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Foto J.Garcia |
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A História da
Emigração |
Desde os remotos tempos primitivos
da humanidade, que os povos, nas suas constantes movimentações
para outras paragens na procura do seu próprio desenvolvimento, davam
formação ao que se chama hoje emigração.
O movimento emigratório, é pois, um fenómeno desde que
a vida existe na terra, e foi-se tornando cada vez mais concretizado, nas conquistas,
nas invasões, nos descobrimentos, guerras, miséria e tragédias
de origens naturais da terra e ainda no surgimento de Continentes, civilizações,
línguas e povos.
A emigração portuguesa teve o seu inicio com os descobrimentos
e simultaneamente com a colonização. |
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Loriga terra de Emigração
I |
A emigração é
pois uma presença viva, tendo em conta e a certeza de uma necessidade real de
existir nas sociedades, onde também, representa uma constante movimentação
de gentes e de povos para outras paragens ou para um refugio social mais ambicioso.
As descobertas, as conquistas, as colonizações, são os meios mais
significativos do começo da emigração portuguesa, no entanto,
é a partir do século XIX, que vamos encontrar os registos mais esclarecedores
na história da emigração a partir de Portugal. Se bem que no século
anterior era já um facto consumado o movimento emigratório, só
que nessa altura não eram ainda os mais pobres que abandonavam o país,
quem saía, eram os pequenos agricultores e também pequenos comerciantes
do norte e centro e ainda alguns intelectuais.
No século XIX a emigração passa então a ser uma realidade
em grande força, passando a emigrar a população mais pobre, quase
sempre analfabeta e oriunda das actividades agrícolas, desempregados e mão
de obra não totalmente qualificada.
Loriga é uma das terras da região da Serra da Estrela, que mais emigração
espalhou pelas quatro partes do mundo. Parece
não haver dados, que nos digam em concreto, quando teve início a emigração
dos loriguenses, mas alguns dados que se foram sabendo, pensa-se que as primeiras pessoas
a saírem de Loriga com destino às terras de Santa Cruz, ocorreu no século
XIX.
Nas primeiras décadas desse século, em Loriga, o espaço vital
como hoje se diz, era restritíssimo para a população que aumentava
continuamente. A agricultura não atraia os jovens, muito por culpa do terreno
irregular, apesar de existirem já algumas fábricas, a industria, ainda
não estava muito desenvolvida, que só veio a verificar-se décadas
mais tarde. |
A independência do Brasil
em 1822 e a abolição da escravatura, foi o mote da mudança
do estatuto de emigrante, que veio a ser determinante na emigração
portuguesa para aquele país, onde se pensa também que foi a partir
de então que se iniciaram os primeiros passos da emigração
loriguense.
Durante anos foi muita a população de Loriga que deixou sua terra
com destino ao norte do Brasil, chegando mesmo a verificar-se um certo êxodo
emigratório finais do século XIX princípios do século
XX.
O Brasil, durante décadas, continuou a ser o destino de muitos loriguenses,
onde se veio a formar uma grande colónia, hoje apesar de serem já
poucos os naturais desta localidade que ali se encontra, é significativo
os descendentes que continuam a reconhecer as origens dos seus antepassados.
Entretanto o espírito emigratório das pessoas de Loriga, continuava
a verificar-se e sistematicamente continuavam a sair da sua terra, procurando
outros países, nomeadamente a Argentina e também o antigo ultramar
português.
Após a II Guerra Mundial e as sequelas que deixou, muitos dos países
europeus tinham a inevitável necessidade de trabalhadores para o seu
desenvolvimento.
Portugal confrontava-se com uma política, que não permitia a
saída da sua população, no entanto, nas décadas
1950 e princípios da 60, o aproveitamento da clandestinidade foi o mote
para que muitos saíssem do país nomeadamente para a França,
ficando para a história o meio clandestino e aventureiro do "Salto"
utilizado então com destino aquele país.
Foram alguns os loriguenses que empreenderam por este meio clandestino para
irem para a França, nos primeiros anos da década de 1960. Mas
pouco tempo depois e com os países europeus na onda do desenvolvimento
industrial, a política portuguesa começou a ter uma outra postura.
Foram efectuados alguns acordos que resultaram em fase disso, de uma maior
abertura de fronteiras em Portugal, deixando mesmo de existir uma política
de "porta fechada" mas que na altura, era apenas destinada a todos
aqueles com o serviço militar cumprido. |
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Observa-se então um grande
êxodo emigratório e assim grande parte da mão de obra de Loriga
começa a sair para vários países europeus, tratando-se de trabalhadores
qualificadas ou não.
Este novo cenário da emigração loriguense, quando ainda se tinha
em pensamento para lá do oceano, agora toma a direcção da europa
para além dos Pirineus, e se a França foi o destino prioritário,
logo de seguida se seguiram os outros países, Luxemburgo, Alemanha, Suíça,
Bélgica e Holanda.
A emigração portuguesa para Alemanha, teve início em 17 de Março
de 1964, com a assinatura do "Acordo Relativo ao Recrutamento e Colocação
de Portugueses na República Federal da Alemanha. Segundo se sabe o primeiro
habitante de Loriga a sair para Alemanha foi Fernando António Mendes Alves,
no dia 25 de Abril de 1965.
Apesar dos muitos regressos verificados, principalmente até pelos números
dos últimos anos, em que muitos dos emigrantes atingiram a idade da reforma,
não devemos esquecer que mesmo assim, ainda são muitos os naturais de
Loriga espalhados pela europa, onde sobressai em grande escala a França, Alemanha,
mas acima de tudo o Luxemburgo, onde a comunidade loriguenses continua a ter um número
significativo em relação a muitas outras terras.
Já neste século XXI, a emigração dos loriguenses, continua
ainda hoje a ser uma realidade, havendo sempre potenciais emigrantes, mas hoje em dia
e praticamente resume-se com destino aos países europeus, nomeadamente para
o Luxemburgo, Alemanha e também Suíça.
Falar na emigração é falar numa permanente história da
vida, onde no entanto, com relativa facilidade se terá que identificar com populações
menos favorecidos na sua expressão social e económica e neste aspecto
Loriga e, a região onde está inserida, esteve sempre dentro destes parâmetros. |
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Os primeiros emigrantes Loriguenses
II |
São registos antigos, que nos
dão a conhecer, ter sido a partir das primeiras décadas do século
XIX, que os primeiros loriguenses, na condição de emigrantes, começaram
a sair do país com destino ao norte do Brasil.
Alguns escritos mais esclarecedores dão-nos conta, que a emigração
loriguense começou a ter mais força, logo após o termo dos conflitos
das lutas liberais. Nessa época Loriga, politicamente, estava dividida entre
as fracções de D.Miguel e D.Pedro, por isso pensar-se que a saída
também de alguns loriguenses da sua terra poderá estar relacionado aos
meios políticos.
No entanto, tudo leva a crer que o principio da emigração loriguense,
se deva na necessidade da procura de uma vida melhor ou mesmo o sustento para as suas
famílias, ao mesmo tempo conseguir um meio económico, que a sua terra
lhes não podia proporcionar.
Foi a partir da segunda década do século XIX, que surge então
o maior êxodo da emigração loriguense, o destino era por norma
a cidade de Belém no norte do Brasil, pensa-se por ser mais perto e a viagem
mais barata. Aqui nesta cidade se fixou a maioria para não mais a abandonarem,
enquanto outros se atreveram a subir em simples jamgadas o rio Amazonas para se fixarem
na cidade de Manáus.
Nessa altura uma viagem para o norte do Brasil, poderia custar 60$000 reis fortes ou
120$000 reis fracos, mas muitas da vezes até muito menos 24$000 ou 28$000 reis,
viagens estas feitas em veleiros com condições de conforto praticamente
inexistentes. |
Tendo em conta dos fracos
recursos económicos, para custearem os custos das viagens, os emigrantes
Loriguenses estavam sujeitos a condições de transporte onde a
comodidade não existia e onde tudo de mau parecia existir, desde uma
espécie de dormitório quase sempre super-lotado construindo com
tábuas beliches desmontáveis e dispostos em fila, as precárias
condições higiénicas e sanitárias que com frequência
propagava doenças contagiosas e, o mal-estar (enjoo).
Com os balanços ininterruptos da embarcação e também
o frio e, a escassa alimentação, originava por vezes a debilidade
física e com ela alguma doença. Só mesmo uma grande motivação
de esperança de terem uma nova vida, lhes era possível conseguirem
ter a coragem e a força para enfrentarem toda uma viagem verdadeiramente
em condições precárias e por vezes impróprias para
pessoas.
Esta movimentação emigratória para o continente americano,
passou a ser uma realidade e ao mesmo tempo uma preocupação para
os governantes, tanto de Portugal como até dos outros países
europeus, não só pelo movimento económico e por ventura
um grande negócio para os proprietários dos veleiros, mas acima
de tudo pelas condições precárias de transporte que estes
veleiros faziam dos potenciais emigrantes, perante este estado de coisas, foram-se
criando leis e em 1858 existia já em Portugal a lei §§ 1.
e 2. do artigo 25, de 1 de Maio que dava conta de uma inspectoria alfândega
para quando da chegada dos veleiros ao Brasil e respectiva verificação
dessas condições
Depois de por vezes tormentosa viagem e em alguns casos de longos meses, era
grande a ansiedade da chegada à terra prometida, no entanto, para muitos
ao chegarem era também a decepção, só querendo
ter dinheiro para regressarem logo de seguida à terra que os viu nascer
apesar da longa viagem que tinham acabado de concluir. |
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Barco de Emigrantes
para o Brasil |
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Os primeiros emigrantes sujeitaram-se
a trabalhos duros, tendo o clima como grande inimigo. Muitas da vezes nus até
à cintura, com uma tanga que lhes cobria o corpo até aos joelhos e a
servir-lhes de sapatos uns pedaços de pau, o calor insuportável que os
fazia usar um farrapo de serapilheira que lhes servia de chapéu e ao mesmo tempo
de rodilha para carregarem volumes à cabeça.
Apesar de todo um cenário de vida difícil, uma força interior
parecia não fazer vergar os loriguenses, pois estavam habituados a enfrentar
muitos desafios que a Serra por vezes lhe oferecia, tendo também no pensamento
a sua família lá longe e uma visão futura, aquela sua dedicação
ao trabalho e a vontade de vencer, aos poucos foi progredindo e socialmente elevando-se
na procura de uma vida melhor, tendo sempre no pensamento a ideia de poder ganhar essa
difícil vida que tinham escolhido emigrando.
No principio do século XX as colónias Loriguenses em Belém e Manáus,
eram sensivelmente iguais, vivendo já em qualquer uma delas cerca de 300 pessoas
mas uma década mais tarde devido a grande baixa do preço da borracha
do amazonas muitos começaram a abandonar a cidade de Manáus sediando-se
a maioria na cidade de Belém.
Considerando ser essas paragens no norte do Brasil, as primeiras terras da emigração
Loriguense, aqueles primeiros filhos de Loriga que ali chegaram estavam longe de imaginar
que com a sua coragem, humildade e grande força de viver formaram uma grande
colónia, que foi sempre de um grande bairrismo com muitos benefícios
doados à sua terra.
Se objectivo de vencer e regressar a Loriga era a ideia predominante e conseguido por
muitos, foram muitos também aqueles que não concretizaram o sonho de
voltarem à sua querida terra que tanto adoravam, muitos mesmo nem sequer tinham
imaginado que a terra que tinham escolhido para uma vida melhor e dos seus, viria a
ser também a terra da sua sepultura.
A emigração Loriguenses tem sido uma constante de geração
em geração. Hoje espalham-se pelos cinco continentes. Actualmente, apesar
das notórias mudanças sociais e económicas em Portugal, os loriguenses
continuam a emigrar, como que, em continuação da ideia emigratória
dos primeiros emigrantes que deixaram Loriga, procurando outras terras para um a vida
melhor. |
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Documentação
da Emigração Loriguense para o Brasil |
Aqui se regista documentação
de Gente de Loriga, quando da sua ida para o Brasil, documentos de grande valor histórico,
para constar da História da Emigração Loriguense, neste caso em
relação ao Brasil, onde na realidade existiu uma grande comunidade natural
de Loriga, cartelizada como de grande bairrismo e de elevado benemérito para
a sua terra natal. |
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A primeira foto de família
conhecida dos primeiros loriguenses na cidade de Manaus - Brasil, foto que se situa
ao ano de 1900 |
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(I) - Fichas Consulares de Qualificação |
Como informação, deve dizer-se que
são cerca de uma centena de Fichas Consulares de Qualificação
já encontradas na Net, na maioria relacionadas aos nomes da vasta Lista de Assentamentos,
que aqui também registo nesta minha Página, mas na impossibilidade, de
momento, de aqui documentar todas essas referidas Fichas Consulares de Qualificação,
informa-se estar disponível o autor desta Página www.loriga.de para disponibilizar
a qualquer um dos interessados a respetiva ficha da pessoa interessada.
