fundação, entre outros, vários terrenos em Loriga, assim como, vários imóveis em Lisboa

*

Padre António Mendes Cabral Lages
23.08.1884 - 19.02.1969

Possuidor de muitos bens, ainda em vida resolveu doar tudo à igreja paroquial, entre eles muitos terrenos, um dos quais foi vendido por parcelas, para construção de habitações, onde veio a surgir um novo Bairro em Loriga, que passou a ter o seu nome.
Os imóveis que possuía e que legou, foram muito importante para a Acção Social e Religiosa em Loriga, sendo instalada nesta vila uma Ordem de Irmãzinhas, onde o Padre Lages, passaria a viver mais acompanhado e acarinhado o resto dos seus anos de vida e onde viria a falecer após doença, com a idade de 84 anos.

*

Padre António Roque Abrantes Prata
15.10.1917 - 18.07.1993

Natural de Manteigas, adorava Loriga e sua gente, onde foi Pároco durante 22 anos (1944-1966). Transferido para a Casa de Santa Zita em Lisboa, nunca esqueceu Loriga, que ele chamava também a sua terra.
Deixou no seu testamento uma doação a Loriga, pedindo aos seus familiares para entregarem ao Centro de Assistência Paroquial de Loriga a quantia de 6.800 contos, vontade que foi cumprida.

*

Maria Teresa Brito Pina
17.02.1921 - 28.03.2006

Legou em testamento a instituições Loriguenses, os valores monetários que possuía, quando da sua morte:
- 5.000,00€ - Casa de Repouso da Nossa Senhora da Guia
- 5.000,00€ - Associação Loriguense de Apoio à Terceira Idade
- 5.000,00€ - Irmandade do Santíssima Sacramento e das Almas
- 5.000,00€ - À Fábrica da Igreja

*

José Nunes Moura
24.03.1923 - 03.11.2006

Foi um grande apoiante da Associação de Apoio da 3ª. Idade, da qual era associado e que não esqueceu, tendo deixado em testamento a quantia de 5.000 Euros a esta associação. Entre outras doações não esqueceu também a Banda, à qual doou um belíssimo e artístico móvel, que veio enriquecer uma das salas desta instituição musical.

***

Nota:- São também vários os Beneméritos em prol da Nossa Senhora da Guia, nomeadamente terrenos, Capela, Altar, Coreto, Guiões, Bandeiras, Cruz de Prata, Caldeirinha etc., que vamos encontrando na história desta Virgem em Loriga, para os Loriguenses a Padroeira do Emigrantes e, os quais registamos neste mesmo Site na Página NSGuia.

(Registado aqui - Ano de 2007)


Canção de Saudade


O Loriguense longe da Terra distante
Nunca esquece Loriga
P´ra ele a vida é uma luta constante
Mas não esquece Loriga
Partiu com fé, com sonho no porvir
Mas não esqueceu Loriga
Foi essa fé que certo dia
O fez partir
Que o fez vencer
E o levou a regressar.

Refrão

Percorre a Vila
Vai à Senhora da Guia
A Padroeira
Por quem temos devoção
Sobe o mirante
Onde tudo é magia
E levará Loriga no coração.

Vale sempre a pena, regressar à Terra querida
Que certo dia, nos viu nascer
Matar saudades,
com a bela gente amiga
Que em tempos idos
, nos viu crescer
E salutar
, admirar a ver seus montes
Beber a água
, que canta nas fontes
E na carreira
, abraçar a cada instante
Um velho Amigo
, um parente, um emigrante.

*

Loriga (1995)

Vista de Loriga (1995)

Nota:- Esta letra é adaptada para ser cantada à música
da canção do Roberto Leal "QUE BELA VIDA"

(Registado aqui - Ano de 2002)


Elevação oficial de Vila

Após alguns anos de longo percurso, foi aprovada na Assembleia da República em 30 de Junho de 1989, a lei da elevação de Loriga à categoria de Vila. Fez-se, assim, justiça a Loriga e aos Loriguenses que reclamavam há muito este acto, que se foi festejado com duas descargas de foguetes.

***

Para os Loriguenses, Loriga foi sempre Vila

A elevação de Loriga à categoria de Vila, através da lei de 1989, foi a consagração oficial e legal deste acto. Para os Loriguenses, Loriga foi sempre considerada uma Vila, não só pelo seu elevado número de habitantes, mas pelas estruturas fabris, culturais, comerciais, sociais nelas existentes, como também por já ter sido, em tempos, Sede de Concelho, como o atesta uma da
nota com Ref. 880-Po. G733, da Câmara Municipal do Concelho de Seia, enviada à Junta de Freguesia de Loriga com data de 15 de Março de 1961 que a seguir se transcreve:

Assunto: Categoria de Vila de Loriga

Para os devidos efeitos, transcrevo a V.Exa. o texto do ofício Nr.918-Po. M-1/6, de 13 do mês em curso, que o Governo Civil deste Distrito dirigiu a esta Câmara Municipal, a cerca do assunto designado em epígrafe:

"Quanto à consulta que me foi formulada sobre a legitimidade da categoria de vila que a povoação de Loriga reivindica, informo V.Exa. de que, o meu parecer, se podem agrupar em três grupos os núcleos populacionais a que assiste o direito de usar aquele título e que posso a enumerar:
1. As sédes de concelho, conforme determina o Art.12., § 1., do Código Administrativo.
2. As localidades a que, por diploma especial posterior, tenha sido atribuída aquela categoria, tais como Ermezinde (Decreto-Lei Nr.28.142), Luso (Decreto-Lei Nr.28.142), etc.
3. Todas as outras povoações que haviam adquirido aquele título anteriormente, designadamente por decreto, carta régia ou outros diplomas legais que não podem considerar-se revogados pelo Código Administrativo em virtude de a categoria de vila não ter sido restringida, apenas, às actuais sedes de concelho".
-------------------------------
Em face do exposto e porque não existe qualquer lei que tenha tirado a categoria de Vila às povoações deste último grupo, entendo que deve ser respeitado o título de Vila de Loriga, antiga sede de um concelho extinto, reivindica com toda a legitimidade.

Pelo exposto, esta Câmara muito se congratula com a decisão que faz respeitar o título de Vila dado a Loriga.

A Bem da Nação
O Presidente de Câmara
Ass) Joaquim Fernandes F. Simões

(Registado aqui - Ano de 2005)


Saudades de Loriga *

Do alto da serra se lobriga
A vila mais bela que já vi
Ah! Solo amado, é Loriga
A linda terra em que nasci
.

Em criança abandonei chorando
Para outros mundos onde senti,
O corpo apenas habitando,
E a minha alma toda em ti.

E pintam teus vastos horizontes
Onde planam águias e peneirinhas
A espreitar ravinas e montes,
Poiso de gados e avezinhas
.

Num estardecer de tarde mansa
Coada em tela magistral,
Que só de olhá-la se alcança
O chão de paraíso terreal

Nesse presépio alcandorado
Em verdes socalcos esguido,
Por águas chilreantes beijado
E por altas montanhas cingido
.

Em que o ar, a luz, em sinfonia,
Cantam o teu nobre esplendor,
Num hino que além da melodia
Tange os acordes do amor.

Amo-te Loriga, com fervor
Não por no teu seio só ter nascido
Ou em menino aí te vivido
Mas como quem ora o Senhor.

Pois tu és o único rincão,
De sedas e saudade tecido
Onde o meu pensamento vertido
Encontra a paz no coração

* Pinal


Av.Augusto Luis Mendes

Avenida Augusto Luís Mendes (1993)

(Registado aqui - Ano de 2005)


Quadras dedicadas a Loriga *

Oh, Loriga, Oh Loriga
Presépio monumental
Tu és a vila mais bela
Das terras de Portugal.

Pitorescas as montanhas
Com ribeiras que se unem
Onde belo e terrível
De mãos dados se confundem.

Dos píncaros da tua serra
Em constante sintonia
Deslizam águas cantando
Deslumbrando melodia.

Correndo pelas ribeiras
Entre caminhos e montes
Regam courelas e malhadas
Cruzando as tuas pontes.

Teus prados verdejantes
Com milho embandeirado
São cenário fascinante
Que merece ser pintado.

Loriga sempre foi linda
Mas com neve é um espanto
Quando vista do mirante
Toda coberta de branco.

P´la beleza que encerra
No Pisão do Barroel
Deu-lhes foral de vila
O El-Rei D. Manuel.

Da Tresposta do Fontão
Ela parece um altar
Com seu belo Santuário
Onde a gente vai rezar.

Mas esta vila serrana
Não tem somente magia
Tem também o doce encanto
De Nossa Senhora da Guia.

* Autor desconhecido - (Registado aqui - Ano de 2005)


Referendos Nacionais - Resultados em Loriga

Votação em Loriga nos Referendos realizados a nível nacional

1. Referendo sobre o Aborto (Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez)

Junho/98

Eleitores

Votantes

Abstenção

Sim

Não

1.348

536

812 = 60%

170

347

2. Referendo sobre o Aborto (Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez)

Fevereiro/2007

Eleitores

Votantes

Abstenção

Sim

Não

1.255

562

693= 55%

259

289

***

Referendo sobre a Regionalização do País

Novembro/98

Eleitores

Votantes

Abstençao

1a.Pergunta

2a.Pergunta

1339

815

524 = 39%

Sim=191 - Não=598

Sim=140 - Não=639

(Registado aqui - Ano de 2008)


À Minha Terra *

Loriga minha saudosa terra
por tudo que para mim encerra
rodeada de montes e água
milho verde com folha larga
gosto de beber nas tuas fontes
estender o olhar pelos teus montes
Bons ares se respiram
por ti corações palpitam
com amor e saudade
pela tua beleza e lealdade
permaneces sempre em mim
com a tua magia sem fim
o teu perfume me inebria
mês de Agosto, N.S.da Guia
padroeira dos loriguenses,
emigrantes e ausentes
possuir-te sempre na recordação
sentir-te com afecto e emoção
em ti procuro saudade de menino
dentro de ti nasceu o meu destino
voltarei um dia para te abraçar
quando para ti eu regressar
toda a vida te admirarei
enquanto viver não te esquecerei
despeço-me com esta mensagem
com carinho dedico-te esta
homenagem.