Neste prisma, apenas estão colocadas
aqui estas quatro Fichas Consulares de Qualificação, relacionadas com
familiares do autor desta página |
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Amália Lopes
Martins (tia e madrinha)
(* 4.8.1922 - .......) |
Maria José
Lopes Macedo (Avó materna)
(* 14.11.1891 - .....) |
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Joaquim Martins Pina (irmão
mais velho)
(* 17.7.1934 - + 2.2.2017) |
António Nunes Brito (tio
da esposa)
(* 20.3.1920 - + 4.9.2019)) |
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(II) - Registos de Assentamentos
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Nomes |
Data e localidade de nascimento/Ano da ida e destino * |
Filiação |
Maria do Carmo Luiz de
Abreu |
25 Februar 1906 Loriga
1951 - Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel Mendes Luíz
de Abreu
Maria dos A L de Moura |
|
*** |
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Maria Isabel de Abreu
Mendes |
10 August 1935 Loriga
1951 - Rio de Janeiro, Brazil |
Alvaro Mendes Simão
Maria Do Carmo de Brito Abreu |
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*** |
|
Maria Helena de Moura
Simões |
21 April 1926 Loriga
1948 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil |
José Simões
de Pina
Laura da Conceição Fernandes de Moura |
|
*** |
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Joaquim dos Santos |
8 September 1921 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel dos Santos
Maria Emilia |
|
*** |
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Aurora Pinto dos Santos |
11 November 1916 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel dos Santos Silva
Carolina Pinto de Moura |
|
*** |
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José de Moura
Ferreira |
27 April 1936 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil
|
Antonio Ferreira da Silva
Maria Emilia de Jesus de Moura
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*** |
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Jose Pires Figueiredo |
12 Juni 1927 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes de Moura |
|
*** |
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Jose Ferreira Rifona |
11 Februar 1935 Loriga
1963 Rio de Janeiro, Brazil |
Jose Duarte Rifona
Maria T Ferreira Lucas |
|
*** |
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Joaquim dos Santos Ferrito
Junior |
2 Dezember 1913 Loriga
1941 Rio de Janeiro, Brazil |
Joaquim dos Santos Ferrito
Emilia das Neves Ferrito |
|
*** |
|
José dos Santos
Ferrito |
4 Juni 1922 Loriga
1949 Rio de Janeiro, Brazil |
Joaquim dos Santos Ferrito
Emilia das Neves Ferrito |
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*** |
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Maria Dos Anjos Figueiredo |
30 Oktober 1924 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel Alves Luis
Urbana Dias Figueiredo |
|
*** |
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Maria Teresa Nunes Matias |
17 Mai 1921 Loriga
1954 Rio de Janeiro, Brazil |
Agostinho Matias
Leonor Nunes Matias |
|
*** |
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José Mendes Frade |
13 Februar 1893 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil |
José de Moura
Frade
Rita Mendes de Jesus |
|
*** |
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Idail Ambrosio de Pina |
16 März 1910 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil |
Antonio Ambrosio de Pina
Maria dos Anjos Moura Brito |
|
*** |
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Amalia de Brito Pereira |
17 Juli 1926 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil |
Jeremias Alves Pereira
Laura de Brito Muzarga |
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*** |
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Maria De Lourdes Moura
Marques Amaral |
20 April 1933 Loriga
1955 Rio de Janeiro, Brazil |
Alberto Marques Silvestre
Floripes de Moura Monteiro |
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*** |
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Ana Rosa Marques |
24 September 1891 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Antonio Alves Simão
Tereza Mendes de Moura |
|
*** |
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José Augusto |
1948 Loriga
1953 Rio de Janeiro, Brazil |
Aurora Mendes de Brito |
|
*** |
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Leopoldina de Jesus Lemos |
17 April 1878 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil |
João Manoel
Francisca de Jesus |
|
*** |
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Alzira de Brito Moura |
12 Januar 1918 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil |
José Nunes Luiz
Palmira de Brito Moura |
|
*** |
|
Aurora Antunes de Moura |
25 Mai 1926 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil |
Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes Moura |
|
*** |
|
Floripes Duarte Jorge |
29 Dezember 1918 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil |
Abilio Duarte Palas
Maria da Encarnação Jorge |
|
*** |
|
Artur Duarte Jorge |
12 April 1926 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Augusto Duarte Jorge
Maria dos Anjos de B Martins |
|
*** |
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Antonio Mendes Matias |
6 Juni 1919 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Francisco Mendes Matias
Maria José de Brito Antunes |
|
*** |
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Maria Filomena Antunes Lucas Pinto |
5 Februar 1940 Loriga
1964 Rio de Janeiro, Brazil |
Emilio Fernandes Lucas
Floripes Antunes Ferreira |
|
*** |
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Lucia Alves de Brito |
30 November 1930 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil |
João Jose de Brito
Maria José Alves Antunes |
|
*** |
|
Maria Isabel Lopes de Brito |
31 Dezember 1927 Loriga
1949 Rio de Janeiro, Brazil |
Emilio João de Brito
Deolinda Lopes de Brito |
|
*** |
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Tereza Luiz de Brito |
28 Februar 1879 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil |
José Aparicio de Carvalho
Maria Luiz de Brito |
|
*** |
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Ermelinda de Brito Amaro Mendes |
4 Mai 1916 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
José Boto
Carmina de Brito Amaro |
|
*** |
|
Aurora Mendes de Brito |
22 Dezember 1924 Loriga
1953 Rio de Janeiro, Brazil |
José Boto
Carmina de Brito Amaro |
|
*** |
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Jose Alves Garcia |
24 April 1922 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil |
José Garcia Junior
Maria Teresa Mendes de Moura |
|
*** |
|
Maria Do Carmo Alves Garcia |
27 Februar 1926 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
José Garcia
Maria Tereza Alves Garci |
|
*** |
|
Alvaro Jorge Ribeiro |
16 Mai 1915 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Augusto Jorge Ribeiro
Prazeres Antunes de Moura |
|
*** |
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Alvaro Mendes Simão |
5 Juni 1913 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Antonio Mendes Simão
Olinda de Jesus |
|
*** |
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Floripes Duarte Jorge Ou Duarte Gouveia |
29 Dezember 1918 Loriga
1950 Rio de Janeiro, Brazil |
Abilio Duarte Palas
Maria da Encarnação Jorge |
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*** |
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António de Brito Prata |
7 Dezember 1931 Loriga
1963 Rio de Janeiro, Brazil |
Plácido de Brito Prata
Palmira de Moura Pina Prata |
|
*** |
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Ester De Jesus Lemos |
7 Februar 1913 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Brazil |
José Lemos de Moura
Leopoldina De Jesus Lemos |
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*** |
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Carolina Martins da Silva |
19 August 1908 Loriga
1940 Rio de Janeiro, Brazil |
Albino Pinto Martins
Maria José Antunes Martins |
|
*** |
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Laurinda Marques Martinho |
26 November 1927 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel Marques
Teresa Martinho |
|
*** |
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Alvaro Marques Martinho |
1950 Loriga
1952 Rio de Janeiro, Brazil |
Manoel Henriques da Costa
Maria dos Anjos Mendes Costa |
|
*** |
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Antonio Antunes Cabral |
4 Januar 1915 Loriga
1945 Rio de Janeiro, Brazil |
Manoel Henriques da Costa
Maria dos Anjos Mendes Costa |
|
*** |
|
José de Brito Crisostomo |
17 November 1890 Loriga
1939 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil |
Antonio de Brito Crisostomo
Amelia Mendes de Moura Galvão |
|
*** |
|
Carlos Pereira Ramos |
20 November 1924 Loriga
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
José Ramos
Maria Emilia Alves Pereira |
|
*** |
|
Beatriz Simoes Pina |
21 August 1926 Loriga
1948 Rio de Janeiro, Brazil |
Antonio dos Santos Pina
Aurora Simoes Pina |
|
*** |
|
José Pires Figueiredo |
12 Juni 1927 Loriga Seia
1951 Rio de Janeiro, Brazil |
Adelino Pires Figueiredo
Maria José Antunes de Moura |
|
*** |
|
José Ambrósio Pina |
10 April 1921 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil |
António Ambrósio de
Pina
Maria dos Anjos Moura Ambrósio |
|
*** |
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Manoel Cardoso de Pina |
12 April 1916 Loriga Seia
1942 Rio de Janeiro, Brazil |
Emidio Cardoso de Pina
Maria Emilia de Brito de Jesus |
|
*** |
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Floripes de Brito Moura |
5 März 1919 Loriga -Seia
1946 Rio de Janeiro, Brazil |
José Gomes Luis
Palmira Brito Moura |
|
*** |
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José Mendes Veloso |
11 Juli 1901 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil |
João Mendes Veloso
Maria Nunes de Pina |
|
*** |
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Maria José Ambrósio |
2 Juni 1922 Loriga Seia
1951 Rio de Janeiro Brazil |
José Alves Simão
Cristiana Ambrósio de Pina |
|
*** |
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Maria Jose Lopes Macedo |
14 November 1891 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil |
José Macedo
Tereza Lopes de Brito |
|
*** |
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Amália Lopes Martins Ou Martins
Moraes |
4 August 1922 Loriga Seia
1949 Rio de Janeiro, Brazil |
Manuel Martins da Mota
Maria José Lopes Martins |
|
*** |
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Mario Mendes Lucas |
25 Februar 1919 Loriga Seia
1946 Rio de Janeiro, Brazil |
Joaquim Mendes Lucas
Maria Dos Anjos Ano Bom |
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* Constando em todos estes Registos
de Assentamentos, como destino a cidade do Rio de Janeiro, no entanto, a grande maioria,
tinha como destino Manaus e Belém do Pará. |
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Comunidade
Loriguense em Belém-Pará Brasil
- Lista dos naturais de Loriga - |
A Comunidade Loriguense em Belém
do Pará Brasil, chegou a ser uma grande comunidade, que está gravada
no historial de Loriga, pelos mais rudimentares aspectos, como por exemplo o sócio
e económico, bairrismo e benemérito.
Hoje a comunidade em Belém do Pará resume-se
apenas a 17 loriguenses, naturais genuínos de Loriga, no entanto, continua a
ser uma vasta comunidade de ligação a Loriga, através dos descendentes,
famílias e amigos, continuando dessa forma a ser predominante toda uma certa
adoração a Loriga.
Recorde-mos também a vasta comunidade loriguense
que chegou a existir na cidade de Manaus, também situada no norte do Brasil,
nos finais do século XIX e primeiras décadas do século XX, quando
a exploração da borracha estava no auge, atraindo então para aquela
região muitos loriguenses, que ficaram para a história como os maiores
beneméritos, ao mandarem construir os Fontanários da sua terra, na altura
uma grande carência com a qual a população em Loriga se debatia.
Com a queda do preço da borracha, os loriguenses
foram deixando Manaus e passaram a fixar-se mais em Belém, aos poucos a vasta
comunidade que até então existia em Manaus foi-se extinguido e hoje já
ali não existe nenhum natural genuíno de Loriga. |
Aqui documentamos a Lista dos naturais
de Loriga radicados actualmente em Belém do Pará e arredores actualizada
no Ano 2017 |
- António Nunes Brito
- José Ferrito
- Carlos Lopes de Moura
- António Jorge dos Santos
- Maria Regina Brito Maués
- Maria Helena Brito Fonseca
- Fernando Moura Marques
- Lucília Conde Capela
- Maria Helena Conde
- Leontina Amaral
- Irene Pina
- Lourdes Martins
- José Alves Fernandes
- Pedro (Cozinha) |
- Emílio Pinto Lucas (*)
- Filomena Lucas (*)
- Mário Pinto Lucas (*)
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(*) Vivem em Castanhal cidade que fica
a 68 Km. da cidade de Belém |
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Algumas notas sobre Belém e
Castanhal |
Cidade de Belém do Pará |
Capital do estado do Pará,
pertencente à Mesorregião Metropolitana de Belém e à Microrregião
de Belém. Com uma área de aproximadamente 1 064,918 km², localiza-se
no norte brasileiro, distante 2 146 quilômetros de Brasília.
Com uma população de 1 392 031 habitantes, maior densidade demográfica
da região norte 1307,17 hab/km², é conhecida como "Metrópole
da Amazônia", e uma das dez cidades mais movimentadas e atraentes do Brasil.
A cidade é sede da Região Metropolitana de Belém, que com 2.100.319
habitantes, é a 2º mais populosa da região, 12ª do país
e 177ª do mundo, além de ser o maior aglomerado urbano da região.
A cidade de Belém, considerada a maior da linha do equador, é também
classificada como a capital com melhor qualidade de vida do Norte do Brasil.
Em seus quase 400 anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude,
entre os quais o período áureo da borracha, no início do século
XX, quando o município recebeu inúmeras famílias europeias, o
que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações,
ficando conhecida na época como Paris n'América. Hoje, apesar de ser
cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar
tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período
colonial.
A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional,
seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes
monumentos, parques e museus, como o Theatro da Paz, o Museu Paraense Emílio
Goeldi, o mercado do Ver-o-Peso, e eventos de grande repercussão, como o Círio
de Nazaré. |
Cidade de Castanhal |
Atribuem-se a índios da tribo
Tupinambá, as origens históricas de Castanhal. O povoamento regular começou
a partir do caldeamento racial entre brancos, pardos e nativos. Com a chegada da Estrada
de Ferro de Bragança começa o primeiro período de desenvolvimento,
com os colonizadores cearenses, especializados no cultivo da terra, contratados pelo
Governo Provincial. Formou-se a Vila de Castanhal, criada oficialmente em 15 de agosto
de 1899. Em 28 de janeiro de 1932 foi criado o Município de Castanhal por meio
do Decreto-Lei N° 600, assinado pelo interventor federal do Pará Magalhães
Barata. Depois,com a abertura de rodovias, especialmente a Belém-Brasilia, iniciou
a última fase de colonização com elementos populacionais de outras
localidades do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. O nome Castanhal deriva do Igarapé
Castanhal(atualmente extinto) que, em suas margens, possuia muitas castanheiras(Bertholletia
excelsa). |
Cidade
de Manaus |
No Rio de Janeiro, a República
Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império.
A Província do Amazonas passou a ser o Estado do Amazonas, tendo como capital
a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais,
era cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor mundial, orientou
sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de
migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões,
bem como a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses,
italianos e espanhóis, gerando um crescimento demográfico que obrigou
a cidade a passar por mudanças significativas. Naquela época, o Nordeste
brasileiro foi atingido pela "Grande Seca de 1877-1878", que causou mais
de um milhão de mortes, além de uma grande epidemia de cólera.
Muitos nordestinos vieram para Manaus fugidos deste fenômeno, chegando ao local
em grandes massas.
Em 1910, Manaus ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi
surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada
e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados
internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto
dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas),
deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região.
O desempenho do comércio manauense tornou-se crítico e as importações
de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manaus, abandonada
por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e
os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono. |
(Registado aqui - Ano de 2012) |
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A emigração Loriguense
na Europa III |
Os primeiros loriguenses começaram
a emigrar para os países europeus, ainda na clandestinidade, por altura do ano
de 1961-62, tendo como destino mais concretamente a França, o que aliás
era um fenómeno que vinha já acontecendo um pouco por toda a região.
.Nesses tempos de autênticas aventuras, o meio utilizado era o "Salto"
nome popularmente dado ao meio clandestino, para assim conseguir a concretização
do objectivo para chegar à França.
Anos mais tardes e quando deixou de existir uma politica de "porta fechada"
passando a existir os meios legais para a saída com destino a outros países,
observa-se em Loriga um dos maiores êxodo de emigração, assim grande
parte da mão de obra desta localidade sai para os vários países
europeus, tratando-se de trabalhadores qualificados ou não. Esta mão
de obra destina-se principalmente para o sistema das grandes industrias, actividades
sazonais, construção civil, agricultura ou mesmo turismo.
Este novo cenário da emigração loriguense, quando ainda se tinha
em pensamento para lá do oceano, agora toma a direcção da europa
para além dos Pirineus, tendo em conta que os países deste velho continente
estavam em grande expansão económica, começando por ser a França
o país de destino prioritário, não tardando que se seguissem outros
por ordem decrescente, Luxemburgo, a República Federal Alemã, Bélgica,
Holanda e Suíça.
Ao contrário dos emigrantes para lá do oceano que tinham na emigração
uma perspectiva definitiva e de integração, os loriguenses que abandonavam
a sua terra e o seu país para os países europeus, devido ao aspecto geográfico,
nunca cortaram com as suas origens e têm mesmo na emigração uma
perspectiva temporal limitada, quer concretize ou não o pensamento que tem sempre
presente do regresso, por isso este factor de manutenção de relações
regulares com a terra natal e um projecto permanente de regresso ficam de uma maneira
geral, ligados na origem da sua não total integração no país
de acolhimento. |
Outro factor desta mesma não
integração e talvez mais complexa e determinante, deveu-se ao
facto também em parte de que não dependia só da vontade
ou das decisões individuais, muitas das vezes dependia directamente
da duração do contracto, da conjuntura económica do país
de destino ou do facto de ter de levar a família (particularmente os
filhos) ou manter a ideia de continuar a ter que deixar a sua família
na sua terra e no seu país.
A partir de 1973 a emigração na europa tem uma profunda alteração,
com a crise económica internacional que entretanto deflagra e que conduz
à politica da "porta fechada" nos países do destino
normalmente procurados pelo fluxo emigratório, a partir de então
começa logo a descer consideravelmente o êxodo da saída
dos loriguenses, vivendo ou não na sua terra.
A maior oferta de postos de trabalho, melhores remunerações,
melhores condições de vida, melhor assistência social na
doença e na velhice e melhores condições ao ensino e formação
profissional dos seus filhos, era a motivação que levou os loriguenses,
durante três décadas, a concentraram-se na ideia emigratória
para a europa.
O emigrante loriguense na europa, onde quer que se encontre, não esquece
a sua terra onde uma certa mística os atrai às suas origens,
na perspectiva de um dia regressar. A aquisição de uma casa foi
sempre um dos primeiros objectivos, que fez recordar o desenvolvimento habitacional
de Loriga, quando da emigração brasileira.
Com a previsão da entrada do nosso país no Mercado Comum europeu
nos primeiros anos da década de 1980, um fenómeno no âmbito
da emigração se fez sentir, desta feita o regresso para muitos. |
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Emigrantes década
- Ano 1970 |
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Pelo facto do levantamento dos fundos
dos descontos sociais em alguns países, antes da integração de
Portugal na EU em Janeiro de 1986, como também, porque para muitas famílias
emigradas na europa o ciclo se fechou e tinham entretanto realizado o seu projecto
ou quer ainda também por terem sido aliciados pelos chamados "subsídios
de regresso" ,concedidos em alguns países de acolhimento, muitos portugueses
começaram a regressar à sua origem, os loriguenses não fugiram
à regra.
Alguns regressos foram-se verificando só que desta feita não só
eles, como também seus filhos entretanto nascidos nesses países de acolhimento
e que por isso para estes foi uma outra integração a outro meio a outra
terra.
No entanto, no regresso à sua terra um problema os esperava a todos, o momento
económico em Loriga e na região, não era capaz de dar resposta
a uma normal integração e por conseguinte, muitos dos regressados mais
tarde se aperceberem da frustação do regresso e foi por isso notório
um novo pensamento de emigrar.