Vista Parcial de Loriga

* Nuno Mendes Alves Pereira

Vista Parcial de Loriga

(Registado aqui - Ano de 2007)


Estatistica populacional de Loriga

Até ao ano 1860 que os registos das populações era contabilizada através dos Fogos (lares) que era também a referência a famílias, mas mesmos assim parecem existir muitas contradições aos números conhecidos da populaçao de Loriga durante esses tempos em que era assim contabilizada as populações.

No Cadastro do Reino de 1527, mandado elaborar por D. João III, vem a seguinte referencia a Loriga:
"Na vila de Loriga vivem - 78 moradores"

O vocábulo moradores tem o significado de famílias devendo ser multiplicado pelo número de quatro ou cinco pessoas, para se ter uma visão aproximada dos quantitativos populacionais. Assim verificamos que em 1527 Loriga tinha entre 312 a 390 habitantes (exemplo 78x4=312; 78x5=590) por isso o facto de ter-se essa referência entre 312 a 390.

Comparativamente, vejamos números de localidades próximas, segundo o Cadastro da População do Reino (1527)
- Vide do Monte (Actual vide) - 9 fogos - Valezim 60 fogos - S. Romão 105 fogos e - Seia 103 fogos.

Vista Parcial de Loriga

Pessoas de Loriga (excurção)dil;ão)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)dil;ão)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)ilde;o)

Como se disse foi até ao ano 1860 que os registos das
populações (moradores) se contabilizava através dos
Fogos (lares) e que a seguir se regista.

Ano

Fogos

1527

78

1706

200

1755

158

1826

272

1835

314

1862

448

Assim calcula-se que a População em Loriga desde 1527 até 1862
seriam os seguintes habitantes:
- Ano 1527 - 312 a 390 - Ano1706 - 800 a 1000
- Ano 1755 - 632 a 790 - Ano 1826 - 1088 a 1360
- Ano 1835 - 1256 a 1570 e Ano 1862 - 1792 a 2240.

*

No ano de 1755, quando do tremor de terra que assolou
e destruiu grande parte da capital do país, foi efectuado
uma contabilização mais concreta onde se registava
o seguinte:
158 Fogos e 400 habitantes.
Curiosamente já se contabilizava os habitantes já não
recorrendo ao vocábulo do Cadastro da População do Reino.

Foi a partir do ano 1864, que passou então a
existir registos mais concretos e oficiais da
população, onde além da totalidade dos habitantes
era obrigatoriedade existir a quantidade de homens
e de mulheres, como se verifica no quadro seguinte:

Ano

Mulheres

Homens

TOTAL

1864

885

808

1693

1878

974

924

1898

1890

1148

945

2093

1900

1254

974

2228

1911

1416

1046

2462

1920

1342

974

2316

1930

1360

1961

2421

1940

1409

1139

2548

1950

1569

1412

2981

1960

1420

1275

2695

1970

1105

955

2060

1980

951

874

1825

1991

*

*

1664

1999

*

*

1655

* Não existem dados contabilizados em concreto

(Registado aqui - Ano de 1999)


Movimento populacional de Loriga através dos Censos

Resultados dos Censos 2001

Nos Censos realizados no Ano 2001, a população de Loriga regista 1.367 Habitantes

Os dados registados no Censo 2001, dão conta que população residente em Loriga, teve um decréscimo significativo, que se registaram em números superiores a 18%.Também o Concelho de Seia no seu conjunto, teve um decréscimo de habitantes, que atingiu mais de 7%, apesar de se ter verificado em três freguesias um certo crescimento.

(Registado aqui - Ano de 2001)

***

Resultados dos Censos 2011

Nos Censos realizados no Ano 2011, a população de Loriga regista 1.053 Habitantes

Nos Censos realizados em 201, a população de Loriga registou uma quebra de 314 habitantes na ordem de valores superior na cerca de 23% o que foi pela negativa significativo, tendo como causa principal o encerramento das empresas e o decréscimo no nascimento de crianças, levando mesmo que morreram durante 10 anos, mais pessoas do que as que nasceram.

(Registado aqui - Ano de 2011)


***

Movimento Demográfico

Ano

Baptizados

Casamentos

Óbitos

1978

34

20

22

1979

42

12

18

1980

29

9

22

1981

27

15

28

1982

23

22

32

1983

18

27

1984

30

20

37

1985

22

22

21

1986

22

19

22

1987

16

16

37

1988

32

11

26

1989

17

7

24

1990

17

12

26

1991

26

21

34

1992

19

10

18

1993

18

9

35

1994

19

8

19

1995

13

13

26

1996

18

6

25

1997

15

8

31

1998

6

12

26

1999

12

8

25

*

* Nota:
- A partir de 1999, não foi mais tornado público nos meios de divulgação este Movimento Demográfico aqui documentado, desconhecendo-se as razões.
- O próprio autor deste Site, tem solicitado às entidades e organismo que gere a Igreja, no sentido de lhe ser facultativo essa informação, ou então dando como sugestão, para que voltasse a ser anualmente divulgado no Jornal "A Neve" como sempre assim se procedeu, no entanto, e mais uma vez, por razões que se desconhecem, o autor deste Site nunca mereceu uma informação a essa sua sugestão.

(Registado aqui - Ano de 1999)


Concelho de Seia

Situado na vertente ocidental da serra da Estrela, o concelho de Seia é formado por 29 freguesias (115 localidades), ocupa uma área de 436 km2, pertence administrativamente ao distrito da Guarda e, segundo os censos de 2001, tem uma população de 28.144 habitantes.

http://www.cm-seia.pt/index.

(Registado aqui - Ano de 2002)


Loriga localidade Industrial
Começando por ser uma terra industrial a partir das primeiras décadas de 1800, no ano de 1881, era já a localidade mais industrializada na aba ocidental da Serra da Estrela, com 7 unidades de produção têxtil empregando mais de 200 operários.
Na primeira metade do século XX, era considerada a localidade industrial mais importante do concelho de Seia e do Distrito da Guarda.

(Registado aqui - Ano de 2003)

Aprovação oficial como Vila, em 30 de Junho de 1989, na Assembleia da República.


"Loriguês"

"Loriguês" termo linguístico que os Loriguenses criaram, que não sendo oficializado, define num falar e numa aplicação de palavras em número significativo, muito usuais principalmente em tempos passados, em que muitas delas são exclusivas e originais de Loriga. Mesmo assim, hoje em dia, ainda se define esta maneira muito própria de aplicar as palavras muito divulgada entre os loriguenses, uma riqueza cultural que os naturais de Loriga continuam a querer conservar e a manter bem viva esta maneira popular do Loriguês.

Vocabulário de Palavras *

-Abada - avental
-Abaléu - abalou
-Abelhudo - curioso/atrevido
-Abocar - ver/ouvir/testemunhar
-Abrólio - que fala muito
-Acachapou-se - agachou-se
-Àcata - à procura
-Acarta - carrega
-Achadiço - esquisito

-Acoitar - abrigar/proteger
-Acompare - compare
-Adezabelhar - a fugir
-Afonicar - estragar
-
Aforric
ou - estragou/chapéu de chuva
-Afunda - fisga

-Agaçar - atiçar
-Agancha - arame/conduzir um arco

-Aganchar - elevar/subir
-Agarimar - proteger
-Aiche - pequeno ferimento
-Airoso - simpático
-Alacrário - lacrau
-Alguidar - bacia
-Aljabardado - mal feito
-Altarrão - muito alto (rapaz)
-Altarrona - muito alta (rapariga)
-Aluquete - cadeado
-Alvadiço - atiradiço

-Alveirada - deixou de chover
-Amerzundado - instalado/não fazer nada
-Amorcegado - ensonado
-Amolancadas - amuladas/estragadas
-Amulagado - amolgado

-Anafiar - arranjar-se/vestir bem
-Ancho - vaidoso

-Andrilhas - carregar(pessoas)ombros
-Ao calhas - qualquer maneira
-Apilarado - bem trajado
-Apoquento - aflijo
-Aqueitar - abrigar

-Arangar - a dizer/resmungar
-Arreliado - zangado
-Arremedar - imitar
-Arremelgado - com sono

-Arrenegar - aborrecer
-Arriaga - mal vestido

-Arroz pardo - Cabidela
-Assorriar - fazer troça

-Atão - então
-Atinor - à sorte
-Atizanar - enervar/irritar
-Atoleimado - tolo
-Atramoucado - bruto/doido
-Atroado - louco

-Aturo - aguento
-Augada - chuvada
-Augado - triste, insatisfeito
-Augua - água
-Aventar - deitar fora

-Aversas - ao contrário
-Avezados - habituados
-Badalhoco - muito sujo
-Bachicar - molhar com água

-Bácaro - porco
-Baceira - gorda
-Baieta - barbeiro
-Bailique - construção abarracada

-Balcão - escadaria de pedra
-Banquinha - mesinha de cabeceira
-Baraço - corda fina
-Barandão - malandro
-Barduça - nevoeiro cerrado

-Barrela - limpeza completa
-Basto - espesso
-Bátega - chuvada
-Bate-cú - cair de cu
-Batucar - bater à porta
-Batureco - bocado de terra
-Barriga de alqueiro - barrigudo
-Barreleiro - Sujo/cheio de nódoas
-Barromão - vadio/
vagabundo
-Barrunceira - barreira
-Bedelho - pequeno "um centavo"
-Beijinhas - vagens/feijão verde
-Beirito - um pouco (liquido)

-Beiro - um golo café
-Beirolar - pingos de chuva
-Berleca - suja
-Berreiro - chorar muito
-Bico d´obra - coisa difícil

-Biscalhito - pedaço muito pequeno
-Biscalho - pedaço pequeno
-Bichos carpinteiros - não parar quieto

-Biscórdia - pessoa interceira
-Bocana - chorar muito alto
-Boche - cão/chamamento
-Bofes - pulmões
-Bolsa - pessoa baixa e gorda
-Bonrar - faltar à palavra
-Borda - local menos fundo num poço

-Borleca - porca
-Borna - morna
-Borrar - sujar

-Borralha - cinzas
-Borrega - ferimento com pus
-Bosta - excremento de vaca
-Bostela - crosta de ferida
-Bota - deita
-Botelha - abóbora

-Braveira - chorar muito (feroz)
-Breter - derramar
-Briol - frio
-Broca - mentira

-Broxa - prego pequeno
-Brutamontes - mal feito
-Bulha - zaragata
-Bulir - mexer
-Bugia - fogão de ferro/aquecimento
-Bugiar - vai passear

-Burra - taleiga de dinheiro
-Burrega - bolha
-Busineira - vento forte
-Cacarécos - apetrechos/móveis/casa
-Cachipôm - jarro flores
-Cadeias - corrente, de segurar panela da lareira
-Cadilho - novelo de Lã
-Caganátias - excremento/coelhos/ratos
-Caganeira - diarreia
-Cagalhoeiro - não guarda segredos

-Cagueiro - cu grande
-Calcamunhas - palerma
-Caldo - couves
-Cança - asma/bronquite
-Carcódoa - Casca do pinheiro
-Chastar - deixa-estar
-Calhão - parte mais funda dum poço

-Calhandro - bisbilhoteiro/mal dizer
-Calhandrona - bisbilhoteira/má
-Calhau - pedra grande

-Cachimónia - cabeça
-Cachipom - Vaso/flores (vidro)
-Chafardana - viatura/velha
-Cagalhoeiro - não guardar segredo
-Calhoada - pedrada
-Calhorras/Feijocas - feijão grande
-Camangulão - vadio
/vagabundo
-Cambado - baldio
-Caminete - camioneta
-Cancha - dar um passo largo

-Canudo - bolas/termo de irritação
-Carvalhó - queda/cambalhota
-Casquilho - objectos plasticados
-Catancho - catrino
-Catrapiscar - espreitar
-Cavalete - escadote
-Chaleira - cafeteira

-Chamuscar - queimar ao de leve
-Chapinhar - bater na água

-Cheirete - mau cheiro
-Cheiriço - chouriço
-Cheiroso - namorisqueiro
-Chícharos - feijão frade
-Chicória - Bica (café)
-Chisneira - aragem
-Chiqueiro - lixo

-Chiqueirada - lixeira
-Chusma - muito/montão
-Chuviscar - beirolar
-Codito - pequeno pedaço de pão

-Coirão - ordinária
-Combaro - muro/courela
-Cómicada - comédia/palhaçada
-Compinchas - más companheiras
-Corada - branquear ao sol/roupa
-Corrécio - indisciplinado/vadio
-Corrilório - sempre andar/atarefado
-Courela - leira de cultivo
-Courelita - Leira/cultivo m/pequena
-Cramunha - fazer barulho
-Crolório - feitio
-Cruzeta - cabide móvel
-Cudito - pedaço pequeno/pão
-Cueiros - fraldas de pano
-Cum ou Co - com
-Curgimão - pessoa indesejável
-Cusapeiro - rabo/cu grande
-Cuspinho - cuspo/saliva

-Custil - Armadilha de arame
-D'algum - de algum
-Dalparado - escuro
-Danado - alegre/vivo/esperto
-Debrucar - virar a loiça

-Degredo - problema/complicação
-Deido (a) - doido (a)
-Depéis - depois
-Derramado - chatiado
-Derrancado - esperto/vivo
-Desancar - palmadas no cu
-Desavergonhado - mau
-Desfeiáda - não bonita
-Desobrigar - confessar (Quaresma)
-Despertina - esperta (sem sono)
-Destrambulhado - sem juízo

-Desvão - sótão
-Dinqueiro - n
u
-Eite - oito
-Eitra - outra
-Eixo - jogo crianças
-Eléctrico - fezês nos regos água
-Embarricar - jogar p´ra sitios dificeis
-Emgadelha - sem chapéu
-Em nenhures - nenhum
-Encagaitado - bem vestido

-Encaramelado - enregelado
-Encarolar - ficar rijo (feijão/grão)
-Enchixarrado - vaidoso
-Encrenca - que arranja problemas

-Enfadado - cansado
-Enlazeirado - cheio de frio

-Engalfinharam-se - pegaram-se
-Ensertado - aberto
-Ensopado - todo molhado
-Ervas - esparregado
-Esbagou-se - ficou esmagado
-Esbaguchados - frutos rebentados
-Esbarroncar - queda dum muro

-Esbijar - esticar/tecido
-Esborralhar - desmanchar
/ruinas
-Esborrecar - sujar/roupa
-Esbreicelada - loiça partida/esmurrada
-Esbrinçar - partir loiça
-Escairado - inflamado (nariz vermelho)
-Escaleira - escadaria/balcão
-Escanchada - pernas abertas
-Escarafunchar - mexer
-Escarrolada - bem lavada/roupa
-Escurece - fica noite
-Escurrupichar - beber o resto
-Esgaziado - conduzir depressa
-Esguelha - de lado
-Esfeijoar - queda aparatosa
-Engalinhado - cheio de frio
-Esmoer - fazer a digestão

-Esmangualado - deitado ao comprido
-Esmoucado - ferido/queda
-Espertel - esperto (a)

-Espicharrado - deitado sem coerência
-Esprugar - descascar/batatas
-Esqueixada - côdea da broa levantada

-Esterlicada - muito magra
-Estiado - parou de chover

-Estremunhado - estonteado do sono
-Estrotegar - torcer/pé
-Estrumeira - local/colocar estrume
-Esturricada - queimada/torrada
-Fariseu - mau
-Farregodilhas - traquino/mexido
-Farrumbam - arrogante
-Fedelho - traquino/ pequen
o
-Fedor - mau cheiro
-Fedúncio - reles

-Flexo - traque
-Fervedor - vasilha do leite
-Fervelo - impaciente
-Finta - imposto predial
-Fole - Saco de tecido
-Forcalhas - fintas
-Fragas - rochas/granito e Grandes
-Fuderices - bisbolhetices
-Funda - fisga
-Funfar - choramingar
-Furda - loija do porco
-Gadelha - cabelo grande/despenteado

-Galheta - rasteira
-Galho - ramo
-Garnacha - aguardente
-Girigota - dum lado para outro
-Girom - vai embora
-Gosma - interesseiro

-Grolda - falar muito
-Guieira - aragem fria

-Guimpar - gemer/sofrimento
-Hirejo - ateu
-Imonado - entufado
-Impar - gemer continuamente
-Inda - ainda
-Incóspia - ordinária

-Ingrimanço - pessoa desluzida
-Inemigo - inimigo
-Inté - até
-Jabardo - sujo, porco

-Já pinta - cor da cereja
-Jinela - janela
-Lá veu - lá vou
-Lambada - chapada
-Lambão - comilão
-Lambisgóia - pessoa espantada
-Lamuria - lamento/choramingueira
-Lapacheiro - sujidade (lama/liquídos)

-Laréu - conversar
-Laurear - vadiar
-Lavadeira - joelheira/lavar o chão
-Lanzeira - cotão/fazenda
-Lesma - escarro grande

-Lêvedar - fermentar
-Leva Mécha - vai depressa
-Ligo - falo
-Lixado - encravado
-Loijão - cave debaixo do sobrado

-Lombeirão - Preguiçoso
-Lôrpa - comilão

-Luzcafus - escuro
-Malina - mau cheiro

-Malcriado - mal educado
-Maldrácia - maldade
-Maleitas - males
-Malhão - queda/trambolhão
-Malhada - grande campo cultivo
-Malões - malas grandes
-Maltez - rebelde
-Malvadez - maldade
-Mardocarmo - Maria do Carmo
-Mariar - tingir
-Marreco - pato
-Márronia - mau feitio
-Marrual - traquina
-Martóla - cabeçudo
-Mê - meu
-Mecha - dinheiro
-Medrar - crescer

-Melena - cabeleira grande
-Mestrunço - mal feito

-Meixo - mocho
-Meixão - papula na pele
-Meixões - fridas
-Mécha - dinheiro (ou velocidade)
-Miga - petisco
-Migalho(a) - pequena porção
-Miscaros - cogumelos
-Missagras - dobradiças
-Miúfa - medo
-Mixordeiro - provocador

-Mocotó - mal arranjada
-Mocho - triste/calado
-Mogueiro - pessoa/atrazada
-Moinante - vadio

-Molhadura - Pagar rodada estreia/Fato
-Monco - ranho
-Mosca - jogo
-Mouca - surda

-Murça - cabelo grande
-Nagalho - baraço atar sacos
-Nalgadas - palmadas/nalgas
-Neite - noite
-Odepois - e depois
-Óculos - Anilhas de lata (jogar)
-Onte - ontem
-Pagem - amigo(a) companheiro(a)
-Pacóvio - sem maldade
-Paleio - conversa

-Palitos - fósforos
-Pão Miado - pão de centeio
-Papalvo - parvo
-Passéu - passou
-Pau de bico - jogo de pau
-Páz D´Alma - desenteressado
-Peçonha - jogo/agarrar
-Pedra (escola) - lousa
-Peisé - pois é
-Penca - nariz grande
-Pelanquim - varanda