Na última década do século XX, a realidade emigratória
passou a ser bem diferente, com Portugal dentro do chamado comboio da europa, o estatuto
de emigrante passou a não ser o mesmo, como foi nesses tempos da verdadeira
emigração.
Com uma politica europeia sem existência de fronteiras e por isso de livre circulação
de cidadãos dentro da Comunidade, apesar de existirem ainda restrições
na procura de trabalho em cada um desses países, continuou em Loriga e na região
a existir uma forte motivação para partirem, principalmente os filhos
que não lhes parecia fácil a uma total integração sabendo
que no estrangeiro poderiam ter melhor condições de vida.
No entanto, não deixa de ser curioso o facto de continuar a existir ainda hoje
em Loriga pretendentes a emigrar, neste caso concreto apenas em números reduzidos,
só que desta feita, esta onda de pensamento para emigrar, em parte, continua
a existir pelo facto da crise e falta de trabalho que continua a ressentir-se nesta
localidade até à pouco ainda bem industrializada.
Na história da emigração de Loriga, não restam dúvidas
que tem que figurar para sempre estas duas fases emigratórias loriguense, a
brasileira e europeia, num mesmo potencial económico e social, mas o mesmo não
se poderá dizer na integração nos respectivos países de
acolhimento, que enquanto além-mar a integração foi na generalidade,
para a europeia apenas se deverá concretizar à segunda geração. |
(Registado aqui - Ano de 2007) |
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Loriguenses
Combatentes na 1ª. Grande Guerra |
Introdução
Numa primeira análise deve-se
dizer que 1ª. Grande Guerra Mundial, foi uma guerra global centrada na Europa,
que começou em 28 de Julho de 1914 e durou até 11 de Novembro de 1918.
O conflito envolveu as grandes potências de todo o mundo que organizaram-se em
duas alianças opostas - os aliados (com base na Tríplice Entente entre
Reino Unido, França e Império Russo) e os Impérios Centrais (originalmente
Tríplice Aliança entre Império Alemão, Áustria-Hungria
e Itália; mas como a Áustria-Hungria tinha tomado a ofensiva contra o
acordo, a Itália não entrou em guerra). Estas alianças reorganizaram-se
(a Itália lutou pelos Aliados) e expandiram-se em mais nações
que entraram na guerra.
Em última análise, mais de 70 milhões de militares, incluindo
60 milhões de europeus, foram mobilizados em uma das maiores guerras da história.
Mais de 9 milhões de combatentes foram mortos, em grande parte por causa de
avanços tecnológicos que determinaram um crescimento enorme na letalidade
de armas, mas sem melhorias correspondentes em protecção ou mobilidade.
Foi o sexto conflito mais mortal na história da humanidade e que posteriormente
Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava
de acordo com as orientações da República ainda recentemente instaurada.
A Inglaterra, que mantinha desde há muito uma aliança com Portugal, moveu
influências para que o país não participasse activamente na Guerra.
O Partido Democrático, então no poder, movido também pelo facto
de já existirem combates entre tropas portuguesas e alemãs junto às
fronteiras das colónias em África, desde cedo demonstrou interesse em
tornar-se parte beligerante do conflito. Em Setembro de 1914 eram enviadas as primeiras
tropas para África onde as esperariam uma série de derrotas perante os
alemães, na fronteira do sul de Angola com o Sudoeste Africano Alemão
e na fronteira norte de Moçambique com a África Oriental Alemã.
O regime republicano decidiu-se a optar por uma tomada de posição activa
na guerra devido a várias razões:
Em 1917, as primeiras tropas portuguesas, do Corpo Expedicionário Português,
seguiam para a guerra na Europa, em direcção à Flandres. Este
Corpo Expedicionário Português conheceu a sua quase destruição.
No dia 4 de Abril de 1918, as tropas amotinaram-se pleno campo de batalha, que originou
viverem dias de horror e inferno. Do dia 9 para 10 daquele mês, quando a 2ª
Divisão do Corpo Expedicionário Português retirava dos campos de
batalha para ser substituída, sofreu um dos maiores bombardeamentos do exército
alemão seguido por um ataque em massa alemão, embora com grandes focos
de resistência por parte dos portugueses o Corpo Expedicionário Português
acaba quase por desaparecer (Batalha do Lys). Era o princípio do fim da guerra
para os portugueses.
O Corpo Expedicionário Português retirou-se para a retaguarda dos Aliados.
Alguns efectivos integraram o exército inglês e outros foram utilizados
como mão-de-obra para abrir trincheiras, o que foi desmoralizando, cada vez
mais, os soldados lusitanos. Mesmo assim ainda se formou algumas divisões que
ainda marcharam na marcha da vitória em Paris em 1919 trazendo alguma glória
e honra para os lusitanos.
Os Loriguenses - Combatentes na 1ª. Grande
Guerra Mundial
Foram alguns os loriguenses que fizeram
parte do Corpo Expedicionário Português, combatendo por terras de França,
hoje têm-se conhecimento de alguns, mas pensa-se terem sido muitos e muitos mais,
mas por motivos que se desconhecem ainda não se sabe o total, por isso, continuar-se
na dúvida de ao certo quantos foram essa I Grande Guerra de 1914-1918.
Aqui registo os nomes de alguns
Loriguenses que fizeram parte do Corpo Expedicionário Português, combatendo
por terras de França. |
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José Mendes dos Reis
(*)
Coronel
(1873-1971)
Nasceu em de Macapá-Pará
- Brasil onde nasceu em 1 de Abril de 1873, vindo para Loriga de tenra
idade, filho de José dos Reis e de Maria Águeda Mendes
Lemos naturais da Vila de Loriga. Foi para a Guerra França em
1918, Integrado no Corpo Expedicionário Português, na
altura era já um oficial de relevo. Regressou a Portugal teve
sempre uma carreira militar muito ativa, tendo chegado a patente de
Oficial Superior como Coronel. Foi preso, deportado e perseguido pela
polícia do estado português. Faleceu em Lisboa no ano
de 1971 com 98 anos de idade.
(*) Registos Documentados |
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Joaquim Pinto Ascensão
(**)
(Soldado 1895 - 1971)
Nasceu em Loriga,
em 11 de Outubro 1894, filho de António Pinto D' Ascensão
e Benedita Lopes de Brito. Regressou da Guerra em França são
e salvo e viveu sempre em Loriga e onde veio a falecer já bastante
idoso.
Era vê-lo então um conversador nato a contar os episódios
passados na guerra e nesses seus relatos nunca deixava de contar aqueles
que mais o marcou e que mais perto esteve da morte. Um dia, algures
pela França, o seu contingente foi atacado, para além
dos habituais bombardeamentos com gazes tóxicos, que punham
as populações em debandada, nesse dia houve também
uma investida da infantaria alemã.
Da farda, fazia parte um capacete a que chamavam "franquelete" e foi o
"franquelete"
que lhe salvou a vida como contava aos amigos, à família
e aos seus netos, que ainda o parece estarem a ouvir. -"Quando começou o ataque soaram
as sirenes e um homem com uma bandeira na mão corria no meio
da multidão em fuga gritando - Salve-se quem puder!.. -Ao meu
lado corriam duas mulheres. Entretanto uma bala atingiu o meu capacete,
o "franquelete" saltou da minha cabeça com o impacto
da bala. Corri ainda mais para fugir da confusão. As mulheres
que corriam ao meu lado e dos meus camaradas, nunca mais as volta-mos
a ver. Acho que ficaram soterradas nos escombros das paredes que desmoronavam.
A morte rondava muito perto de mim. Mas… não tinha chegado
ainda a minha hora!.. O Franquelete salvou-me a vida"
(**) Registos Verbais |
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Joaquim Alves (**)
Soldado
Nasceu em de Loriga,
conhecido no meio loriguense por "Joaquim
Requeijão".
Regressou com vida e radicou-se em Lisboa onde constituiu família
viveu toda a sua vida. Faleceu também em Lisboa já bastante
idoso nos finais da década de 1970.
(**) Registos Verbais |
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Carlos Duarte Pina (*)
(Soldado 1894 - 1969)
Nasceu em Loriga,
filho de José Duarte Pina, já falecido nessa altura de
1917 e de Ana Gomes Brito. Era conhecido no meio lorigunse por "Ti Carlos D´Aninhas". Seguiu para a Guerra em França em
19 de Janeiro de 1917 pertencia à 2ª. Companhia. Esteve
hospitalizado cerca de 2 meses. Regressou a Portugal e a Loriga em
Março de 1919. Foi vítima dos gazes
(*) Registos Documentados |
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|
António Augusto Moura
(*)
(Soldado 1895-1980)
Nasceu no dia 16 de
Fevereiro de 1895, na vizinha localidade da Lapa dos Dinheiros, quando
ocasionalmente sua mãe ali foi. Filho de Francisco Augusto e
de Maria Benedita Luíz de Moura, no entanto, por ter ali nascido
naquela localidade era conhecido por "Ti
António da Lapa".
Regressou da guerra viveu em Loriga e onde veio a falecer já
bastante idoso.
Foi um dos combatentes loriguenses na 1ª. Grande Guerra (1914-1918).
Partiu para França no dia 13 de Abril de 1917, ficando doente
logo assim que lá chegou, depois de ter alta foi integrado no
Batalhão 2, ficaram celebres, os seus dotes de combatente na
famosa Batalha de La Lys, que o levaram a ser considerado um herói,
sendo condecorado com 3 Cruzes de Guerra, que delas muitas vezes e
orgulhosamente falava.
Chegou a ser gazeado, quando as tropas alemãs, tentaram tudo
e por todos os meios levar de vencida recorrendo ao acto condenável
do gazeamento das trincheiras, que sendo vítima desse acto o
veio a afectar psicologicamente para o resto da sua vida. Foi também
punido com 15 dias de prisão por desobidiência.
(*) Registos Documentados |
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Manuel Marques (*)
Soldado .... - 1918
(+ Falecido em combate)
Natural do Fontão
(anexo de Loriga), filho de Domingos Marques e de Maria José
Gertrudes, já falecida nesse ano de 1917. Era já casado
quando foi combater para a França.
Embarcou para a França em Março de 1917, esteve sempre
na linha da frente de combate.
Foi ferido gravemente em combate na primeira linha da batalha de La
Lys. Faleceu pouco depois em 22 de Março de 1918, tendo ficado
sepultado na Vieille Chapelle em França.
Era pai do senhor Professor António Domingos Marques (1917 -
2004), uma figura de Loriga.
(*) Registos Documentados |
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António Brito Miguel
(*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de António Brito Miguel e de Maria Jesus Brito, era já
casado com Emília Fernandes de Moura, quando foi para a Guerra
.Embarcou para a França em 14 de Março de 1917. Foi ferido
em combate tendo estado hospitalizado, foi evacuado da linha da frente
Regressou a Portugal em 17 de Junho de 1919.
(*)
Registos Documentados |
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|
António Brito Pinheiro
(*)
Soldado
Nasceu em Loriga,
Filho de José de Brito Pinheiro e de Maria Rufina Pinheiro.
Era já casado com Ana J. Rega, quando foi para a guerra. Embarcou
para França em Janeiro de 1917. Era soldado condutor. Foi um
dos feridos em combate e também vitima de gazes.
Regressou a Portugal em Abril de 1919
Quando regressou da guerra fixou-se na sua terra natal.
(*)
Registos Documentados |
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António Cardoso de
Pina (*)
Soldado
Nasceu em Loriga,
filho de Augusto Cardoso Pina e Ana Fernandes da Cruz, era já
casado com Maria Emília Brito Pereira, quando foi para a Guerra.
Foi para a França em 19 de Janeiro de 1917. Esteve hospitalizado
de Junho 1917 até Setembro desse ano desconhecendo-se o motivo.
Foi ainda punido com 5 dias de detenção. Regresso a Portugal
e a Loriga em Outubro de 1918
(*) Registos Documentados |
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António João
José Luíz Júnior (*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de António João Luíz e de Ana Fernandes
Moura. Já era casado com Maria dos Anjos Pina Reis, quando foi
para a Guerra. Foi para a França em 19 de Janeiro de 1917. Foi
ainda punido com 7 dias de detenção, por nao responder
ao chamamento para trabalhar na oficina. Foi julgado incapaz de todo
o serviço em 23.7.1918, sendo repatriado para Portugal e voltando
a Loriga em Agosto de 1918.
(*) Registos Documentados |
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António Pinto Aparício
(*)
2º. Cabo
Nasceu no Fontão
(localidade anexa de Loriga). Filho de Manuel Pinto Aparício
e de Rita Maria. Era já casado com Maria Benedita da Silva,
quando foi para a guerra. Embarcou para França em Janeiro de
1917. Em Abril desse ano foi promovido a 1º. Cabo. Foi Louvado
por Acto de coragem por recuperação de um abrigo nas
trincheiras que tinha sido destruído pela artilharia inimiga.
Foi também ferido em combate e foi dado como desaparecido, depois
se vindo a saber ter estado prisioneiro, só sendo recuperado
em Janeiro de 1919.
No mês seguinte ou seja em Fevereiro desse ano, regressa a Portugal
fixando-se no seu local de nascimento.
(*) Registos Documentados |
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Inácio dos Santos Portela
(*)
2º. Sargento
Natural de Loriga,
filho de João Antunes Portela e de Emília de Jesus Rega.
Era já casado com Maria Tereza de Jesus Moura, quando foi para
a Guerra. Foi para a França em 22 de Março de 1917.
Já na França e no mês de Maio desse ano 1917 foi
promovido a 2º. Sargento.
Esteve hospitalizado desconhecendo-se o motivo. Foi também punido
inda punido com 5 dias de detenção, por ter sido encontrado
fora da sua Companhia, sem autorização.
Regresso a Portugal e a Loriga em Outubro de 1918.
(*) Registos Documentados |
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João dos Santos Luíz
(*)
1º. Cabo
Natural de Loriga,
filho de António Santos Luíz e de Brízida de Amaro.
Seguiu para a Guerra em França em 19 Janeiro de 1917. Esteve
cerca de 15 dias hospitalizados em Maio,
Regressou a Portugal e a Loriga em Setembro de 1918.
(*) Registos Documentados |
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Joaquim Duarte Santos (*)
2º. Cabo
Natural de Loriga,
filho de Joaquim Mendes dos Santos e de Maria Antónia Mendes
Moura. Seguiu para França
em 14 de Março de 1917. Esteve hospitalizado logo assim que
ali chegou. Quando foi
para a França era soldado e durante a sua campanha na Guerra
em França, em Setembro de 1918 foi promovido a 2º. Cabo
e depois em Janeiro de 1919, foi promovido a 1º.Cabo.
Foi repatriado para Portugal em Outubro de 1919, viajando no navio
"Mormungão".
Fixou-se em Loriga quando do seu regresso.
(*) Registos Documentados |
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Emídio Cardoso Pina
Soldado
Nasceu em Loriga filho
de António Cardoso Pina e de Puresa de Jesus.
Embarcou em Lisboa para a guerra em 8 de Agosto de 1917. Foi vítima
de gazes e foi ferido.
Regressou a Portugal e a Loriga em 9 de Agosto de 1919.
(*) Registos Documentados |
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Joaquim Alves Simão
Soldado
Nasceu em Loriga,
filho de Joaquim Alves Simão e de Ana dos Anjos.
Partiu para a guerra em 8 de Agosto de 1917. Foi ferido e vitima de
gazes, tendo estado hospitalizado.
Regressou a Portugal em 25 de Julho de 1919, fixando-se em Loriga
(*) Registos Documentados |
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Joaquim Madeira
Soldado
(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido
mais dados |
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Joaquim Martins Garcia
Soldado
(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido
mais dados |
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José Alves Simões
Soldado
Nasceu em Loriga,
filho de Joaquim Alves Simões e de Carolina Pinto de Jesus.
Era já casado quando foi para a guerra, desconhece-se o nome
da esposa.
Era soldado maqueiro embarcou para a França em Agosto de 1917.