-Pelar - queimar/escaldar
-Perdigoto - Salpicos de saliva
-Perguntar - procurar
-Perrice - chorar muito/irritado
-Pertelinho - muito perto
-Pessinar - benzer
-Peteirar - guerrilhar/brigar
-Pia abaixo - por aí abaixo
-Pia acima - por aí acima

-Picareto - gelo/bico aguçado
-Pichote - sem valor
-Picissão - procissão
-Pinguitos - pingos/chuva
-Piórca - poço/ água suja parada
-Pirísca - velocidade/rapidez
-Pirralho - pequeno

-Pirrolito - bebida (gasosa)
-Pisco - comer pouco
-Pitróleo - petróleo
-Piqueno(a) - pequeno(a)
-Planeiro - enjoada/branca/magra
-Poaceira - poeira
-Postigo - janela pequenina
-Proente - vaidoso
-Prozápia - vaidade
-Pujeca - vagina

-Pugês - miúdo/pequeno
-Putéfia - mulher dissoluta
-Quedar - parar
-Quêdo(a) -
parad
o(a)
-Queicho - coxo
-Queirela - courela
-Queisa - coisa
-Queixa - acusar
-Queixito - bocadito, pedacito
-Queizito - pedacito, bocadito
-Quelha - rua estreita
-Quezilha - hábito/maneira/modo
-Quilhado - prejudicado
-Quinapos - chinelos/pano
-Quinhão - porção/parte
-Quinté - que até
-Rabecada - raspanete
-Rabadela - vento forte
-Rabicho - rabo
-Raro - espaçado
-Rapa barbas - vento gelado
-Rebisco - jogo de esconder

-Rede-curre - certo jogo
-Relêgo - calma, cuidado

-Rendizio - arco de peneu e ferro
-Respigo - pedaço de cacho de uvas

-Respo - excremento
-Reluzir - brilhar
-Rilhar - trincar carne dura
-Ripote - gato preto

-Rixa - jogo
-Rodilho - pano (Cozinha)
-Rodilha - argoa pano (Cabeça)
-Roçar - esfregar o chão
-Saibete - sabor ligeiro
-Salsear - sujar

-Sassericar - não estar quieto
-Sedente - herpes
-Selamurdo - calado

-Senhã - senhora
-Sertã - frigideira
-Solapada - admirada/surpreendida
-Soltura - diarreia
-Sombrinha - chapeu p/sol
-Sonso - fingido
-Sostro - corpo dorido
-Sumisso - desaparecimento

-Tagarela - falador/gabarola
-Taleiga - saca de pano
-Talisca - buraco na parede

-Tareca - esperta/faladora
-Tarrela - limpeza mais apurada
-Tartameija - pouco desenrascado
-Tarrisada - risada

-Teituçada - tropeçada
-Tepetada - bater no pedra (descalço)
-Tertameija - tímido
-Tiseira - tesoura
-Teirocas - socas/tamancas
-Testo - tampa/panela
-Tísica - magra/doente
-Tezicar - arreliar
-Tóino - António
-Torquês - alicate
-Trambolho - mal feito
-Trambêlo - juízo

-Trambuzineira - vento forte
-Tramenho - solução/geito
-Trampa - excremento

-Trapaceiro - alterar/conversa
-Travessuras - Avarias/maldades
-Trazido - que trás
-Trelecas - conchas, conquilhas
-Treletar - falar muito
-Trelincar - som das campainhas

-Tremplas -panela lareira(três pernas)
-Trêplos - grelos

-Trigamilho - pão de trigo
-Trilhar - comer
-Trinque - chaves da porta
-Troca Tintas - trapalhão

-Troncamaronca - à toa
-Trôpesso - andar com dificuldade
-Turquês - Alicate
-Umbela - chapéu (chuva/sol)
-Xaile - Xale
-Xé-xé - maluco
-Xi Coração - abraço forte

-Vagens - beijinhas
-Velar - adorar
-Veneta - fúria

-Ventaneira - vento forte

(Aqui Registado em 2001)

(Última ctualização + palavras Outubro 2012)

(Total de palavras aqui inseridas * 487)

-Ele é um barriga de alqueiro - Ele é uma pessoa barriguda
-Olha vai bugiar - Olha vai passear
-Está com o nariz escairado - Está com o nariz inflamado
-Anda aqui aqueitar-te - Anda aqui abrigar-te
-Ouve lá uma queisa - Ouve lá uma coisa
-Noutro dia ias pia cima - No outro dia ias para cima
-Ficastes quêda ali a falar - Ficastes parada ali a falar
-Dei cá um malhão - Dei cá uma queda
-São cá uns Marruais - São cá uns traquinas
-Outra queisa - Outra coisa
-Ele inté já lá entra - Ele até já lá entra
-Está uma ventania quinté mete medo - Está uma ventania que até mete medo
-Esta cheiriça é muito boa - Esta chouriça é muito boa
-Está todo apilarado - Está todo bem trajado
-O teu filho está a medrar - O teu filho está a crescer
-Ainda agora por aqui passéu - Ainda agora por aqui passou
-Vai à desobriga - Vai confessar-te (Quaresma)
-Cheira ao rêspo de gato - Cheira a excremento de gato
-Está muito ancha - Está muito vaidosa/satisfeita
-O meu homem já abaléu - O meu homem já abalou
-É uma tareca da praça - É uma faladora da praça
-Vai com uma mexa - Vai com muita pressa
-Foi uma tarrisada - Foi uma risada
-Vou pia abaixo - Vou para baixo
-Vou pia acima - Vou para cima
-A vaca esfeijoou-se do combaro - A vaca caiu do combaro
-Está cá um tertameija - Estas cá um tímido
-Que boga - Que interessa
-Olha vai bugiar - Olha vai passear
-Deu cá um bate-cu - Caiu de cu no chão
-Dei cá uma topetada - Bati com os dedos do pé
-Bota fora - Deita fora
-Atao nao empresto? - Entao nao empresto!
-Não te ligo-Não te falo
-Ficou ao laréu - Ficou à conversa
-Andas-me sempre atizanar - Andas-me sempre a enervar
-Ele anda por aí a catrapiscar - Ele anda por aí a espreitar
-Vendes lá vós - Vejam lá vós
-É uma deida - É uma doida
-É todo airoso - É todo simpático
-Não tens tramenho nenhum - Não tens jeito nenhum
-Tens cá um crolório - Tens cá um feitio
-O que está arangar - O que está a dizer
-Ade ser um espertel - Há-de ser muita esperta
-Vai acartar as batatas - Vai carregar as batatas
-Estás uma mocotó - Estás uma mal arranjada
-É um degredo para ele comer - É um problema para ele comer
-Oh seu camangulão - Oh seu vadio
-O menino tem soltura - O menino tem diarreia
-Faço cada forcalha - Faço cada finta
-Toma lá o teu quinhão - Toma lá a tua parte
-Olha que está a pelar-me - Olha que está a queimar-me
- Já lá vem o Inemigo!!! - Expressão usada quando a névoa começava a baixar da serra em direcção ao vale

II - Outros Termos no Linguajar em "Loriguês"

-Parece o Doutor da mula ruça
-Tem bichos carpinteiros
-Tens cá uma murça
-Parece que não quebra um prato
-Para onde vais?... Vou para o Gundufo
-Anda com os calores da Tia Tabaca
-Amasse que é Pão Miado
-É mesmo uma incóspia

-Está cá com um berreiro
-Ele é derrancado para a brincadeira
-Olha!.. Foi ao Baieta
-É uma cozinheira do azedo
-Espera, que não queres ir p´ra cavada
-Está mesmo um arriaga
-Vai todo enchixarrado
-Estão sempre assorriar
-Tem cá uma gadelha
-Ele está augado

-É um pirralho
-Já lá vem o Inemigo!!!
-Tem só conversa fiada
-É cá um fariseu
-Vai cá com uma mexa

-Ena!.. Que perrice
-Olha vem deido
-Tens a roupa bem escarrolada
-Tem mesmo maldrácia
-De lotes para pi lotes
-Anda por tinor
-Fala pelos cotovêlos
-Mê Filho... a quem pertences
-É mesmo um pisco
-É mesmo uma camangulona
-Vem a neve ao cu do lobo
-És um fraca Xichas
-És mesmo um espalha brasas
-Ali vai o arrebenta calçadas
-Ouve lá oh coisa
-Oh coirão negro

****

Expressões populares Loriguenses

"Lorigada"
Encontro de convívio e amizade entre loriguenses,
num almoço tradicional e unicamente com

gastronomia de Loriga

"Lorigaitas"
Expressão popular que se aplica, concretamente
fora de Loriga, quando num encontro ocasional,
loriguenses, recordam a sua terra
.

(Registado aqui - Ano de 2007)


História em Loriguês *

Diálogo imaginário, mas que podia ser bem real, ainda, há 30 ou 40 anos, numa das ruas de Loriga.

" - Ó senhã Marizé, já lá vai pia baixo?
- Péis lá véu cum Deus, mas cheia de maleitas. Sabe, estou aqui num sostro! O mê Tóino diz que é falta de óleo nas missagras.
- Ah! Acredito, acredito. Co este tempo assim! Anda lá uma barduça na serra. Já lá vem o Inemigo!!! Atão, até parece que os ossos ficam amolancados. É uma triste vida! E depéis corre esta guieira, ficamos com o corpo encaramelado.
- É verdade Dos Anjos. Olha, inda onte fui apanhar um queixito de caldo p'ra fazer uma sopita e não queiras saber, veio uma trambuzineira qu'inté m'aforricou o chapéu. Isto é que vai uma invernia! Deixa-me lá ir que já começou a beirolar, senão inda tenho que me aqueitar debaixo d'algum pelanquim.
- Vá cum Deus! "

* Recolha de Joaquim Pinto Gonçalves, publicada no seu Blog http://www.trovanossa.blogspot.com/

(Registado aqui - Ano de 2007)


Nomes de Famílias

Registo dos apelidos existentes em Loriga. Apesar de alguns destes apelidos serem muito vulgares entre os Loriguenses, isso não quer dizer que pertençam à mesma família.