Foi punido por em serviço não estar com a vigilância
devida
Regressou a Portugal em Maio de 1919. Fixando-se em Loriga
(*) Registos Documentados |
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José Aparício
Carvalho (*)
Soldado
Natural de Loriga
filho de António Brito Aparício e de Ana de Moura Lemos.
Era já casado com Eduarda de Brito Aparício, quando foi
para a Guerra. Seguiu para a França em 14 de Março de
1917. Foi ferido e vítima de gazes. Chegou a estar hospitalizado
em Janeiro de 1918. Repatriado para Portugal em Abril de 1919.
Regressou a Loriga onde se radicou.
(*) Registos Documentados |
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José Gomes Aleixo
1º. Cabo
Nasceu em Loriga,
filho de Joaquim Gomes Aleixo e de Tereza Gomes Lages. Embarcou para
a França no dia 22 de Maio de 1917.
Foi ferido em combate em 12 de Maio de 1918, esteve longo tempo de
baixa e hospitalizado.Foi promovido a 2º. Sargento
Regressou em 9 de Junho de 1919 e continuou na vida militar.-
(*) Registos Documentados |
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José Gonçalves
da Cruz ou (Brito) (*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de José Gonçalves da Cruz já falecido na
altura que foi para a Guerra e de Tereza Brito Miguel. Embarcou para
França em 19 de Janeiro de 1917. Foi ferido e foi vítima
dos gazes. Diversas vezes foi evacuado do lugar onde se encontrava,
algumas das vezes por motivo de doença.
Foi repatriado para Portugal em Janeiro de 1919. Passado algum tempo
emigrou para o Brasil, por lá constituiu família casando
com uma loriguense e por lá viveu toda a sua vida.
(*) Registos Documentados |
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José Gouveia (*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de António Gouveia e de Emília de Jesus. Partiu
para a França em Janeiro de 1917. Foi ferido e por duas vezes
esteve hospitalizado.
Chegou a Portugal e de regresso a Loriga em Março de 1919.
(*)
Registos Documentados |
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|
José Martins da Mota
(*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de Francisco Martins da Mota e de Águeda de Brito Miguel
já falecida nesse ano de 1917. Era já casado com Urbana
Luiz de Brito, quando foi para a Guerra. Seguiu para a França
em Março de 1917.
Ferido em combate sendo uma das vítimas de gazes em Março
de 1918, que o fez sofrer muito.
Regressou para Portugal e para Loriga em Março de 1919.
(*) Registos Documentados |
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José de Paula Júnior
(*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de José do Paula Pires e de Preita Ferreira de Jesus.
Seguiu para a França em 21 de Março de 1917. Era soldado
Condutor.
Combateu na Batalha de La Lys em Abril de 1918, fazendo parte do Batalhão
12. Condecorado com a Medalha Comemorativa da Expedição
à França.
Regressou a Portugal e a Loriga em Abril de 1919.
(*)
Registos Documentados |
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|
José Pires Figueiredo
(*)
Soldado
Natural de Loriga,
filho de Abílio Pires Figueiredo e de Camila de Jesus. Embarcou
para a França em 14 de Março de 1917. Foi ferido e esteve
hospitalizado durante alguns dias.
Foi também punido por se recusar a cumprir uma ordem do comandante
da guarda.
Regressou a Portugal e a Loriga em Julho de 1919.
(*)
Registos Documentados |
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Manuel Alves Madeira
Soldado
(***) Informação verbal de familiares e amigos, desconhecido
mais dados |
|
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***** |
(*) Registos Documentados -
O autor desta página tem em seu puder, nos seus arquivos, fotocópias
das Fichas de Identificação, onde consta o Posto, nome dos pais, estado
(nome da esposa), Batalhão, Companhia, ocorrências, data (partida e regresso)
tempo que esteve hospitalizado, punições disciplinares, mas não consta a data de nascimento.
(**)
Registos Verbais - Dados transmitidos
por familiares, amigos, e por outros meios, mas não existe qualquer documento.
(***)
Informação verbal
de familiares e amigos, desconhecido mais dados
- Até ao momento é desconhecido qualquer outros dados documentados. |
Nota -
Destes aqui registados, alguns deles o autor desta página ainda teve o prazer
de os conhecer, como é o caso do José
Mendes Reis, Joaquim Alves, António Augusto Moura e Joaquim
Pinto
Ascensão.
Assim como, devo registo que José Martins da
Mota era meu tio Avô, mas não cheguei
a conhecer. |
Manuel Domingos Marques (*)
Soldado
(+ Falecido em combate)
Natural do Fontão (anexo de
Loriga), filho de Domingos Marques e de Maria José Gertrudes, já falecida
nesse ano de 1917. Embarcou para a França em Março de 1917. Foi ferido
gravemente em combate na primeira linha vindo a falecer em em 22 de Março de
1918 e sepultado na Vieille Chapelle.
Era pai do senhor Professor António Domingos Marques (1917 - 2004), uma figura
de Loriga |
*** |
|
França 1918 - Fotos da
Primeira Grande Guerra onde estão referenciados loriguenses |
*** |
Aqui se documenta registos conhecidos,
desses loriguenses como elementos do Corpo Expedicionário Português, que
combateram na França na 1ª. Grande Guerra Mundial |
Estes documentos são relacionadaos
a António Augusto Moura (1895-1980) |
|
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(Registado aqui - Ano de 2015) |
|
O
primeiro Postal Ilustrado de Loriga |
Um dos primeiros Postais Ilustrado
de Loriga, que se tem conhecimento, data de 1926. |
Este Postal aqui exposto, tem a data
de 7 de Abril de 1926, e foi encontrado à muitos anos por um loriguense num
Alfarrabista em Lisboa. |
|
Parte da frente do Postal |
*** |
|
Parte do verso do Postal |
*** |
Este Postal, provavelmente escrito
por um loriguense (assinatura ilegível) foi enviado para Lisboa (Dafundo). |
(Registado aqui - Ano de 2001) |
|
Um
navio com o nome
- "Loriga" -
O navio mercante de
nome "Loriga" era um insigne barco que percorria os mares
hasteando a bandeira inglesa, pertencia a um conceituado armador escocês,
que tinha assim batizado aquele grande barco, com o nome de LORIGA,
em memória do seu irmão capitão aviador da Royal
Air Force, Roberto Tavener HILDICK, uma das vítimas da queda
do avião militar inglês em Loriga, no dia 22 de Fevereiro
de 1944, mais precisamente na "Penha
do Gato" no
lugar conhecido pela Barroca
do Marteamieiro e
junto à Fraga
do Alcabreiro.
Recorde-se que o capitão aviador Roberto Tavener HILDICK, tal
como as outras cinco vítimas, no total 6 militares que o avião
transportava, encontram-se sepultados no cemitério da vila de
Loriga, numa campa comum, conhecida popularmente pela campa dos ingleses.
Também se sabe que outro barco similar, mas mais pequeno, foi
pelo mesmo armador batizado como o nome R.T. HILDICK, também
como homenagem ao seu irmão. |
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Fotos do Barco "Loriga"
que sairam nos meus de divulgação, nomeadamente jornais e revistas, já alguns
anos |
(Registado aqui - Ano de 2012) |
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Galeria
- Carros antigos de Loriga e de Loriguenses- |
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- Peugeot 104 -
O carro Peugeot 104 do Ano de 1977, do Joaquim Lemos Conde, é sem dúvida
o mais antigo automóvel a circular em Loriga. Foi adquirido novo por
este loriguense no ano de 1977, quando ainda era emigrante em França.
Fez com ele nove viagens a
Portugal, já andou milhares e milhares de quilómetros e segundo
nos diz "ainda está
pelas curvas", apesar
de já ter 35 anos (no ano de 2012) de existência, que mesmo assim
e por estranho que pareça, ainda consegue arranjar peças para
ele, mas neste caso só em França. |
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(Registado aqui - Ano de 2012) |
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- Toyota Carola 1200
-
O Carro
"Toyota Carola 1200", do Ano de 1980, com o volante à direita é um dos carros
mais antigos em Loriga, o seu proprietário é o bem conhecido
António Gomes da Costa, que durante muitos anos esteve radicado na África
do Sul. Este loriguense resolveu
no ano de 1981, trazer essa sua viatura para Portugal e para Loriga, veio de
barco num contentor e nesse mesmo contentor chegou a Loriga, tendo sido descarregado
na rampa da Redondinha, junto à capela, que exigiu uma certa perícia
e muita mais arte para depois o tirar da dita rampa.
Durante cerca de três anos a viatura esteve numa garagem, porque entretanto,
o António Gomes da Costa, ainda continuou emigrado por esse país
africano.
Hoje sem dúvida, que sendo um carro antigo, com 34 anos (no ano de 2014)
é na verdade uma relíquia que tem um valor estimável para
o seu proprietário, mas para além disso qualquer um de nós
ao ver circular tal relíquia por Loriga, olha para ele e admira com
alguma saudade, pensando que hoje já se não fabricam assim carros
que durem assim tanto tempo. |
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(Registado aqui - Ano de 2014) |
*** |
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- Carro Renault 12C (R1330)
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O Carro Renault
12C (R1330) do Ano de 1981 (tipo
carrinha), mais um automóvel dos mais antigos em Loriga, com 34 anos
(no ano de 2014), tinha como seu proprietário, José do Nascimento
Claro (1924-2009) hoje ainda pertencente à família, que mantém
essa vontade de continuar a ter esta preciosa relíquia, que se encontra
religiosamente guardado numa garagem, em excelente estado de conservação
e plenamente apto para circular.
Ainda muitos de nós se lembra de ver a circular o branquinho Renault,
conduzido pelo senhor José Claro, consagrado empresário na área
da panificação, que tinha por estre seu automóvel de eleição
um certo carinho, por isso, sempre o ter mantido muito bem conservado, hoje
aqui o estamos a incluir nesta Galaria dos Carros mais antigos de Loriga |
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(Registado aqui - Ano de 2014) |
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- Carro Renault 12 GTL
-
O Carro Renault 12 GTL do Ano de 1983
(tipo carrinha), é mais
um automóvel dos mais antigos, que embora não esteja definitivamente
fixado em Loriga, está muitas vezes pela nossa terra, sendo seu proprietário
o loriguense, Artur Alves Luís "o Artur
"Galinha" como
é assim mais conhecido. Esta viatura foi adquirida nova em Lisboa, pelo
seu proprietário, decorria então o ano de 1983.
Como se disse não sendo um das viaturas mais antigos em Loriga, pertence
figurar na Galaria dos Carros mais antigos de Loriga e de loriguenses, que
tem essa particularidade de ter feito mais de uma centena de viagens de Lisboa
para Loriga e respetivo regresso, tal como hoje ainda acontece e que com regularidade
vemos esta viatura estacionada, cá pela nossa terra.
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(Registado aqui - Ano de 2014) |
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Os Grandes Beneméritos
de Loriga |
São vários os Beneméritos
de Loriga, que vamos encontrar na história da Vila de Loriga, que ao fazerem
apreciáveis donativos ou legarem por testamento seus patrimónios, contribuíram
para um melhor engrandecimento da terra que adoraram, por isso e com justiça
merecerem o reconhecimento de todos os Loriguenses. |
*** |
Comunidade Loriguense em Manaus
1905 - 1907 |
A Colónia dos Loriguenses em
Manaus, mesmo longe pela distância, não esquecia também as necessidades
dos seus conterrâneos e, assim pensaram levar a bom termo a iniciativa da construção
de Fontanários na sua terra, que foi de verdadeira importância, para Loriga
e sua população.
Foi efectuada a angariação de fundos pela comunidade loriguenses a residir
pelas terras do norte do Brasil, existindo uma longa Lista, onde estão inscritos
os nomes da pessoas que contribuíram para este bem essencial para a sua terra
e suas famílias.
São muitos os nomes que constam na principal Lista conhecida, no entanto, pensa-se
poderem ter existido outras, por esse motivo não mencionamos aqui os nomes conhecidos,
pois poderia haver o risco de ser esquecido alguém. Ficando para história
o registo como beneméritos a "Comunidade Loriguense em Manaus" |
* |
Augusto Luís Mendes
23.01.1851 - 26.11.1925 |
Este conhecido industrial, era possuidor
de imensos terrenos, nomeadamente terras de cultivo, viria a ser um dos maiores benemérito
para a Loriga. que tanto adorava.
Ofereceu à sua terra, os terrenos necessários para neles ser construído
uma estrada de acesso à povoação. Via esta que liga a Estrada
Nacional 231 à Vila propriamente dita e ainda hoje a principal entrada da Vila
de Loriga.
Esta doação foi de importância vital para o progresso de Loriga,
bem reconhecida pelos seus conterrâneos loriguenses que, como prova de gratidão
desde logo perpetuaram o seu nome aquela via que passou a chamar-se Av. Augusto Luis
Mendes. |
* |
Augusto da Costa Madeira |
Este Loriguense ofereceu a Imagem da
Santa Maria Maior, orago da Freguesia de Loriga. |
* |
População de Loriga
em 1940 |
O "Cruzeiro da Independência
1940" foi um dos muitos construídos por todo o país, como monumento
evocativo do "Oitavo Centenário da Fundação e Terceiro Centenário
da Restauração da Pátria" . Surgiu de uma ideia do Rev. Padre
Moreira das Neves para perpetuar, para as gerações vindoiras portuguesas,
tão importantes acontecimentos.
Assim em Loriga foi, desde logo, acarinhada entusiasticamente essa ideia, não
só pela população, como pelos organismos competentes locais, tantos
religiosos como sociais, sendo logo constituída uma comissão para proceder
à angariação de fundos.
A inauguração do monumento ocorreu no dia 8 de Dezembro de 1940, com
grande brilho, quer nas funções litúrgicas, quer no entusiasmo
da freguesia e daqueles que tinham lutado para a sua construção.
Percorreu pela população Listas para a angariação de fundos,
com toda a gente a contribuir dentro das possibilidades de cada um. Existindo muitos
nomes nas várias Listas existentes, no entanto, com o receio de poder haver
mais Listas e por isso ficarem esquecidos muitas mais pessoas, não poder-se
por esse motivo aqui registar-se todos os nomes que contribuíram para a construção
do "Cruzeiro da Independência 1940" ficando para a história
o registo como beneméritos a "População de Loriga em 1940" |
* |
António Cardoso de Moura
20.01.1892 - 31.10.1967 |
Deixou em testamento para que fosse
constituída uma Fundação à qual deixou muitos dos seus
bens.
Foi fundada a Fundação Cardoso Moura, na finalidade de contribuir em
prol de Loriga. Sendo o prédio em que viveu este ilustre loriguense, situado
na Rua Coronel Reis (antiga Amoreira), aquele que mais tem sido utilizado em prol da
comunidade desta localidade. Já ali esteve sediado, a Junta de Freguesia; a
Banda de Loriga; os Bombeiros quando a sua fundação; a Biblioteca; os
CTT , enquanto se procediam a obras no edifício dos correios, assim como, foi
utilizado com as máquinas da Associação da 3ª.Idade, enquanto
não tinham sede, também funcionou ali o Curso dos Tapetes de Arraiolos
e os Cortes e actualmente funciona ali o Posto de Informação Turística.
Fazem parte desta Fundação, entre outros, vários terrenos em Loriga,
assim como, vários imóveis em Lisboa |
* |
Padre António Mendes Cabral
Lages
23.08.1884 - 19.02.1969 |
Possuidor de muitos bens, ainda em
vida resolveu doar tudo à igreja paroquial, entre eles muitos terrenos, um dos
quais foi vendido por parcelas, para construção de habitações,
onde veio a surgir um novo Bairro em Loriga, que passou a ter o seu nome.
Os imóveis que possuía e que legou, foram muito importante para a Acção
Social e Religiosa em Loriga, sendo instalada nesta vila uma Ordem de Irmãzinhas,
onde o Padre Lages, passaria a viver mais acompanhado e acarinhado o resto dos seus
anos de vida e onde viria a falecer após doença, com a idade de 84 anos. |
* |
Padre António Roque Abrantes
Prata
15.10.1917 - 18.07.1993 |
Natural de Manteigas, adorava Loriga
e sua gente, onde foi Pároco durante 22 anos (1944-1966). Transferido para a
Casa de Santa Zita em Lisboa, nunca esqueceu Loriga, que ele chamava também
a sua terra.
Deixou no seu testamento uma doação a Loriga, pedindo aos seus familiares
para entregarem ao Centro de Assistência Paroquial de Loriga a quantia de 6.800
contos, vontade que foi cumprida. |
* |
Maria Teresa Brito Pina
17.02.1921 - 28.03.2006 |
Legou em testamento a instituições
Loriguenses, os valores monetários que possuía, quando da sua morte:
- 5.000,00 - Casa de Repouso da Nossa Senhora da Guia
- 5.000,00 - Associação Loriguense de Apoio à Terceira Idade
- 5.000,00 - Irmandade do Santíssima Sacramento e das Almas
- 5.000,00 - À Fábrica da Igreja |
* |
José Nunes Moura
24.03.1923 - 03.11.2006 |
Foi um grande apoiante da Associação
de Apoio da 3ª. Idade, da qual era associado e que não esqueceu, tendo
deixado em testamento a quantia de 5.000 Euros a esta associação. Entre
outras doações não esqueceu também a Banda, à qual
doou um belíssimo e artístico móvel, que veio enriquecer uma das
salas desta instituição musical. |
*** |
Nota:-
São também vários os Beneméritos em prol da Nossa Senhora
da Guia, nomeadamente terrenos, Capela, Altar, Coreto, Guiões, Bandeiras, Cruz
de Prata, Caldeirinha etc., que vamos encontrando na história desta Virgem em
Loriga, para os Loriguenses a Padroeira do Emigrantes e, os quais registamos neste
mesmo Site na Página NSGuia. |
(Registado aqui - Ano de 2007) |
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Canção
de Saudade |
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O Loriguense longe da Terra distante
Nunca esquece Loriga
P´ra ele a vida é uma luta constante
Mas não esquece Loriga
Partiu com fé, com sonho no porvir
Mas não esqueceu Loriga
Foi essa fé que certo dia
O fez partir
Que o fez vencer
E o levou a regressar.
Refrão
Percorre a Vila
Vai à Senhora da Guia
A Padroeira
Por quem temos devoção
Sobe o mirante
Onde tudo é magia
E levará Loriga no coração.
Vale sempre a pena, regressar à Terra querida
Que certo dia, nos viu nascer
Matar saudades, com a bela gente
amiga
Que em tempos idos, nos viu crescer
E salutar, admirar a ver seus
montes
Beber a água, que canta
nas fontes
E na carreira, abraçar
a cada instante
Um velho Amigo, um parente, um
emigrante.
* |
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Vista de Loriga (1995) |
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Nota:- Esta letra é
adaptada para ser cantada à música
da canção do Roberto Leal "QUE BELA VIDA" |
|
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(Registado aqui - Ano de 2002) |
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Elevação
oficial de Vila |
Após
alguns anos de longo percurso, foi aprovada na Assembleia da República em 30
de Junho de 1989, a lei da elevação de Loriga à categoria de Vila.
Fez-se, assim, justiça a Loriga e aos Loriguenses que reclamavam há muito
este acto, que se foi festejado com duas descargas de foguetes. |
*** |
Para os Loriguenses,
Loriga foi sempre Vila |
A elevação
de Loriga à categoria de Vila, através da lei de 1989, foi a consagração
oficial e legal deste acto. Para os Loriguenses, Loriga foi sempre considerada uma
Vila, não só pelo seu elevado número de habitantes, mas pelas
estruturas fabris, culturais, comerciais, sociais nelas existentes, como também
por já ter sido, em tempos, Sede de Concelho, como o atesta uma da
nota com Ref. 880-Po. G733, da Câmara Municipal do Concelho de Seia, enviada
à Junta de Freguesia de Loriga com data de 15 de Março de 1961 que a
seguir se transcreve: |
Assunto: Categoria de Vila de Loriga |
Para os devidos efeitos, transcrevo
a V.Exa. o texto do ofício Nr.918-Po. M-1/6, de 13 do mês em curso, que
o Governo Civil deste Distrito dirigiu a esta Câmara Municipal, a cerca do assunto
designado em epígrafe:
"Quanto à consulta que me foi formulada sobre a legitimidade da categoria
de vila que a povoação de Loriga reivindica, informo V.Exa. de que, o
meu parecer, se podem agrupar em três grupos os núcleos populacionais
a que assiste o direito de usar aquele título e que posso a enumerar:
1. As sédes de concelho, conforme determina o Art.12., § 1., do Código
Administrativo.
2. As localidades a que, por diploma especial posterior, tenha sido atribuída
aquela categoria, tais como Ermezinde (Decreto-Lei Nr.28.142), Luso (Decreto-Lei Nr.28.142),
etc.
3. Todas as outras povoações que haviam adquirido aquele título
anteriormente, designadamente por decreto, carta régia ou outros diplomas legais
que não podem considerar-se revogados pelo Código Administrativo em virtude
de a categoria de vila não ter sido restringida, apenas, às actuais sedes
de concelho".
-------------------------------
Em face do exposto e porque não existe qualquer lei que tenha tirado a categoria
de Vila às povoações deste último grupo, entendo que deve
ser respeitado o título de Vila de Loriga, antiga sede de um concelho extinto,
reivindica com toda a legitimidade.
Pelo exposto, esta Câmara muito se congratula com a decisão que faz respeitar
o título de Vila dado a Loriga.
A Bem da Nação
O Presidente de Câmara
Ass) Joaquim Fernandes F. Simões |
(Registado aqui - Ano de 2005) |
|
Saudades de Loriga
* |
Do alto da serra se lobriga
A vila mais bela que já vi
Ah! Solo amado, é Loriga
A linda terra em que nasci.
Em criança abandonei chorando
Para outros mundos onde senti,
O corpo apenas habitando,
E a minha alma toda em ti.
|
E pintam teus vastos horizontes
Onde planam águias e peneirinhas
A espreitar ravinas e montes,
Poiso de gados e avezinhas.
Num estardecer de tarde mansa
Coada em tela magistral,
Que só de olhá-la se alcança
O chão de paraíso terreal |
Nesse presépio alcandorado
Em verdes socalcos esguido,
Por águas chilreantes beijado
E por altas montanhas cingido.
Em que o ar, a luz, em sinfonia,
Cantam o teu nobre esplendor,
Num hino que além da melodia
Tange os acordes do amor.
|
Amo-te Loriga, com fervor
Não por no teu seio só ter nascido
Ou em menino aí te vivido
Mas como quem ora o Senhor.
Pois tu és o único rincão,
De sedas e saudade tecido
Onde o meu pensamento vertido
Encontra a paz no coração
|
|
* Pinal |
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Avenida Augusto Luís Mendes
(1993) |
(Registado aqui - Ano de 2005) |
|
Quadras
dedicadas a Loriga * |
Oh, Loriga, Oh Loriga
Presépio monumental
Tu és a vila mais bela
Das terras de Portugal. |
Pitorescas as montanhas
Com ribeiras que se unem
Onde belo e terrível
De mãos dados se confundem. |
Dos píncaros da tua serra
Em constante sintonia
Deslizam águas cantando
Deslumbrando melodia.
|
Correndo pelas ribeiras
Entre caminhos e montes
Regam courelas e malhadas
Cruzando as tuas pontes. |
Teus prados verdejantes
Com milho embandeirado
São cenário fascinante
Que merece ser pintado.
|
Loriga sempre foi linda
Mas com neve é um espanto
Quando vista do mirante
Toda coberta de branco.
|
P´la beleza que encerra
No Pisão do Barroel
Deu-lhes foral de vila
O El-Rei D. Manuel. |
Da Tresposta do Fontão
Ela parece um altar
Com seu belo Santuário
Onde a gente vai rezar. |
Mas esta vila serrana
Não tem somente magia
Tem também o doce encanto
De Nossa Senhora da Guia. |
|
*
Autor desconhecido - (Registado aqui - Ano de 2005) |
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|
Referendos
Nacionais - Resultados em Loriga |
Votação em Loriga
nos Referendos realizados a nível nacional |
1. Referendo sobre o Aborto
(Despenalização da Interrupção Voluntária
da Gravidez) |
Junho/98 |
Eleitores |
Votantes |
Abstenção |
Sim |
Não |
1.348 |
536 |
812 = 60% |
170 |
347 |
|
2. Referendo sobre o Aborto
(Despenalização da Interrupção Voluntária
da Gravidez) |
Fevereiro/2007 |
Eleitores |
Votantes |
Abstenção |
Sim |
Não |
1.255 |
562 |
693= 55% |
259 |
289 |
|
|
*** |
Referendo sobre a Regionalização
do País |
Novembro/98 |
Eleitores |
Votantes |
Abstençao |
1a.Pergunta |
2a.Pergunta |
1339 |
815 |
524 = 39% |
Sim=191 - Não=598 |
Sim=140 - Não=639 |
|
(Registado aqui - Ano de 2008) |
|
À Minha Terra * |
|
Loriga minha saudosa terra
por tudo que para mim encerra
rodeada de montes e água
milho verde com folha larga
gosto de beber nas tuas fontes
estender o olhar pelos teus montes
Bons ares se respiram
por ti corações palpitam
com amor e saudade
pela tua beleza e lealdade
permaneces sempre em mim
com a tua magia sem fim
o teu perfume me inebria
mês de Agosto, N.S.da Guia
padroeira dos loriguenses,
emigrantes e ausentes
possuir-te sempre na recordação
sentir-te com afecto e emoção
em ti procuro saudade de menino
dentro de ti nasceu o meu destino
voltarei um dia para te abraçar
quando para ti eu regressar
toda a vida te admirarei
enquanto viver não te esquecerei
despeço-me com esta mensagem
com carinho dedico-te esta
homenagem. |
|
* Nuno
Mendes Alves Pereira |
Vista Parcial de Loriga |
|
(Registado aqui - Ano de 2007) |
|
Estatistica populacional
de Loriga |
Até ao ano 1860 que os registos
das populações era contabilizada através dos Fogos (lares) que
era também a referência a famílias, mas mesmos assim parecem existir
muitas contradições aos números conhecidos da populaçao
de Loriga durante esses tempos em que era assim contabilizada as populações. |
No Cadastro do Reino de 1527, mandado
elaborar por D. João III, vem a seguinte referencia a Loriga:
"Na vila de Loriga vivem - 78
moradores" |
O vocábulo moradores tem o
significado de famílias devendo ser multiplicado pelo número de quatro
ou cinco pessoas, para se ter uma visão aproximada dos quantitativos populacionais.
Assim verificamos que em 1527 Loriga tinha entre 312 a 390 habitantes (exemplo 78x4=312;
78x5=590) por isso o facto de ter-se essa referência entre
312 a 390. |
Comparativamente, vejamos números
de localidades próximas, segundo o Cadastro
da População do Reino (1527)
- Vide do Monte (Actual vide) - 9 fogos - Valezim 60 fogos - S. Romão 105 fogos
e - Seia 103 fogos. |
|
Como se disse foi até
ao ano 1860 que os registos das
populações (moradores)
se contabilizava através dos
Fogos (lares) e que a seguir se regista. |
Ano |
Fogos |
1527 |
78 |
1706 |
200 |
1755 |
158 |
1826 |
272 |
1835 |
314 |
1862 |
448 |
|
Assim calcula-se que
a População em Loriga desde 1527 até 1862
seriam os seguintes habitantes:
- Ano 1527 - 312 a
390 - Ano1706 - 800 a 1000
- Ano 1755 - 632 a 790 - Ano 1826 - 1088 a 1360
- Ano 1835 - 1256 a 1570 e Ano 1862 - 1792 a 2240. |
* |
No ano de 1755, quando
do tremor de terra que assolou
e destruiu grande parte da capital do país, foi efectuado
uma contabilização mais concreta onde se registava
o seguinte:
158 Fogos e 400 habitantes.
Curiosamente já se contabilizava os habitantes já não
recorrendo ao vocábulo do Cadastro da População
do Reino. |
|
Foi a partir do ano
1864, que passou então a
existir registos mais concretos e oficiais da
população, onde além da totalidade dos habitantes
era obrigatoriedade existir a quantidade de homens
e de mulheres, como se verifica no quadro seguinte: |
Ano |
Mulheres
|
Homens |
TOTAL |
1864 |
885 |
808 |
1693 |
1878 |
974 |
924 |
1898 |
1890 |
1148 |
945 |
2093 |
1900 |
1254 |
974 |
2228 |
1911 |
1416 |
1046 |
2462 |
1920 |
1342 |
974 |
2316 |
1930 |
1360 |
1961 |
2421 |
1940 |
1409 |
1139 |
2548 |
1950 |
1569 |
1412 |
2981 |
1960 |
1420 |
1275 |
2695 |
1970 |
1105 |
955 |
2060 |
1980 |
951 |
874 |
1825 |
1991 |
* |
* |
1664 |
1999 |
* |
* |
1655 |
|
* Não existem dados contabilizados em
concreto |
|
|
(Registado
aqui - Ano de 1999) |
|
Movimento populacional de Loriga através
dos Censos |
Resultados dos Censos 2001
|
Nos Censos realizados no Ano
2001, a população de Loriga regista 1.367 Habitantes |
Os dados registados no Censo 2001,
dão conta que população residente em Loriga, teve um decréscimo
significativo, que se registaram em números superiores a 18%.Também o
Concelho de Seia no seu conjunto, teve um decréscimo de habitantes, que atingiu
mais de 7%, apesar de se ter verificado em três freguesias um certo crescimento.
|
(Registado
aqui - Ano de 2001) |
*** |
Resultados dos Censos 2011
|
Nos Censos realizados no Ano
2011, a população de Loriga regista 1.053 Habitantes |
Nos Censos realizados em 201, a população
de Loriga registou uma quebra de 314 habitantes na ordem de valores superior na cerca
de 23% o que foi pela negativa significativo, tendo como causa principal o encerramento
das empresas e o decréscimo no nascimento de crianças, levando mesmo
que morreram durante 10 anos, mais pessoas do que as que nasceram. |
(Registado aqui - Ano de 2011) |
|
*** |
Movimento Demográfico |
Ano |
Baptizados |
Casamentos |
Óbitos |
1978 |
34 |
20 |
22 |
1979 |
42 |
12 |
18 |
1980 |
29 |
9 |
22 |
1981 |
27 |
15 |
28 |
1982 |
23 |
22 |
32 |
1983 |
|
18 |
27 |
1984 |
30 |
20 |
37 |
1985 |
22 |
22 |
21 |
1986 |
22 |
19 |
22 |
1987 |
16 |
16 |
37 |
1988 |
32 |
11 |
26 |
1989 |
17 |
7 |
24 |
1990 |
17 |
12 |
26 |
1991 |
26 |
21 |
34 |
1992 |
19 |
10 |
18 |
1993 |
18 |
9 |
35 |
1994 |
19 |
8 |
19 |
1995 |
13 |
13 |
26 |
1996 |
18 |
6 |
25 |
1997 |
15 |
8 |
31 |
1998 |
6 |
12 |
26 |
1999 |
12 |
8 |
25 |
* |
|
|
|
|
* Nota:
- A partir de 1999, não foi mais tornado público nos meios de divulgação
este Movimento Demográfico aqui documentado, desconhecendo-se as razões.
- O próprio autor deste Site, tem solicitado às entidades e organismo
que gere a Igreja, no sentido de lhe ser facultativo essa informação,
ou então dando como sugestão, para que voltasse a ser anualmente divulgado
no Jornal "A Neve" como sempre assim se procedeu, no entanto, e mais uma
vez, por razões que se desconhecem, o autor deste Site nunca mereceu uma informação
a essa sua sugestão. |
(Registado
aqui - Ano de 1999) |
|
Concelho de Seia |
Situado na vertente ocidental da serra
da Estrela, o concelho de Seia é formado por 29 freguesias (115 localidades),
ocupa uma área de 436 km2, pertence administrativamente ao distrito da Guarda
e, segundo os censos de 2001, tem uma população de 28.144 habitantes. |
http://www.cm-seia.pt/index. |
(Registado
aqui - Ano de 2002) |
|
Loriga
localidade Industrial
Começando por ser uma
terra industrial a partir das primeiras décadas de 1800, no ano de 1881, era
já a localidade mais industrializada na aba ocidental da Serra da Estrela, com
7 unidades de produção têxtil empregando mais de 200 operários.