-Abreu
-Alves
-Amaral
-Amaro
-Ambrósio
-Antunes
-Aparício
-Ascensão

-Bastos
-Brito
-Cabral
-Calado
-Cardoso
-Carreira
-Casegas
-Claro
-Coelho
-Conde
-Constância

-Correia
-Costa
-Crisóstomo
-Cruz
-Dias
-Cruz

-Farias
-Félix
-Fernandes

-Ferrão
-Ferreira
-Ferrito
-Figueiredo
-Florêncio
-Fonseca
-Freire

-Galvão
-Garcia
-Gonçalves

-Gouveia
-Guimarães
-Jesus

-Jorge
-Lages
-Leal

-Leitão
-Lemos

-Lopes
-Lourenço
-Lucas
-Luis

-Macedo
-Madeira
-Marques
-Marta

-Martins
-Melo
-Mendes

-Moenda
-Moita
-Monteiro

-Mota
-Moura
-Mourita
-Neves
-Nogueira
-Nunes
-Oliveira
-Ortigueira

-Paixão
-Palas
-Paulo
-Penas
-Pereira
-Pina

-Pinheiro

-Pinto
-Pires
-Plácido
-Portela
-Prata
-Ramos

-Ramalho
-Reis
-Ribeiro
-Romano
-Santos

-Saraiva
-Silva
-Silvestre
-Simão

-Simões
-Varão
-Veloso

-Vicente

(Registado aqui - Ano de 2003)


Adivinhas populares muito usuais em Loriga

Aqui se registam algumas das muitas adivinhas populares, desde sempre muito usuais em Loriga.

"À meia-noite se levanta o francês.
Sabe das horas, não sabe do mês.
Tem uma serra, não é carpinteiro;
Tem um picão, não é pedreiro;
Usa esporas, não é cavaleiro;
Escava no chão e não acha dinheiro."


Resposta:- Galo.

"Qual a coisa qual ela
Que, mal cai no chão,
Fica amarela.

Resposta:- Ovo

"Verde foi o meu nascimento,
Mas de luto me vesti;
E, para dar luz ao mundo,
Mil tormentos padeci."


Resposta:- Azeitona.

"Andava um bando de pombas
E passou um gavião E disse:
-Deus as salve cem pombas.
E elas responderam:
-Cem pombas não somos nós.
Nós, outras tantas como nós,
E a quarta parte de nós
E contigo gavião
Cem pombas são."


Resposta:- 44 Pombas

(Registado aqui - Ano de 2003)


Ditados populares ou provérbios

A sabedoria popular está representada no que chamamos ditados populares ou provérbios. Aqui se documentam alguns desses ditados e provérbios, que sendo comum em outras regiões do país, foram e são também muito usuais em Loriga.

-Casa roubada, trancas à porta.
-Amigos, amigos, negócios à parte.
-Uma maca podre apodrece um cento.
-Em casa de ferreiro, espeto de pau.
-Migalhas também são pão.
-Grão a grão enche a galinha o papo.
-Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
-Gato escaldado de água fria tem medo.
-Vale mais um pássaro na mão que dois a voar.
-P'ra baixo todos santos ajudam.
-Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje.
-Quem dá aos pobres emprestam a Deus.
-Mocidade ociosa traz velhice vergonhosa.
-Se tem três, não o vendas nem o dês.
-Se vires trovejar, põe-te a rezar.
-Junta-te aos bons serás como eles, junta-te aos maus e serás pior que eles.
-De noite todos os gatos são pardos.
-Vão-se os anéis e fiquem-se os dedos.
-Quando a esmola é grande até o pobre se admira.
-Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
-Não há mas sem senão.
-A cavalo dado não se olham os dentes.
-Mais vale tarde que nunca.
-Há males que vêm por bem.
-Nem tudo o que luz é ouro.
-De pequenino é que torce o pepino.
-Homem prevenido vale por dois.
-Quem te avisa teu amigo é
-Quem com ferros mata, com ferros morre
-O saber não ocupa lugar.

-Quem vai guerra dá e leva.
-Quem estraga velho paga novo.
-A água tudo lava menos as más línguas.
-Diz-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és.
-Ninguém é profeta na sua terra.
-Candeia que vai frente alumia duas vezes.
-Guarda que comer, não guardes que fazer
-Patrão fora dia santo na loja.
-Gaivotas em terra, tempestade no mar.
-A verdade é como o azeite: vem sempre "ao de cima".
-Não contar com o ovo no cu da galinha.
-Chuva de verão não chega ao chão.
-Cão que ladra não morde.
-Vozes de burro não chegam ao céu.
-Não te rias do teu vizinho que o teu mal vem a caminho.
-Não há pior cego que aquele que não quer ver.
-Em terra de cegos quem tem um olho é rei.
-Quem tem unhas é que toca guitarra.
-As conversas são como as cerejas.
-Deus escreve por linhas tortas.
-Ano de missão, ano de perdição.
-Quem cala consente.
-Orelha de gato, pé de cão e cu de gente nunca foi quente.
-Quem tem cu tem medo.
-Burro que geme carga que não teme.
-Quando as comadres se zangam descobrem-se as verdades.
-Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
-Quem não guarda água nem lenha não guarda nada que tenha.
-Até no mais fino pano cai a nódoa.
-Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita

(Registado aqui - Ano de 2003)


Respostas feitas

Na linguagem do povo existem variadas expressões populares que de certa maneira transmitem a idéia de respostas feitas de imediato, que usando-se em Loriga também tem expressão por todas outras regiões.

- Que horas são?.. - Faltam dez reis para meio tostão.
- Tenho frio. - Embrulha-te no capote do teu tio.
- Tenho medo - Compra um cão negro.
- Queres estas todas?.. - E mais que fossem.
-
Acertar agulhas - Fazer um acordo
- Tempestade num copo de água - Tornar pequeno acontecimento em grande
- Não são contas do teu rosário - Isto não te diz respeito
- As duas por três. . . - De repente
- Não passa da cepa torta - Não evolui nada
- De cavalo para burro - De bom para mau
- Enquanto o Diabo esfrega um olho - Muito depressa
- Vai numa pé e vem noutro - Ir e vir depressa
- Tira-lhe o couro e cabelo - Tira-lhe tudo
- Por os pontos nos "is" - Por tudo certo
- Por tudo em pratos limpos - Por tudo esclarecido
- Na ponta da língua - Responder de imediato
- Chapa ganha, chapa gasta - Gastador, não tem regra no gastar
- Faz trinta por uma linha - Muito mexido irrequieto
- Não chega p'rá cova de um dente - É muito pouco

(Registado aqui - Ano de 2003)


O apelido "PINA"

De todos os apelidos que existem em Loriga, não restam dúvidas que o apelido "Pina" é dos mais comum, pesquisas levadas a efeito conseguiu-se saber as suas raízes e a sua resenha que aqui registamos.

História do apelido Pina

Nome de raízes toponímicas, parece derivar da vila de Piña, em Aragão (Espanha).

Em 1288, Fernão Fernandes de Pina, veio para Portugal na comitiva de D. Isabel, noiva de D. Dinis e depois Rainha Santa Isabel. Fixou-se em Portugal, bem como seus filhos, que com ele vieram, e através dos quais se transmitiu este nome, já aportuguesado em Pina, deles descendendo vários ramos da mesma família.

Usavam Emblema de Armas

Os Pinas do Norte, radicados especialmente na Guarda usam: de vermelho, uma banda de ouro carregada de um leão de azul e acompanhada de dois pinheiros verdes, arrancados de prata e frutados de ouro. Timbre: uma cabeça de leão de ouro, saindo-lhe da boca um ramo de pinheiro do escudo.
Os Pinas do Sul, fixados particularmente em Montemor-o-Novo, usam: de vermelho, uma torre de prata, aberta, iluminada e lavrada de azul, assente sobre um monte de sua cor. Timbre: a torre do escudo.

História do apelido Pina em Loriga

Em assentos paroquiais de Loriga desde 1560, não existia ninguém ou mesmo havia alguma referência ao apelido Pina, que só passou a ser referência a partir de 1713.

*

"Pina", é na verdade dos apelidos mais vulgares em Loriga, sendo mais que certo que este apelido teve origem numa senhora chamada Margarida Pinna, natural da localidade de Vinhó concelho de Gouveia, que casou em segundas núpcias em Loriga, com um senhor chamado Manuel da Cruz.

*

Carlos Aragão de Pinna - nasceu em Vinhó concelho de Gouveia cerca do ano 1650, casou com Maria do Anjos e tiverem duas filhas
Primeira: - Catarina Pina, que foi baptizada a 5.8.1688 - (Cx 177-fol.98/v-rolo 716)
Segunda:- Margarida Pina, que nasceu cerca do ano de 1680 e casou com António Pedroso em 8.11.1699 (IANTT cX 177 - fol 11/V - rolo 716). Deste casamento, teve duas filhas Maria de Pina e Isabel de Pina.

Margarida Pina. - Enviuvou e casou em segundas núpcias em 25.5.1713, com Manuel da Cruz, de Loriga, filho de Constantino da Cruz e de Isabel Gomes, ambos também de Loriga (IANTT - cx 452. FOL 217 - rolo 868). Deste seu segundo casamento não teve filhos, falecendo em Outubro de 1745 (IANTT - Rolo 868)
Quando da vinda para Loriga, nos primeiros anos da segunda década do século XVIII, Margarida Pina trouxe com ela, as suas duas filhas, onde mais tarde vieram a casar.

A partir de então deu-se inicio a dois ramos de apelidos PINA, que se foi desenvolvendo em outros muitos mais ramos da árvore familiar, tal como chegou aos nossos dias, na certeza de que todos os apelido "Pina" em Loriga terem em comum Margarida Pinna, como a avoenga.

Árvore genética do apelido "PINA" em Loriga

Margarida Pinna

Maria Pina

Isabel de Pina

- Casou em Loriga por duas vezes. A primeira vez em
08/01/1719, com Manoel Francisco, filho de João
Francisco de Corgas e de Maria Jorge, ambos de Loriga
(IANTT- FOL 233 e 234, Rolo 868.
(Não se sabe se houve filhos)
A segunda vez com António da Fonseca,
Filho de António da Fonseca e Isabel Gouveia. Deste
casamento resultou 9 filhos.

- Baptizada em 1.3.1702, sendo seus padrinhos Manuel do
Carmo e Maria Amaro Luis (IANTT - CX.452 - FOL 1, Rolo 867).
Casou em Loriga a 10.5.1725, com João Gouveia, filho de
Gouveia e Catarina Jorge, tendo falecido também em Loriga
com todos os sacramentos em 20.1.1760.
Deste casamento resultou um filho chamado Manuel de Pina.
Seguiram-se os descendentes entre outros, Manuel de Pina
- António de Brito Pina - António de Pina Pires - Maria Tersa de
Pina - Albano de Pina Melo - António de Pina Melo - António
Herculano Melo.

A partir daqui começa então a desenvolver-se as gerações que vieram até aos nossos dias e, que desta forma tem três séculos de existência o apelido "PINA" em Loriga. Desta geração actual está incluído o autor desta Homepage, que tudo leva a crer pertencer à linha de descedência de Maria Pina.

(Registado aqui - Ano de 2008) (Extratos de Pesquisas:- Dr. António Herculano da Paixão Melo)


Outros apelidos muito vulgares em Loriga

Pode-se também dizer com quase a certeza, que outros apelidos também muito vulgares em Lorigas e muito antigos são eles, o "APARÍCIO", o "FERNANDES", o "BRITO", o "MENDES", o "GOUVEIA" e o "GALVÃO".

(Registado aqui - Ano de 2012) (Extratos de Pesquisas:- Dr. António Herculano da Paixão Melo)


A História dos Alcunhas

Um "alcunha" é a designação não-oficial criada através de um relacionamento interpessoal, geralmente informal, para identificar uma determinada pessoa, famílias ou mesmo um lugar, de acordo com uma característica que se destaque positiva ou negativamente, de forma a atribuir-lhe um valor específico, por vezes é numa visão inspirativa e repentina do objetivo que faz criar um "Alcunha", que leva depois também ao instantâneo aproveitamento social.
Deve-se considerar ainda que os
"Alcunhas" depois de criados e enraizados, podem também prejudicar psicologicamente o seu alvo, quando assumem caráter pejorativo, bem salientada na normal reação discordante do visado, no entanto, a sua utilização é na verdade um objetivo identificativo muito próprio e popular nas sociedades.

***

Os Alcunhas de Loriga

Na história de Loriga, os "Alcunhas" das pessoas e famílias, faz parte da cultura dum povo, que desde sempre foi também uma maneira determinante e imprescindível, para o modo identificativo de pessoas e famílias, tendo em conta de uma característica muito própria da existência em Loriga de nomes e apelidos iguais, quando por vezes nem pertencendo à mesma família.
Na verdade, os Alcunhas em Loriga, é reconhecido como um valor histórico que vai passando de geração em geração, pois por vezes só recorrendo a esse meio, se identificam as pessoas ou famílias, o que não deixa de ser curioso, no entanto, sempre também existiu alguma não-aceitação pelos visados, nomeadamente, quando a palavra mais blasfema injúria e mexe no sentimento das pessoas.
Como tudo na vida, há quem se orgulhe de ser conhecido pelo seu
"Alcunha", no entanto, todos aqueles que não aceitem, queira ou não terão que viver com essa realidade e tal como alguém disse um dia "Que me importa que falem em mim o importante é que eu viva".
Nessa ideia bem condizente e o facto de termos vivido desde crianças a conhecer as pessoas pelos seus nomes e
"Alcunhas", lançou-me nesse conceito de pesquisar os nomes designados por "Alcunhas" em Loriga, para os registar nesta minha Página, assim, com o conhecimento de muitos que eu conhecia, outros encontrando em publicações, ainda outros por relatos verbais e antigos, foi assim possível elaborar esta Lista com mais de quatro centenas de "Alcunhas" em Loriga, que é algo de genuíno e histórico.
Uma curiosidade hoje em dia, tem a ver o facto de muitos Alcunhas perderem a sua vulgarização, deixando mesmo de ser usuais e em muitos casos esquecidos, apenas se mantendo na memória das pessoas mais antigas, tudo isso se devendo a três fatores fundamentais a exemplificar a seguir.

1. - Famílias terem deixado Loriga e terem perdido o contacto com a sua terra; famílias terem já desaparecido e não terem deixado descendentes e ainda o facto de pessoas passar a ser conhecidas por outros Alcunhas.
2. - Uma outra curiosidade é em alguns "Alcunhas" ser focado uma só pessoa, ficando isentos descendentes, ou a palavra utilizada para alcunhar ter apenas uma só expressão.
3. - Um dado também muito curioso consiste em que muitos "Alcunhas" em Loriga, têm um modo originário dos chamados
"Nomes Alcunhados" ou seja pela via do nome do progenitor.

Devo ainda dizer que uma mais-valia para o registo aqui neste listado de mais de quatro centenas de Alcunhas de Loriga, se deve ao contributo com mais de sete dezenas de nomes retirados de uma lista bem completa, elaborada pelo também historiador loriguense, António Luís de Brito, que fazendo chegar até mim esse seu trabalho, foi na verdade importante, para assim poder-se ter esta Lista atual, porventura a mais completa e existente sobre os Alcunhas de Loriga.

Nota importante:- Ao elaborar este trabalho na ideia de publicar, tive sempre a plena consciência de algum impacto que possa vir a ter, ao mesmo tempo me ocorrendo aquela ideia de ter sempre em conta, quer se queira ou não os "Alcunhas" em Loriga continuam bem presentes na cultura loriguense, por isso, esta publicação aqui é sem qualquer intensão de ferir o sentimento de quem quer que seja.

Dados curiosos e complementares

Regista-se aqui como dado curiosos, existirem famílias com mais de um "Alcunha". Como também é curioso a obrigatoriedade na utilização de (o) (os) (do) (da) tendo em conta o modo singular, plural, feminino e masculino. Se bem que (os) tem uma utilização quase generalizada.

Exemplos:
(o) Agau - (o) Doutor sem Cadeira - (o) Zé da Quinta etc.
(do) Barbeiro - (do) Rega - (do) Demo (do) Cuco etc.
(da) Benedita da Avó - (da) Nau Catrineta etc.

Na Lista dos "Alcunhas" em baixo descriminada está escrita no modo singular e plural, consoante a utilização pelas pessoas na sua normal expressão.

Lista dos Alcunhas Loriguenses
(O) ou (Os) ou (Do) ou (Da)

A
Abelhas
Adregas
Adro
Africanista
Agau
Aleixito
Aleixos

Alentejano
Alfaiate
Alhos
Alicate

Almas
Almeidinha
Alvoqueira
Amada
Ambrósio
Amendoim
Americano
Américos
Ângelo
Aninhas
Anões
Antão
Antónia
Areias
Arrocho
As-D´avó
Aurorinha

B
Bacalhau
Balázia
Baptista
Barbas
Barbeiro
Barbeirito
Barriga
Barriosa
Barromão
Barromona
Barruel
Batata
Beija
Belão
Belamoça
Bendavide
Benedita-da-Avó
Bentinha
Boinas
Bonito
Bernardo
Bezerrinha
Bi-Blé
Biatrizes
Bichinho
Bicho
Bicho-Macho
Bife
Bilitos
Bilro
Borrega
Borreguinha
Botarita
Botos
Bragas
Brasas
Brasileiro
Britas
Bringalhas
Bucho


C
Cabrais
Caçamelho
Cabreira
Caana
Caçapos
Cagalhão
Caganeiras
Calçada
s
Calhitas
Calhoras
Caloios
Canada
Candera
Canhão
Capa
Capadito
Capela
Capitão
Cardeiras
Careca

Carneiro
Carocha
Carolo

Carpinteiro
Carriço
Casegas
Casimiro
Castanho
Catarro
Catavéu
Catrineta
Cebola
Cego
Chagas

Chaina
Chaleira
Charuto
Chicharelho
Chicharo
Chichas

Chico-Porras
Chinelo
Chinguelho
Chora
Choufer
Cigueira
Cilhas
Coelhos
Colandrões
Condutor
Corgas
Corneta
Correio
Corseleiro
Côto
Coveiro
Côxo
Cozinha
Cristiana
Croado

Cuco

D
Da-Volta
Domingos
Démo
Dégueis
Dentista
Devino-Mestre
Diogo
Direito
Do-Ernesto
Domingos
Do senhor
Doutor sem Cadeira
Da-Pastora

E
Escaleto
Estaca
Esperança
Espinho
Estrelado


F
Facha
Fantas
Farias
Farrancha
Faz-tudo
Febras
Feijão
Feijoca
Feijoeira
Feio
Felexo
Felicidade
Félixes
Flaita
Florindo
Ferramenta
Ferrador
Ferreiro
Firminos
Fiadeiro
Fiscal-do-Sebo
Fidão
Fixe
Folhadosa
Fome-Negra
Fontanoda
Fontão
Fontes
Forneira
Forno
Frade
Funil