Na primeira metade do século XX, era considerada a localidade industrial mais
importante do concelho de Seia e do Distrito da Guarda. |
(Registado
aqui - Ano de 2003) |
Aprovação
oficial como Vila, em 30 de Junho de 1989, na Assembleia
da República. |
|
"Loriguês" |
"Loriguês" termo
linguístico que os Loriguenses criaram, que não sendo oficializado, define
num falar e numa aplicação de palavras em número significativo,
muito usuais principalmente em tempos passados, em que muitas delas são exclusivas
e originais de Loriga. Mesmo assim, hoje em dia, ainda se define esta maneira muito
própria de aplicar as palavras muito divulgada entre os loriguenses, uma riqueza
cultural que os naturais de Loriga continuam a querer conservar e a manter bem viva
esta maneira popular do Loriguês. |
Vocabulário de
Palavras * |
-Abada -
avental
-Abaléu -
abalou
-Abelhudo -
curioso/atrevido
-Abocar -
ver/ouvir/testemunhar
-Abrólio -
que fala muito
-Acachapou-se -
agachou-se
-Àcata -
à procura
-Acarta -
carrega
-Achadiço - esquisito
-Acoitar -
abrigar/proteger
-Acompare
- compare
-Adezabelhar -
a fugir
-Afonicar -
estragar
-Aforricou - estragou/chapéu
de chuva
-Afunda - fisga
-Agaçar - atiçar
-Agancha - arame/conduzir um
arco
-Aganchar -
elevar/subir
-Agarimar -
proteger
-Aiche -
pequeno ferimento
-Airoso -
simpático
-Alacrário - lacrau
-Alguidar -
bacia
-Aljabardado -
mal feito
-Altarrão - muito alto (rapaz)
-Altarrona - muito alta (rapariga)
-Aluquete -
cadeado
-Alvadiço - atiradiço
-Alveirada - deixou de chover
-Amerzundado - instalado/não fazer nada
-Amorcegado - ensonado
-Amolancadas - amuladas/estragadas
-Amulagado - amolgado
-Anafiar -
arranjar-se/vestir bem
-Ancho - vaidoso
-Andrilhas - carregar(pessoas)ombros
-Ao calhas -
qualquer maneira
-Apilarado -
bem trajado
-Apoquento -
aflijo
-Aqueitar - abrigar
-Arangar -
a dizer/resmungar
-Arreliado -
zangado
-Arremedar -
imitar
-Arremelgado - com sono
-Arrenegar - aborrecer
-Arriaga - mal vestido
-Arroz pardo -
Cabidela
-Assorriar - fazer troça
-Atão -
então
-Atinor -
à sorte
-Atizanar -
enervar/irritar
-Atoleimado - tolo
-Atramoucado - bruto/doido
-Atroado - louco
-Aturo -
aguento
-Augada - chuvada
-Augado - triste, insatisfeito
-Augua - água
-Aventar - deitar fora
-Aversas - ao contrário
-Avezados -
habituados
-Badalhoco - muito sujo
-Bachicar - molhar com água
-Bácaro -
porco
-Baceira - gorda
-Baieta -
barbeiro
-Bailique - construção
abarracada
-Balcão -
escadaria de pedra
-Banquinha -
mesinha de cabeceira
-Baraço -
corda fina
-Barandão - malandro
-Barduça - nevoeiro cerrado
-Barrela -
limpeza completa
-Basto -
espesso
-Bátega - chuvada
-Bate-cú - cair de cu
-Batucar -
bater à porta
-Batureco -
bocado de terra
-Barriga de alqueiro - barrigudo
-Barreleiro - Sujo/cheio
de nódoas
-Barromão - vadio/vagabundo
-Barrunceira -
barreira
-Bedelho - pequeno "um
centavo"
-Beijinhas - vagens/feijão
verde
-Beirito - um pouco (liquido)
-Beiro -
um golo café
-Beirolar -
pingos de chuva
-Berleca -
suja
-Berreiro -
chorar muito
-Bico d´obra - coisa difícil
-Biscalhito -
pedaço muito pequeno
-Biscalho - pedaço pequeno
-Bichos carpinteiros - não parar
quieto
-Biscórdia - pessoa interceira
-Bocana -
chorar muito alto
-Boche - cão/chamamento
-Bofes - pulmões
-Bolsa - pessoa
baixa e gorda
-Bonrar - faltar à palavra
-Borda - local menos fundo num
poço
-Borleca -
porca
-Borna -
morna
-Borrar - sujar
-Borralha -
cinzas
-Borrega -
ferimento com pus
-Bosta -
excremento de vaca
-Bostela - crosta de ferida
-Bota - deita
-Botelha - abóbora
-Braveira - chorar muito
(feroz)
-Breter - derramar
-Briol - frio
-Broca - mentira
-Broxa -
prego pequeno
-Brutamontes -
mal feito
-Bulha - zaragata
-Bulir - mexer
-Bugia - fogão de ferro/aquecimento
-Bugiar - vai passear
-Burra -
taleiga de dinheiro
-Burrega -
bolha
-Busineira -
vento forte
-Cacarécos - apetrechos/móveis/casa
-Cachipôm - jarro flores
-Cadeias -
corrente, de segurar panela da lareira
-Cadilho -
novelo de Lã
-Caganátias - excremento/coelhos/ratos
-Caganeira - diarreia
-Cagalhoeiro - não guarda segredos
-Cagueiro - cu grande
-Calcamunhas - palerma
-Caldo - couves
-Cança -
asma/bronquite
-Carcódoa - Casca do pinheiro
-Chastar -
deixa-estar
-Calhão - parte mais
funda dum poço
-Calhandro - bisbilhoteiro/mal dizer
-Calhandrona - bisbilhoteira/má
-Calhau - pedra grande
-Cachimónia - cabeça
-Cachipom -
Vaso/flores (vidro)
-Chafardana -
viatura/velha
-Cagalhoeiro -
não guardar segredo
-Calhoada - pedrada
-Calhorras/Feijocas - feijão
grande
-Camangulão - vadio/vagabundo
-Cambado - baldio
-Caminete - camioneta
-Cancha - dar um passo largo
-Canudo -
bolas/termo de irritação
-Carvalhó - queda/cambalhota
-Casquilho -
objectos plasticados
-Catancho
- catrino
-Catrapiscar -
espreitar
-Cavalete -
escadote
-Chaleira - cafeteira
-Chamuscar -
queimar ao de leve
-Chapinhar - bater na água
-Cheirete -
mau cheiro
-Cheiriço - chouriço
-Cheiroso -
namorisqueiro
-Chícharos
- feijão frade
-Chicória - Bica (café)
-Chisneira -
aragem
-Chiqueiro - lixo
-Chiqueirada -
lixeira
-Chusma - muito/montão
-Chuviscar -
beirolar
-Codito - pequeno pedaço
de pão
-Coirão -
ordinária
-Combaro -
muro/courela
-Cómicada
- comédia/palhaçada
-Compinchas - más companheiras
-Corada -
branquear ao sol/roupa
-Corrécio - indisciplinado/vadio
-Corrilório - sempre andar/atarefado
-Courela -
leira de cultivo
-Courelita
- Leira/cultivo m/pequena
-Cramunha - fazer
barulho
-Crolório - feitio
-Cruzeta - cabide móvel
-Cudito - pedaço pequeno/pão
-Cueiros -
fraldas de pano
-Cum ou Co -
com
-Curgimão - pessoa indesejável
-Cusapeiro - rabo/cu grande
-Cuspinho - cuspo/saliva
-Custil -
Armadilha de arame
-D'algum -
de algum
-Dalparado
- escuro
-Danado -
alegre/vivo/esperto
-Debrucar - virar a loiça
-Degredo - problema/complicação
-Deido (a) -
doido (a)
-Depéis - depois
-Derramado - chatiado
-Derrancado - esperto/vivo
-Desancar -
palmadas no cu
-Desavergonhado - mau
-Desfeiáda - não bonita
-Desobrigar -
confessar (Quaresma)
-Despertina -
esperta (sem sono)
-Destrambulhado - sem juízo
-Desvão - sótão
-Dinqueiro - nu
-Eite - oito
-Eitra -
outra
-Eixo -
jogo crianças
-Eléctrico - fezês nos regos água
-Embarricar - jogar p´ra sitios dificeis
-Emgadelha - sem chapéu
-Em nenhures -
nenhum
-Encagaitado - bem vestido
-Encaramelado
- enregelado
-Encarolar -
ficar rijo (feijão/grão)
-Enchixarrado - vaidoso
-Encrenca - que arranja problemas
-Enfadado -
cansado
-Enlazeirado - cheio de frio
-Engalfinharam-se - pegaram-se
-Ensertado - aberto
-Ensopado -
todo molhado
-Ervas - esparregado
-Esbagou-se
- ficou esmagado
-Esbaguchados - frutos rebentados
-Esbarroncar - queda dum muro
-Esbijar - esticar/tecido
-Esborralhar - desmanchar/ruinas
-Esborrecar -
sujar/roupa
-Esbreicelada -
loiça partida/esmurrada
-Esbrinçar - partir loiça
-Escairado -
inflamado (nariz vermelho)
-Escaleira -
escadaria/balcão
-Escanchada -
pernas abertas
-Escarafunchar -
mexer
-Escarrolada -
bem lavada/roupa
-Escurece
- fica noite
-Escurrupichar - beber
o resto
-Esgaziado - conduzir depressa
-Esguelha - de lado
-Esfeijoar - queda aparatosa
-Engalinhado - cheio de frio
-Esmoer - fazer a digestão
-Esmangualado -
deitado ao comprido
-Esmoucado -
ferido/queda
-Espertel -
esperto (a) |
-Espicharrado -
deitado sem coerência
-Esprugar -
descascar/batatas
-Esqueixada - côdea da
broa levantada
-Esterlicada -
muito magra
-Estiado - parou de chover
-Estremunhado
- estonteado do sono
-Estrotegar -
torcer/pé
-Estrumeira -
local/colocar estrume
-Esturricada -
queimada/torrada
-Fariseu -
mau
-Farregodilhas - traquino/mexido
-Farrumbam -
arrogante
-Fedelho - traquino/ pequeno
-Fedor - mau cheiro
-Fedúncio - reles
-Flexo -
traque
-Fervedor -
vasilha do leite
-Fervelo -
impaciente
-Finta -
imposto predial
-Fole - Saco de tecido
-Forcalhas -
fintas
-Fragas -
rochas/granito e Grandes
-Fuderices -
bisbolhetices
-Funda -
fisga
-Funfar -
choramingar
-Furda - loija do porco
-Gadelha - cabelo grande/despenteado
-Galheta - rasteira
-Galho - ramo
-Garnacha -
aguardente
-Girigota -
dum lado para outro
-Girom - vai embora
-Gosma - interesseiro
-Grolda -
falar muito
-Guieira - aragem fria
-Guimpar -
gemer/sofrimento
-Hirejo -
ateu
-Imonado -
entufado
-Impar - gemer continuamente
-Inda -
ainda
-Incóspia - ordinária
-Ingrimanço - pessoa desluzida
-Inemigo -
inimigo
-Inté - até
-Jabardo - sujo, porco
-Já pinta - cor da cereja
-Jinela -
janela
-Lá veu - lá vou
-Lambada -
chapada
-Lambão - comilão
-Lambisgóia - pessoa
espantada
-Lamuria - lamento/choramingueira
-Lapacheiro - sujidade (lama/liquídos)
-Laréu -
conversar
-Laurear
- vadiar
-Lavadeira - joelheira/lavar
o chão
-Lanzeira - cotão/fazenda
-Lesma - escarro grande
-Lêvedar - fermentar
-Leva Mécha - vai depressa
-Ligo -
falo
-Lixado -
encravado
-Loijão - cave debaixo
do sobrado
-Lombeirão - Preguiçoso
-Lôrpa - comilão
-Luzcafus -
escuro
-Malina - mau cheiro
-Malcriado
- mal educado
-Maldrácia - maldade
-Maleitas -
males
-Malhão -
queda/trambolhão
-Malhada -
grande campo cultivo
-Malões - malas grandes
-Maltez -
rebelde
-Malvadez -
maldade
-Mardocarmo - Maria do Carmo
-Mariar -
tingir
-Marreco -
pato
-Márronia - mau feitio
-Marrual -
traquina
-Martóla - cabeçudo
-Mê - meu
-Mecha -
dinheiro
-Medrar - crescer
-Melena -
cabeleira grande
-Mestrunço - mal feito
-Meixo -
mocho
-Meixão -
papula na pele
-Meixões - fridas
-Mécha -
dinheiro (ou velocidade)
-Miga - petisco
-Migalho(a) - pequena porção
-Miscaros - cogumelos
-Missagras -
dobradiças
-Miúfa - medo
-Mixordeiro - provocador
-Mocotó - mal arranjada
-Mocho -
triste/calado
-Mogueiro -
pessoa/atrazada
-Moinante - vadio
-Molhadura -
Pagar rodada estreia/Fato
-Monco -
ranho
-Mosca -
jogo
-Mouca - surda
-Murça - cabelo grande
-Nagalho -
baraço atar sacos
-Nalgadas - palmadas/nalgas
-Neite -
noite
-Odepois -
e depois
-Óculos - Anilhas de lata (jogar)
-Onte - ontem
-Pagem -
amigo(a) companheiro(a)
-Pacóvio - sem maldade
-Paleio - conversa
-Palitos -
fósforos
-Pão Miado - pão de centeio
-Papalvo -
parvo
-Passéu -
passou
-Pau de bico -
jogo de pau
-Páz D´Alma - desenteressado
-Peçonha
- jogo/agarrar
-Pedra (escola)
- lousa
-Peisé -
pois é
-Penca - nariz grande
-Pelanquim - varanda
-Pelar -
queimar/escaldar
-Perdigoto - Salpicos
de saliva
-Perguntar -
procurar
-Perrice -
chorar muito/irritado
-Pertelinho - muito perto
-Pessinar - benzer
-Peteirar -
guerrilhar/brigar
-Pia abaixo - por aí
abaixo
-Pia acima - por aí acima
-Picareto -
gelo/bico aguçado
-Pichote -
sem valor
-Picissão - procissão
-Pinguitos - pingos/chuva
-Piórca - poço/ água suja parada
-Pirísca - velocidade/rapidez
-Pirralho - pequeno
-Pirrolito -
bebida (gasosa)
-Pisco -
comer pouco
-Pitróleo - petróleo
-Piqueno(a)
- pequeno(a)
-Planeiro -
enjoada/branca/magra
-Poaceira - poeira
-Postigo -
janela pequenina
-Proente -
vaidoso
-Prozápia - vaidade
-Pujeca - vagina
-Pugês -
miúdo/pequeno
-Putéfia - mulher dissoluta
-Quedar - parar
-Quêdo(a) - parado(a)
-Queicho - coxo
-Queirela -
courela
-Queisa - coisa
-Queixa -
acusar
-Queixito -
bocadito, pedacito
-Queizito - pedacito, bocadito
-Quelha -
rua estreita
-Quezilha
- hábito/maneira/modo
-Quilhado -
prejudicado
-Quinapos
- chinelos/pano
-Quinhão - porção/parte
-Quinté - que até
-Rabecada - raspanete
-Rabadela - vento
forte
-Rabicho -
rabo
-Raro -
espaçado
-Rapa barbas - vento gelado
-Rebisco - jogo de esconder
-Rede-curre - certo jogo
-Relêgo - calma, cuidado
-Rendizio -
arco de peneu e ferro
-Respigo - pedaço de
cacho de uvas
-Respo - excremento
-Reluzir -
brilhar
-Rilhar - trincar carne dura
-Ripote - gato preto
-Rixa -
jogo
-Rodilho -
pano (Cozinha)
-Rodilha - argoa pano (Cabeça)
-Roçar - esfregar o chão
-Saibete - sabor ligeiro
-Salsear - sujar
-Sassericar - não
estar quieto
-Sedente -
herpes
-Selamurdo - calado
-Senhã -
senhora
-Sertã - frigideira
-Solapada - admirada/surpreendida
-Soltura -
diarreia
-Sombrinha -
chapeu p/sol
-Sonso -
fingido
-Sostro -
corpo dorido
-Sumisso - desaparecimento
-Tagarela - falador/gabarola
-Taleiga - saca de pano
-Talisca - buraco na parede
-Tareca - esperta/faladora
-Tarrela -
limpeza mais apurada
-Tartameija -
pouco desenrascado
-Tarrisada - risada
-Teituçada - tropeçada
-Tepetada - bater
no pedra (descalço)
-Tertameija - tímido
-Tiseira
- tesoura
-Teirocas -
socas/tamancas
-Testo - tampa/panela
-Tísica - magra/doente
-Tezicar - arreliar
-Tóino -
António
-Torquês
- alicate
-Trambolho - mal feito
-Trambêlo - juízo
-Trambuzineira -
vento forte
-Tramenho -
solução/geito
-Trampa - excremento
-Trapaceiro -
alterar/conversa
-Travessuras -
Avarias/maldades
-Trazido
- que trás
-Trelecas - conchas,
conquilhas
-Treletar -
falar muito
-Trelincar - som das campainhas
-Tremplas -panela
lareira(três pernas)
-Trêplos - grelos
-Trigamilho - pão de trigo
-Trilhar -
comer
-Trinque - chaves da porta
-Troca Tintas - trapalhão
-Troncamaronca -
à toa
-Trôpesso - andar com dificuldade
-Turquês - Alicate
-Umbela - chapéu (chuva/sol)
-Xaile -
Xale
-Xé-xé - maluco
-Xi Coração - abraço
forte
-Vagens -
beijinhas
-Velar
- adorar
-Veneta - fúria
-Ventaneira - vento forte |
|
(Aqui Registado em 2001) |
(Última ctualização
+ palavras Outubro 2012) |
(Total de palavras aqui inseridas *
487) |
|
-Ele é um
barriga de alqueiro
- Ele é uma pessoa barriguda
-Olha vai bugiar - Olha vai passear
-Está com o
nariz escairado -
Está com o nariz inflamado
-Anda aqui aqueitar-te - Anda aqui abrigar-te
-Ouve lá uma
queisa - Ouve lá
uma coisa
-Noutro dia ias pia
cima - No outro dia
ias para cima
-Ficastes quêda
ali a falar - Ficastes
parada ali a falar
-Dei cá um
malhão - Dei
cá uma queda
-São
cá uns Marruais -
São cá uns traquinas
-Outra queisa - Outra coisa
-Ele inté já
lá entra -
Ele até já lá entra
-Está uma ventania
quinté mete medo
- Está uma ventania que até mete medo
-Esta cheiriça
é muito boa
- Esta chouriça é muito boa
-Está todo
apilarado - Está
todo bem trajado
-O teu filho está
a medrar - O teu
filho está a crescer
-Ainda agora por aqui
passéu - Ainda
agora por aqui passou
-Vai à desobriga - Vai confessar-te (Quaresma)
-Cheira ao rêspo
de gato - Cheira
a excremento de gato
-Está muito
ancha - Está
muito vaidosa/satisfeita
-O meu homem já
abaléu - O
meu homem já abalou
-É uma tareca
da praça -
É uma faladora da praça
-Vai com uma mexa - Vai com muita pressa
-Foi uma tarrisada - Foi uma risada
-Vou pia abaixo - Vou para baixo
-Vou pia acima - Vou para cima
-A vaca esfeijoou-se
do combaro - A vaca
caiu do combaro
-Está cá um tertameija
- Estas cá
um tímido
-Que boga - Que interessa
-Olha
vai bugiar - Olha
vai passear
-Deu cá um
bate-cu - Caiu de
cu no chão
-Dei cá uma
topetada - Bati com
os dedos do pé
-Bota fora - Deita fora
-Atao nao empresto? - Entao nao empresto!
-Não te ligo-Não te falo
-Ficou ao laréu
- Ficou à conversa
-Andas-me sempre atizanar - Andas-me sempre a enervar
-Ele anda por aí a catrapiscar
- Ele anda por aí
a espreitar
-Vendes lá vós - Vejam lá vós
-É uma deida
- É uma doida
-É todo airoso - É todo simpático
-Não tens
tramenho nenhum -
Não tens jeito nenhum
-Tens cá um
crolório -
Tens cá um feitio
-O que está arangar - O que está a dizer
-Ade ser um espertel
- Há-de ser
muita esperta
-Vai acartar as batatas
- Vai carregar as
batatas
-Estás uma mocotó
- Estás uma
mal arranjada
-É um degredo
para ele comer -
É um problema para ele comer
-Oh seu camangulão - Oh seu vadio
-O menino tem soltura - O menino tem diarreia
-Faço cada forcalha - Faço cada finta
-Toma lá o teu quinhão - Toma lá a tua parte
-Olha que está a pelar-me - Olha que está a queimar-me
- Já lá vem o Inemigo!!!
- Expressão usada quando a névoa começava a baixar
da serra em direcção ao vale |
|
|
II
- Outros Termos no Linguajar em "Loriguês" |
-Parece o Doutor
da mula ruça
-Tem bichos carpinteiros
-Tens cá uma murça
-Parece que não quebra um prato
-Para onde vais?... Vou para o Gundufo
-Anda com os calores da Tia Tabaca
-Amasse que é Pão Miado
-É mesmo uma incóspia
-Está cá com um berreiro
-Ele é derrancado
para a brincadeira
-Olha!.. Foi ao Baieta
-É uma cozinheira do azedo
-Espera, que não queres ir p´ra cavada
-Está mesmo um arriaga
-Vai todo enchixarrado
-Estão sempre assorriar
-Tem cá uma gadelha
-Ele está augado
-É um pirralho
-Já lá vem o Inemigo!!!
-Tem só conversa fiada
-É cá um fariseu
-Vai cá com uma mexa
-Ena!.. Que perrice
-Olha vem deido
-Tens a roupa bem escarrolada
-Tem mesmo maldrácia
-De lotes para pi lotes
-Anda por tinor
-Fala pelos cotovêlos
-Mê Filho... a quem pertences
-É mesmo um pisco
-É mesmo uma camangulona
-Vem a neve ao cu do lobo
-És um fraca Xichas
-És mesmo um espalha brasas
-Ali vai o arrebenta calçadas
-Ouve lá oh coisa
-Oh coirão negro |
|
|
**** |
Expressões populares Loriguenses
"Lorigada"
Encontro de convívio e amizade entre loriguenses,
num almoço tradicional e unicamente com
gastronomia de Loriga |
|
"Lorigaitas"
Expressão popular que se aplica, concretamente
fora de Loriga, quando num encontro ocasional,
loriguenses, recordam a sua terra. |
|
(Registado aqui - Ano de 2007) |
|
História em Loriguês * |
Diálogo imaginário, mas
que podia ser bem real, ainda, há 30 ou 40 anos, numa das ruas de Loriga. |
" -
Ó senhã Marizé, já
lá vai pia baixo?
- Péis
lá véu cum Deus, mas cheia de maleitas. Sabe, estou aqui num sostro!
O mê Tóino diz que é falta de óleo nas missagras.
- Ah!
Acredito, acredito. Co este tempo assim! Anda lá uma barduça na serra.
Já lá vem o Inemigo!!! Atão, até parece que os ossos ficam
amolancados. É uma triste vida! E depéis corre esta guieira, ficamos
com o corpo encaramelado.
-
É verdade Dos Anjos. Olha, inda onte fui apanhar um queixito de caldo p'ra fazer
uma sopita e não queiras saber, veio uma trambuzineira qu'inté m'aforricou
o chapéu. Isto é que vai uma invernia! Deixa-me lá ir que já
começou a beirolar, senão inda tenho que me aqueitar debaixo d'algum
pelanquim.
-
Vá cum Deus! " |
* Recolha de Joaquim Pinto Gonçalves,
publicada no seu Blog http://www.trovanossa.blogspot.com/ |
(Registado aqui - Ano de 2007) |
|
Nomes de Famílias |
Registo dos apelidos existentes em
Loriga. Apesar de alguns destes apelidos serem muito vulgares entre os Loriguenses,
isso não quer dizer que pertençam à mesma família. |
-Abreu
-Alves
-Amaral
-Amaro
-Ambrósio
-Antunes
-Aparício
-Ascensão
-Bastos
-Brito
-Cabral
-Calado
-Cardoso
-Carreira
-Casegas
-Claro
-Coelho
-Conde
-Constância
-Correia
-Costa
-Crisóstomo
-Cruz
-Dias
-Cruz |
-Farias
-Félix
-Fernandes
-Ferrão
-Ferreira
-Ferrito
-Figueiredo
-Florêncio
-Fonseca
-Freire
-Galvão
-Garcia
-Gonçalves
-Gouveia
-Guimarães
-Jesus
-Jorge
-Lages
-Leal
-Leitão
-Lemos
-Lopes
-Lourenço
-Lucas
-Luis |
-Macedo
-Madeira
-Marques
-Marta
-Martins
-Melo
-Mendes
-Moenda
-Moita
-Monteiro
-Mota
-Moura
-Mourita
-Neves
-Nogueira
-Nunes
-Oliveira
-Ortigueira
-Paixão
-Palas
-Paulo
-Penas
-Pereira
-Pina
-Pinheiro |
-Pinto
-Pires
-Plácido
-Portela
-Prata
-Ramos
-Ramalho
-Reis
-Ribeiro
-Romano
-Santos
-Saraiva
-Silva
-Silvestre
-Simão
-Simões
-Varão
-Veloso
-Vicente |
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(Registado aqui - Ano de 2003) |
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Adivinhas populares muito usuais em Loriga |
Aqui se registam algumas das muitas
adivinhas populares, desde sempre muito usuais em Loriga. |
"À meia-noite
se levanta o francês.
Sabe das horas, não sabe do mês.
Tem uma serra, não é carpinteiro;
Tem um picão, não é pedreiro;
Usa esporas, não é cavaleiro;
Escava no chão e não acha dinheiro."
Resposta:- Galo. |
"Qual a coisa qual
ela
Que, mal cai no chão,
Fica amarela.
Resposta:- Ovo |
"Verde foi o meu nascimento,
Mas de luto me vesti;
E, para dar luz ao mundo,
Mil tormentos padeci."
Resposta:- Azeitona. |
"Andava um bando de
pombas
E passou um gavião E disse:
-Deus as salve cem pombas.
E elas responderam:
-Cem pombas não somos nós.
Nós, outras tantas como nós,
E a quarta parte de nós
E contigo gavião
Cem pombas são."
Resposta:- 44 Pombas |
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(Registado aqui - Ano de 2003) |
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Ditados populares ou provérbios |
A sabedoria popular está representada
no que chamamos ditados populares ou provérbios. Aqui se documentam alguns desses
ditados e provérbios, que sendo comum em outras regiões do país,
foram e são também muito usuais em Loriga. |
-Casa roubada, trancas à porta.
-Amigos, amigos, negócios à parte.
-Uma maca podre apodrece um cento.
-Em casa de ferreiro, espeto de pau.
-Migalhas também são pão.
-Grão a grão enche a galinha o papo.
-Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
-Gato escaldado de água fria tem medo.
-Vale mais um pássaro na mão que dois a voar.
-P'ra baixo todos santos ajudam.
-Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje.
-Quem dá aos pobres emprestam a Deus.
-Mocidade ociosa traz velhice vergonhosa.
-Se tem três, não o vendas nem o dês.
-Se vires trovejar, põe-te a rezar.
-Junta-te aos bons serás como eles, junta-te aos maus e serás
pior que eles.
-De noite todos os gatos são pardos.
-Vão-se os anéis e fiquem-se os dedos.
-Quando a esmola é grande até o pobre se admira.
-Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
-Não há mas sem senão.
-A cavalo dado não se olham os dentes.
-Mais vale tarde que nunca.
-Há males que vêm por bem.
-Nem tudo o que luz é ouro.
-De pequenino é que torce o pepino.
-Homem prevenido vale por dois.
-Quem te avisa teu amigo é
-Quem com ferros mata, com ferros morre
-O saber não ocupa lugar. |
-Quem vai guerra dá e leva.
-Quem estraga velho paga novo.
-A água tudo lava menos as más línguas.
-Diz-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és.
-Ninguém é profeta na sua terra.
-Candeia que vai frente alumia duas vezes.
-Guarda que comer, não guardes que fazer
-Patrão fora dia santo na loja.
-Gaivotas em terra, tempestade no mar.
-A verdade é como o azeite: vem sempre "ao de cima".
-Não contar com o ovo no cu da galinha.
-Chuva de verão não chega ao chão.
-Cão que ladra não morde.
-Vozes de burro não chegam ao céu.
-Não te rias do teu vizinho que o teu mal vem a caminho.
-Não há pior cego que aquele que não quer ver.
-Em terra de cegos quem tem um olho é rei.
-Quem tem unhas é que toca guitarra.
-As conversas são como as cerejas.
-Deus escreve por linhas tortas.
-Ano de missão, ano de perdição.
-Quem cala consente.
-Orelha de gato, pé de cão e cu de gente nunca foi quente.
-Quem tem cu tem medo.
-Burro que geme carga que não teme.
-Quando as comadres se zangam descobrem-se as verdades.
-Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
-Quem não guarda água nem lenha não guarda nada que tenha.
-Até no mais fino pano cai a nódoa.
-Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita |
|
(Registado aqui - Ano de 2003) |
|
Respostas feitas |
Na linguagem do povo existem variadas
expressões populares que de certa maneira transmitem a idéia de respostas
feitas de imediato, que usando-se em Loriga também tem expressão por
todas outras regiões. |
- Que horas são?.. - Faltam dez reis para meio tostão.
- Tenho frio. - Embrulha-te no capote do teu tio.
- Tenho medo - Compra um cão negro.
- Queres estas todas?.. - E mais que fossem.
- Acertar agulhas - Fazer um acordo
- Tempestade num copo de água
- Tornar pequeno acontecimento em
grande
- Não são contas do
teu rosário - Isto não
te diz respeito
- As duas por três. . . - De repente
- Não passa da cepa torta - Não evolui nada
- De cavalo para burro - De bom para mau
- Enquanto o Diabo esfrega um olho
- Muito depressa
- Vai numa pé e vem noutro
- Ir e vir depressa
- Tira-lhe o couro e cabelo - Tira-lhe tudo
- Por os pontos nos "is"
- Por tudo certo
- Por tudo em pratos limpos - Por tudo esclarecido
- Na ponta da língua - Responder de imediato
- Chapa ganha, chapa gasta - Gastador, não tem regra no gastar
- Faz trinta por uma linha - Muito mexido irrequieto
- Não chega p'rá cova
de um dente - É muito pouco |
(Registado aqui - Ano de 2003) |
|
O apelido "PINA" |
De todos os apelidos
que existem em Loriga, não restam dúvidas que o apelido "Pina"
é dos mais comum, pesquisas levadas a efeito conseguiu-se saber as suas raízes
e a sua resenha que aqui registamos. |
História do apelido Pina |
Nome de raízes toponímicas,
parece derivar da vila de Piña, em Aragão (Espanha). |
Em 1288, Fernão Fernandes de
Pina, veio para Portugal na comitiva de D. Isabel, noiva de D. Dinis e depois Rainha
Santa Isabel. Fixou-se em Portugal, bem como seus filhos, que com ele vieram, e através
dos quais se transmitiu este nome, já aportuguesado em Pina, deles descendendo
vários ramos da mesma família. |
Usavam Emblema de Armas |
Os Pinas do Norte, radicados especialmente
na Guarda usam: de vermelho, uma banda de ouro carregada de um leão de azul
e acompanhada de dois pinheiros verdes, arrancados de prata e frutados de ouro. Timbre:
uma cabeça de leão de ouro, saindo-lhe da boca um ramo de pinheiro do
escudo.