G
Gadelhas
Gadunhas
Galinhas
Gata
Gato
Geadas
Gervázio
Gigi
Gil
Ginásio
Gisu
Glória
Gordo
Governo
Grande
Gregório
Grencha
Grilo
Grimónia
Guarda-Livros
Guilhos

I
Incha
Italian
o

J
Jaburú
Jaleco
Januário
Jaronda
Jirolme
João Grande
Josina
Josu
é

L
Lafite
Laipadas
Lã-Lã
Lamas
Lapeiro
Latoeiro
Libania
Lino
Lisboa
Loja
Lojita

LóLó

M
Machada
Machaqueiros
Madinha
Mainas
Malas
Maluca
Mana
Maneta
Manezinha
Manjerico
Manquito
Mansalhão
Manulito
Maranhão
Maria-Terezita
Mariaia
Marquêsa
Marquitos
Marrão
Marta
Massa
Meio-Quilo
Menano
Mija-seis-centos
Mijões
Minhoto
Ministro
Mitra
Mocuna
Moenda
Moice
Moitas
Moleiro(a)

Mônzar
Mônzarga
Morcela

Mota
Mousaco
Mozarga
Mudo

O
Olhinhos
Olho-de-Vidro


P
Padre-Nosso
Pai-Tio
Palão
Palhas
Panela-de-Ferro
Panelo
Pantalão
Pascoal
Pastor/Pastora
Pata de Chumbo
Pé-Descalço
Pedradas
Pedreiro
Péis-Bom
Pelicas
Penas
Penedas
Pepineira
Pequeno
Perdigão
Perico
Pêssegas
Pastanas
Piço
Pifaritos
Piloto
Pimpão
Pingão
Pinheira
Pinoia
Piolho
Piriquitos
Pirrola
Pisoeiro
Pistolas
Planeta
Pomar
Ponte
Porras
Portela
Prego
Pucaritos
Púcaro
Pugeca
Púm


Q
Queijeira
Queixito
Queixo

Quinta

R
Raleira
Ramalha
Ramalhos
Ramboia
Ramos
Ranhosos
Rápido
Rasoulo
Rata
Rato
Rau
Rega
Regada
Reguila
Remanquete
Requeijão
Requinta
Resineiro
Resulta
Riça
Rifona
Riquito
Rol
Rola
Rolhas
Ruas
Rufina
Russo

S
Sabanico
Sacristão
Samacaio
Samanaco
Santa
Santa-Eufêmea
Santiago
Santinho
Sapateiro
Sarrobecos
Sazeiro (a)
Sebastião
Serra
Soldado
Soparra


T
Tabaco
Tanganho
Tapado
Tapora
Tarramoelas
Tarrela
Teceleira
Teixeiro
Tejelinha
Terlitáu
Terreiro
Tia-Tabaca
Tigela-de-Milho
Toche
Tom
Torneiro
Torrais
Torrão
Trabalhador
Trabola
Trinca-Espinhas
Trinta-e-Cinco
Tripa
Tufa
Tuisca

V
Valérios
Varão
Varona
Verdascas
Vermelhão
Véstia
Vicente
Viriatos
Vivórios
Vizinho


X
Xabregas

Z
Zarolho
Zé-da-Vide
Zé-da-Nazaré
Zé-da-Quinta
Zé-das-Almas
Zé-de-Canas
Zé-do-Senhor
Zé-dos-Telhados
Zêga
Zé-Grande
Zé-Luzia
Zé-Morto
Zé-Padre
Zézé

(Total aqui registados - 406)

(Registado aqui - Ano de 2014)


Poema dedicado a Loriga *

Telhados Velhinhos
A roupa a secar
A neve caindo
Crianças sorrindo
E a gente a cantar
Hó terra tão linda
Que há que não diga
Saloias da serra
E cristãs da terra
É assim Loriga
Disse uma graça na ponte
Corre veloz até à fonte
E chega logo à "Carreira"
Lá vai ele como louca
Andando de boca em boca
Percorrendo a terra inteira
Dizem que a aldeia é grande ve l
á
Mas se é grande não parece
Na rua é um formigueiro
Desde a ponte à "Carreira"
Toda a gente se conhece

* Eugénio Luís Pina dos Santos. -Emigrante loriguense na Alemanha, que apesar de estar longe não esquecia sua terra. Poema dedicado a Loriga, publicado no Jornal "A Neve" (Março 2003) a pedido do mesmo, pouco tempo antes do seu falecimento.

(Registado aqui - Ano de 2008)


Origem dos nomes
Documenta-se aqui a origem dos nomes próprios usuais em Loriga, uns mais vulgares que outros.

- António (a) -

- Ana -

Este nome poderá ter a sua origem no latim "antonius" (inestimável) ou no grego "antheos" (flor). António reflecte uma personalidade frágil e de grande dependência afectiva para quem constituir família é a principal meta. Dono de uma grande imaginação e sensibilidade, o mundo em que vive é só seu. Os detentores do nome António procuram o equilíbrio, reagem de acordo com os seus sentimentos e têm necessidade de agradar e de estabelecer laços de paz com quem os cerca. Gostam do belo e procuram o prazer. A sua faceta extrovertida encontra eco na forma como comunica. Os planos metafísicos exercem sobre ele uma grande atracção.

Do hebraico "hanna", que significa graciosa. Consciente das responsabilidades, pode à primeira vista parecer um pouco fria. Porém, o seu coração pode ser quente, mas de uma forma selectiva. Prefere a solidão aos laços medíocres, a verdade às noções enganadoras. Ana é uma pessoa com um espírito analítico e moralizador, mas quando encontra um companheiro à sua altura defende o seu direito à felicidade com tenacidade. Trata-se de uma pessoa capaz, procura as coisas que duram e que tendem a melhorar com o tempo, a paz interior, a sabedoria e a serenidade.

- Adelino/a -

- Alberto -

Tem origem no germânico "adal" (nobre) e "lind" (doce ou nobre serpente). No feminino, podemos estar perante umas pessoas cujas características se assemelham às do nome Adelaide, com a desvantagem de ser preguiçosa. A sua principal preocupação é a de encontrar alguém a quem entregar o seu coração. Já os Adelinos são pessoas preocupadas em atingir a estabilidade, que física quer psíquica, sendo esta característica a pedra basilar da sua existência. É um excelente lutador e as adversidades da vida apenas servem para lhe aguçar a força de vontade.

Deriva de dois termos germânicos, "adal" e "berth", que significa nobre célebre e/ou conselheiro dos espíritos. Estamos perante um pensador solitário que abomina os aspectos frívolos da vida. Trata-se de uma pessoa racional com uma grande capacidade de trabalho e que acredita apenas naquilo que vê. Porém, na intimidade pode ser uma pessoa sentimental e na amizade é fiel.

- Alfredo -

- Alice -

Nome de origem germânica. Alfredo é um individualista convicto dono de um carácter sensível e introvertido. Quando se apaixona, põe de parte a sua individualidade e pode chegar a fazer muitas concessões, sem que no entanto assuma qualquer compromisso. Abomina os contratempos que o podem travar.

Nome que deriva do germânico "adal" (nobre) e "haid" (estirpe). É geralmente inteligente e dona de uma imaginação fértil, muito embora a susceptibilidade a possa desequilibrar com facilidade. Pragamática e sensata no quotidiano, jamais desdenha os prazeres que a vida lhe possa proporcionar.

- Álvaro -

- Artur -

Do germânico Adalvar que significa nobre guerreiro. Este nome caracteriza uma pessoa com os pés assentes na terra e com um grande espírito de sacrifício. Todavia exige dos outros em proporção aquilo que lhes dá. Gosta comunicar, de dar conselhos e empenha-se de facto em compreender as outras pessoas. Senhor de uma inteligência aguda é também bastante susceptível relativamente às suas aspirações. À parte disso tem um bom sentido de humor.

Do celta Art (urso) e Ur (grande). A imaginação ocupa um lugar de destaque para o Artur que muitas vezes confunde os sonhos com a realidade. Tem uma personalidade complexa e uma grande vivacidade de espírito. Vive o presente em busca do futuro, mas o passado pode muitas vezes reservar-lhe surpresas desagradáveis das quais tenta desenvencilhar-se. Encontra a realização e a paz de espírito na arte.

- Carla/os -

- Augusto/a -

Este nome tem origem no germânico "Karl"
- Carla - É uma mulher misteriosa e segura de si, que coloca a verdade acima de tudo. O mote "mais vale só que mal acompanhada" é neste caso uma realidade, dado que se trata de uma pessoa que prefere estar sozinha a ter por companhia alguém medíocre.
- Carlos - No latim significa "Homem" - Carolus, são homens viril e primam pela emotividade e tudo fazem para que gostem deles e os admirem, o que não é difícil dado o seu encanto e convicção.Trata-se de uma pessoa pragmática e optimista, dotado de uma grande dose de criatividade. Apaixonado pela justiça, é geralmente um bom juiz.

Nome que tem origem no termo latino "augustos", ou seja, aquele que é majestoso, consagrado ou digno de veneração. Augusto é rigoroso e combativo, por vezes, belicoso. É um estratega e um gestor de alto gabarito, que assume as suas responsabilidades com prazer. Contorna e ultrapassa os obstáculos que o limitam. Tem um coração generoso.
Já Augusta é idealista, generosa e dedica-se com intensidade aos projectos ou pessoas que escolhe. Poder ter algumas crises de identidade e angústias, devido a contrariedades na sua contribuição para um mundo melhor.

- Beatriz -

- Bruno -

Deriva do latim "beare", ou seja, aquela que traz felicidade. Inimiga da ociosidade, está muitas vezes insatisfeita com este mundo. Sofre e revolta-se com as injustiça e a miséria, pelo que só tem duas alternativas. A primeira consiste em encontrar o seu príncipe encantado, e espera na sua torre de marfim. A segunda alternativa é dedicar-se a uma causa que defenda dignidade humana. Seja como for, Beatriz vive em função do amor, a única coisa que traz felicidade.

Este nome pode vir do latim "brunus" ou do germânico "brun", que em ambos os casos significa moreno. Prima pela incoerência e tenta conciliar os seus ideais com a realidade que o rodeia, o que nem sempre é fácil. Todavia é um dos poucos que consegue resolver este paradoxo. Dono de um pensamento analítico e profundo, não cede às soluções fáceis, factor que o resguarda dos azares da vida. Convicto e perseverante, não se deixa abalar pelo infortúnio, podendo muitas vezes atingir o sucesso.

- Eduardo/a -

- Fernanda/o -

Deriva do latim Edwardus e do inglês Ead (rico) e weard (guardião) convergindo no nome Eadweard. Significa guarda das riquezas e indica uma pessoa com muito talento e dinamismo. É uma pessoa que se realiza em trabalhos que a estimulem a pensar e a investigar.

Provém do germânico e significa "audaz/atrevido". Indica uma pessoa batalhadora, que leva até ao fim tudo aquilo que começa. Outras características são as ideias inspiradoras e o amor à liberdade.

- Fátima -

- Gabriel /a -

Fátima - Provém do árabe e significa "a mulher perfeita". São meninas comunicativas, que têm muita facilidade em estabelecer contactos. Adora mudanças, sobretudo as que lhe permitem conhecer novas pessoas.

Nome de origem hebraica. É uma pessoa que impõe respeito às outras, sendo o significado deste nome de anjo "homem de Deus" ou "o meu protector é Deus" . É um bom conselheiro e um excelente pai de família.

- Cristina -

- Catarina -

É considerado o feminino de Cristus e deriva do latim tardio Christina. É, então, um nome de inspiração religiosa. Deriva do nome latino "Christina". A procura do verdadeiro amor, orientada pela lealdade e dignidade, rege a sua existência. Ainda que numa primeira análise possa parecer uma pessoa algo mundana, é no entanto dotada para a diplomacia e dona de uma grande curiosidade. Desta última característica resulta uma mulher que não se furta às aventuras mais ousadas. Uma mulher carinhosa que todavia vai ao encontro dos mais básicos padrões de vida actuais.

Deriva do latim medieval Catharina e do grego Katharós, uma derivação do nome da deusa Ekáte e significa "puro". Trata-se de um nome ao qual se atribui um espírito inseguro e sonhador. Vive de acordo com as emoções do momento, o que lhe confere a particularidade de tão depressa estar contente, como assustada. Joga a seu favor uma grande dose de intuição e de persistência, bem como uma excelente capacidade de persuasão e feminilidade.

- Carolina -

- Paula/o -

Estamos perante mais uma derivação do nome "Carlos". As baptizadas com este nome evidenciam uma grande tendência para se integrarem bem na sociedade e de aí alcançarem o reconhecimento. Senhora de uma personalidade excêntrica e de um temperamento original, acha essa mesma sociedade onde se insere conformista e preconceituosa.

A menina corre o risco de não se destacar das outras, pois só presta atenção àquilo que lhe suscita interesse. Paula significa "pequena". Já o menino que tem o nome Paulo, com o mesmo significado da vertente feminina, revela ser uma pessoa com um optimismo contagiante e muito ambicioso.

- Nuno -

- Teresa -

É um nome de origem latina e deriva de "nono". É normalmente um rapaz que tem uma grande necessidade de se afirmar enquanto pessoa, bem como de atender ao seu ego exigente. Pode ser possessivo com a amada.

É um nome grego que significa "a caçadora" ou "a que veio da ilha de Tera". Indica uma mulher conformista. Contudo, supera o comodismo com a facilidade que tem de dedicar-se ao estudo e ao trabalho.

- Francisca/o -

- Manuel/a -

Significa "humilde/pobre". Não está definida a sua origem podendo ser um nome francês ou italiano. São pessoas de carácter firme e audaz, mas que demonstram alguns problemas nas relações sociais. Relativa/o aos franceses é o significado deste nome.

Significa "Deus está entre nós" e indica uma pessoa que é o oposto de um solitário, já que gosta de viver rodeada de amigos, tem um grande sentido de humor, gosta de brincar e prima pela simpatia.

- Carmo -

- Pedro -

Tem origem no hebraico Karmel e significa "jardim de Deus". Carmen, que é a diminuição de Maria del Carmen. Vive a vida com amor e trata-se de uma mulher sedutora e bastante sociável,

São rapazes simples e extremamente disciplinados que procuram uma realização intelectual. Tem tendência para monopolizar as atenções. É um nome que deriva do latim e significa "que é firme como uma rocha" ou "pedra".

Laura -

- Helena -

Significa "coroa de folhas de louro" e indica uma pessoa que não necessita esforçar-se muito para ser amável e agradável com os outros.

Significa "luz" e revela uma pessoa que parece estar a olhar para dentro de si própria, em busca da sua verdadeira personalidade.

- Maria -

É um nome hebraico com vários significados: a vidente ou a profeta, a estrela do mar, a eleita, a senhora. Existem vários nomes compostos com Maria: Maria de Fátima; Maria Imaculada; Maria de Jesus; Maria José; Maria de Lurdes; Maria do Rosário; Maria da Conceição; Maria das Neves; Maria dos Anjos; etc. É uma rapariga serena, caseira e muito rigorosa com os próprios erros. Tem grandes ambições e sabe renunciar e viver só.

(Registado aqui - Ano de 2008)


Loriga & Sacavém

Laços de união a todos os niveis, tem unido desde sempre
estas duas localidades.
*
Nas décadas de 1950-60 era significativo o grande
número de Loriguenses a viverem em Sacavém,
considerado até por muitos:- uma Loriga em segunda
versão.
*
Em Loriga foi dado o nome de "Rua de Sacavém" a uma
das suas ruas.
Uma rua com o nome de Loriga passou também a figurar na Toponímia de Sacavém.
*
É em Sacavém que se encontra sediada uma das
Associações Loriguenses existentes fora de Loriga.
-A N A L O R-
Associação dos Naturais e Amigos de Loriga
Rua Sport Sacavanense Lote 30
(Quinta do Património)
2685 - Sacavém
Telef. 21/9417640 - Fax. 21/ 9400515

e.mail: analor@netcabo.pt

É da Propriédade, Administração e Redação da ANALOR
o Jornal "Garganta de Loriga"
editado em Sacavém e que chega aos Loriguenses
espalhados pelo mundo.

e.mail: gargantaloriga@netcabo.pt

Em 1 de Junho de 1996
procedeu-se à Geminação de Loriga e Sacavém,
sendo nesse ambito assinado pelas respectivas Juntas
os acordos de cooperação.

(Registado aqui - Ano de 2008)


Rancho Folclórico Loriguense

Remota aos primeiros anos da década de 1950, quando gente de iniciativa da grande comunidade loriguenses sediada em Sacavém, resolveram criar o Rancho Folclórico Loriguense, que foi criado com grande euforia, mas que veio a sobreviver relativamente pouco tempo, no entanto, durante o tempo que esteve em ativo, foi na verdade um êxito sempre muito solicitado para abrilhantar eventos e festas, na região de Sacavém.

Pouco se sabe e poucos dados são conhecidos do Rancho Folclórico Loriguense em Sacavém, porque segundo se sabe deixaram de se saber da existência de registos e documentação, por isso, talvez pelo facto de ter estado activo muito pouco tempo.

Ano 1952
Primeiro Rancho Fólclorico Loriguense em Sacavém, com os nomes de todos o elementos

**

Canção de Loriga

Loriga escuta teus filhos
Que te querem visitar
Com canções e estribilhos
Que te querem vir saudar

São saudades dos ausentes
Que sempre recebes bem
Que te trazem como presentes
Saudações de Sacavém

Coro
Loriga, é tão linda a nossa terra
Loriga, não há para nós outra igual
Loriga, és a estrela da serra
Mais linda de Portugal

Esta voz que nos anima
É para nós nosso querer
Em cada verso, um rima
Para cantar-te até morrer

Querida terra tão amada
És toda a nossa paixão
És por Deus abençoada
Loriga do coração

Canção cantada pelo Rancho Fólclorico Loriguense em 1952

(Registado aqui - Ano de 2003)


Não existe nada igual *

I
Para rever a minha terra
Pensei sobre ela falar
Fica na encosta da serra
É Loriga. É um altar

V
Caixão da moura e os poços
Até a nossa ribeira
São de Loriga são nossos
Produtos de brincadeira

IX
Do Reboleiro lembranças
Do Vinhô só recordar
Da Barroca outras andanças
Do passado é bom falar

II
Da Portela do arão
Até Loriga avistar
Não é nenhuma ilusão
É lindo é de encantar

VI
De beleza de penedas
E mesmo a Fonte do Vale
Fonte do Mouro, Represas
São encantos sem igual

X
O que fica por lembrar
A volta, o Porto e outros
Poço Zé Lages, brincar
Recordações de garotos

III
Paisagem que faz inveja
Saudade que se sentia
Em rever aquela igreja
De Nossa Senhora da Guia

VII
Já penso no alto da serra
Penha dos Abutres, Gato
São coisas da nossa terra
Bem lindas com neve e mato

XI
Penso que está tudo dito
E para mim foi um prazer
Solto agora o meu grito
Deixem Loriga crescer.

IV
Passando a Ponte Nova
Todo o espanto que encerra
Do trovador sua trova
Doa cantos à nossa terra

VIII
A Casa dos Ingleses
E também o Surgaçal
São encantos e belezas
Que não existe nada igual

* José Ferreira

(Registado aqui - Ano de 2007)


Indice

Uma ajuda para com mais rapidez entrar no tema do seu interesse


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