Os Pinas do Sul, fixados particularmente em Montemor-o-Novo, usam: de vermelho, uma
torre de prata, aberta, iluminada e lavrada de azul, assente sobre um monte de sua
cor. Timbre: a torre do escudo. |
História do apelido Pina
em Loriga |
Em assentos paroquiais de Loriga desde
1560, não existia ninguém ou mesmo havia alguma referência ao apelido
Pina, que só passou a ser referência a partir de 1713. |
* |
"Pina", é
na verdade dos apelidos mais vulgares em Loriga, sendo mais que certo que este apelido
teve origem numa senhora chamada Margarida
Pinna, natural da localidade
de Vinhó concelho de Gouveia, que casou em segundas núpcias em Loriga,
com um senhor chamado Manuel da Cruz. |
* |
Carlos Aragão de Pinna - nasceu
em Vinhó concelho de Gouveia cerca do ano 1650, casou com Maria do Anjos e tiverem
duas filhas
Primeira: - Catarina Pina, que foi baptizada a 5.8.1688 - (Cx 177-fol.98/v-rolo 716)
Segunda:- Margarida Pina, que nasceu cerca do ano de 1680 e casou com António
Pedroso em 8.11.1699 (IANTT cX 177 - fol 11/V - rolo 716). Deste casamento, teve duas
filhas Maria de Pina e Isabel de Pina. |
Margarida Pina. - Enviuvou e casou em segundas núpcias em 25.5.1713,
com Manuel da Cruz, de Loriga, filho de Constantino da Cruz e de Isabel Gomes, ambos
também de Loriga (IANTT - cx 452. FOL 217
- rolo 868). Deste seu segundo casamento não teve filhos, falecendo em Outubro
de 1745 (IANTT - Rolo 868)
Quando da vinda para Loriga, nos primeiros anos da segunda década do século
XVIII, Margarida Pina trouxe com ela, as suas duas filhas, onde mais tarde vieram a
casar. |
A partir de então deu-se inicio
a dois ramos de apelidos PINA, que se foi desenvolvendo em outros muitos mais ramos
da árvore familiar, tal como chegou aos nossos dias, na certeza de que todos
os apelido "Pina" em Loriga terem em comum Margarida
Pinna, como a avoenga. |
Árvore genética do
apelido "PINA" em Loriga |
Margarida Pinna
Maria Pina |
Isabel de Pina |
- Casou em Loriga
por duas vezes. A primeira vez em
08/01/1719, com Manoel Francisco, filho de João
Francisco de Corgas e de Maria Jorge, ambos de Loriga
(IANTT- FOL 233 e 234, Rolo 868.
(Não se sabe se houve filhos)
A segunda vez com António da Fonseca,
Filho de António da Fonseca e Isabel Gouveia. Deste
casamento resultou 9 filhos. |
- Baptizada em 1.3.1702,
sendo seus padrinhos Manuel do
Carmo e Maria Amaro Luis (IANTT - CX.452 - FOL 1, Rolo 867).
Casou em Loriga a 10.5.1725, com João Gouveia, filho de
Gouveia e Catarina Jorge, tendo falecido também em Loriga
com todos os sacramentos em 20.1.1760.
Deste casamento resultou um filho chamado Manuel de Pina.
Seguiram-se os descendentes entre outros, Manuel de Pina
- António de Brito Pina - António de Pina Pires - Maria
Tersa de
Pina - Albano de Pina Melo - António de Pina Melo - António
Herculano Melo. |
|
|
A partir daqui começa então
a desenvolver-se as gerações que vieram até aos nossos dias e,
que desta forma tem três séculos de existência o apelido "PINA"
em Loriga. Desta geração actual está incluído o autor desta
Homepage, que tudo leva a crer pertencer à linha de descedência de Maria
Pina. |
(Registado aqui - Ano de 2008) (Extratos de
Pesquisas:- Dr. António Herculano da Paixão Melo) |
|
Outros apelidos muito vulgares em
Loriga
Pode-se também dizer com quase
a certeza, que outros apelidos também muito vulgares em Lorigas e muito antigos
são eles, o "APARÍCIO", o "FERNANDES", o "BRITO",
o "MENDES", o "GOUVEIA" e o "GALVÃO". |
(Registado aqui - Ano de 2012) (Extratos de Pesquisas:-
Dr. António Herculano da Paixão Melo) |
|
A História dos Alcunhas |
Um "alcunha" é a designação não-oficial criada
através de um relacionamento interpessoal, geralmente informal, para identificar
uma determinada pessoa, famílias ou mesmo um lugar, de acordo com uma característica
que se destaque positiva ou negativamente, de forma a atribuir-lhe um valor específico,
por vezes é numa visão inspirativa e repentina do objetivo que faz criar
um "Alcunha", que leva depois também ao instantâneo aproveitamento
social.
Deve-se considerar ainda que os "Alcunhas"
depois de criados e enraizados, podem
também prejudicar psicologicamente o seu alvo, quando assumem caráter
pejorativo, bem salientada na normal reação discordante do visado, no
entanto, a sua utilização é na verdade um objetivo identificativo
muito próprio e popular nas sociedades. |
*** |
Os Alcunhas de Loriga |
Na história de Loriga, os "Alcunhas"
das pessoas e famílias, faz parte da cultura dum povo, que desde sempre foi
também uma maneira determinante e imprescindível, para o modo identificativo
de pessoas e famílias, tendo em conta de uma característica muito própria
da existência em Loriga de nomes e apelidos iguais, quando por vezes nem pertencendo
à mesma família.
Na verdade, os Alcunhas em Loriga, é reconhecido como um valor histórico
que vai passando de geração em geração, pois por vezes
só recorrendo a esse meio, se identificam as pessoas ou famílias, o que
não deixa de ser curioso, no entanto, sempre também existiu alguma não-aceitação
pelos visados, nomeadamente, quando a palavra mais blasfema injúria e mexe no
sentimento das pessoas.
Como tudo na vida, há quem se orgulhe de ser conhecido pelo seu "Alcunha",
no entanto, todos aqueles que não aceitem, queira ou não terão
que viver com essa realidade e tal como alguém disse um dia "Que me importa que falem em mim o importante é
que eu viva".
Nessa ideia bem condizente e o facto de termos vivido desde crianças a conhecer
as pessoas pelos seus nomes e "Alcunhas", lançou-me nesse conceito de pesquisar os nomes designados
por "Alcunhas" em Loriga, para os registar nesta minha Página, assim,
com o conhecimento de muitos que eu conhecia, outros encontrando em publicações,
ainda outros por relatos verbais e antigos, foi assim possível elaborar esta
Lista com mais de quatro centenas de "Alcunhas" em Loriga, que é algo
de genuíno e histórico.
Uma curiosidade hoje em dia, tem a ver o facto de muitos Alcunhas perderem a sua vulgarização,
deixando mesmo de ser usuais e em muitos casos esquecidos, apenas se mantendo na memória
das pessoas mais antigas, tudo isso se devendo a três fatores fundamentais a
exemplificar a seguir.
1. - Famílias terem deixado Loriga e terem perdido o contacto com a sua terra;
famílias terem já desaparecido e não terem deixado descendentes
e ainda o facto de pessoas passar a ser conhecidas por outros Alcunhas.
2. - Uma outra curiosidade é em alguns "Alcunhas" ser focado uma só
pessoa, ficando isentos descendentes, ou a palavra utilizada para alcunhar ter apenas
uma só expressão.
3. - Um dado também muito curioso consiste em que muitos "Alcunhas"
em Loriga, têm um modo originário dos chamados "Nomes Alcunhados"
ou seja pela via do nome do progenitor.
Devo ainda dizer que uma mais-valia
para o registo aqui neste listado de mais de quatro centenas de Alcunhas de Loriga,
se deve ao contributo com mais de sete dezenas de nomes retirados de uma lista bem
completa, elaborada pelo também historiador loriguense, António Luís de Brito, que fazendo chegar até mim esse seu trabalho, foi
na verdade importante, para assim poder-se ter esta Lista atual, porventura a mais
completa e existente sobre os Alcunhas de Loriga.
Nota importante:- Ao elaborar este trabalho na ideia de publicar, tive sempre
a plena consciência de algum impacto que possa vir a ter, ao mesmo tempo me ocorrendo
aquela ideia de ter sempre em conta, quer se queira ou não os "Alcunhas" em
Loriga continuam bem presentes na cultura loriguense, por isso, esta publicação
aqui é sem qualquer intensão de ferir o sentimento de quem quer que seja. |
Dados curiosos e complementares |
Regista-se aqui como dado curiosos,
existirem famílias com mais de um "Alcunha". Como também é curioso a obrigatoriedade na
utilização de (o) (os) (do) (da) tendo em conta o modo singular, plural,
feminino e masculino. Se bem que (os) tem uma utilização quase generalizada.
Exemplos:
(o) Agau - (o) Doutor sem Cadeira - (o) Zé da Quinta etc.
(do) Barbeiro - (do) Rega - (do) Demo (do) Cuco etc.
(da) Benedita da Avó - (da) Nau Catrineta etc.
Na Lista dos "Alcunhas"
em baixo descriminada está escrita no modo singular e plural, consoante a utilização
pelas pessoas na sua normal expressão. |
Lista dos Alcunhas Loriguenses
(O) ou (Os) ou (Do) ou (Da) |
A
Abelhas
Adregas
Adro
Africanista
Agau
Aleixito
Aleixos
Alentejano
Alfaiate
Alhos
Alicate
Almas
Almeidinha
Alvoqueira
Amada
Ambrósio
Amendoim
Americano
Américos
Ângelo
Aninhas
Anões
Antão
Antónia
Areias
Arrocho
As-D´avó
Aurorinha
B
Bacalhau
Balázia
Baptista
Barbas
Barbeiro
Barbeirito
Barriga
Barriosa
Barromão
Barromona
Barruel
Batata
Beija
Belão
Belamoça
Bendavide
Benedita-da-Avó
Bentinha
Boinas
Bonito
Bernardo
Bezerrinha
Bi-Blé
Biatrizes
Bichinho
Bicho
Bicho-Macho
Bife
Bilitos
Bilro
Borrega
Borreguinha
Botarita
Botos
Bragas
Brasas
Brasileiro
Britas
Bringalhas
Bucho
C
Cabrais
Caçamelho
Cabreira
Caana
Caçapos
Cagalhão
Caganeiras
Calçadas
Calhitas
Calhoras
Caloios
Canada
Candera
Canhão
Capa
Capadito
Capela
Capitão
Cardeiras
Careca
Carneiro
Carocha
Carolo |
Carpinteiro
Carriço
Casegas
Casimiro
Castanho
Catarro
Catavéu
Catrineta
Cebola
Cego
Chagas
Chaina
Chaleira
Charuto
Chicharelho
Chicharo
Chichas
Chico-Porras
Chinelo
Chinguelho
Chora
Choufer
Cigueira
Cilhas
Coelhos
Colandrões
Condutor
Corgas
Corneta
Correio
Corseleiro
Côto
Coveiro
Côxo
Cozinha
Cristiana
Croado
Cuco
D
Da-Volta
Domingos
Démo
Dégueis
Dentista
Devino-Mestre
Diogo
Direito
Do-Ernesto
Domingos
Do senhor
Doutor sem Cadeira
Da-Pastora
E
Escaleto
Estaca
Esperança
Espinho
Estrelado
F
Facha
Fantas
Farias
Farrancha
Faz-tudo
Febras
Feijão
Feijoca
Feijoeira
Feio
Felexo
Felicidade
Félixes
Flaita
Florindo
Ferramenta
Ferrador
Ferreiro
Firminos
Fiadeiro
Fiscal-do-Sebo
Fidão
Fixe
Folhadosa
Fome-Negra
Fontanoda
Fontão
Fontes
Forneira
Forno
Frade
Funil |
G
Gadelhas
Gadunhas
Galinhas
Gata
Gato
Geadas
Gervázio
Gigi
Gil
Ginásio
Gisu
Glória
Gordo
Governo
Grande
Gregório
Grencha
Grilo
Grimónia
Guarda-Livros
Guilhos
I
Incha
Italiano
J
Jaburú
Jaleco
Januário
Jaronda
Jirolme
João Grande
Josina
Josué
L
Lafite
Laipadas
Lã-Lã
Lamas
Lapeiro
Latoeiro
Libania
Lino
Lisboa
Loja
Lojita
LóLó
M
Machada
Machaqueiros
Madinha
Mainas
Malas
Maluca
Mana
Maneta
Manezinha
Manjerico
Manquito
Mansalhão
Manulito
Maranhão
Maria-Terezita
Mariaia
Marquêsa
Marquitos
Marrão
Marta
Massa
Meio-Quilo
Menano
Mija-seis-centos
Mijões
Minhoto
Ministro
Mitra
Mocuna
Moenda
Moice
Moitas
Moleiro(a)
Mônzar
Mônzarga
Morcela
Mota
Mousaco
Mozarga
Mudo |
O
Olhinhos
Olho-de-Vidro
P
Padre-Nosso
Pai-Tio
Palão
Palhas
Panela-de-Ferro
Panelo
Pantalão
Pascoal
Pastor/Pastora
Pata de Chumbo
Pé-Descalço
Pedradas
Pedreiro
Péis-Bom
Pelicas
Penas
Penedas
Pepineira
Pequeno
Perdigão
Perico
Pêssegas
Pastanas
Piço
Pifaritos
Piloto
Pimpão
Pingão
Pinheira
Pinoia
Piolho
Piriquitos
Pirrola
Pisoeiro
Pistolas
Planeta
Pomar
Ponte
Porras
Portela
Prego
Pucaritos
Púcaro
Pugeca
Púm
Q
Queijeira
Queixito
Queixo
Quinta
R
Raleira
Ramalha
Ramalhos
Ramboia
Ramos
Ranhosos
Rápido
Rasoulo
Rata
Rato
Rau
Rega
Regada
Reguila
Remanquete
Requeijão
Requinta
Resineiro
Resulta
Riça
Rifona
Riquito
Rol
Rola
Rolhas
Ruas
Rufina
Russo |
S
Sabanico
Sacristão
Samacaio
Samanaco
Santa
Santa-Eufêmea
Santiago
Santinho
Sapateiro
Sarrobecos
Sazeiro (a)
Sebastião
Serra
Soldado
Soparra
T
Tabaco
Tanganho
Tapado
Tapora
Tarramoelas
Tarrela
Teceleira
Teixeiro
Tejelinha
Terlitáu
Terreiro
Tia-Tabaca
Tigela-de-Milho
Toche
Tom
Torneiro
Torrais
Torrão
Trabalhador
Trabola
Trinca-Espinhas
Trinta-e-Cinco
Tripa
Tufa
Tuisca
V
Valérios
Varão
Varona
Verdascas
Vermelhão
Véstia
Vicente
Viriatos
Vivórios
Vizinho
X
Xabregas
Z
Zarolho
Zé-da-Vide
Zé-da-Nazaré
Zé-da-Quinta
Zé-das-Almas
Zé-de-Canas
Zé-do-Senhor
Zé-dos-Telhados
Zêga
Zé-Grande
Zé-Luzia
Zé-Morto
Zé-Padre
Zézé
|
|
(Total aqui registados - 406) |
(Registado aqui - Ano de 2014) |
|
Poema dedicado a
Loriga * |
|
Telhados Velhinhos
A roupa a secar
A neve caindo
Crianças sorrindo
E a gente a cantar
Hó terra tão linda
Que há que não diga
Saloias da serra
E cristãs da terra
É assim Loriga
Disse uma graça na ponte
Corre veloz até à fonte
E chega logo à "Carreira"
Lá vai ele como louca
Andando de boca em boca
Percorrendo a terra inteira
Dizem que a aldeia é grande ve lá
Mas se é grande não parece
Na rua é um formigueiro
Desde a ponte à "Carreira"
Toda a gente se conhece |
|
* Eugénio Luís Pina
dos Santos. -Emigrante loriguense na Alemanha, que apesar de estar longe não
esquecia sua terra. Poema dedicado a Loriga, publicado no Jornal "A Neve"
(Março 2003) a pedido do mesmo, pouco tempo antes do seu falecimento. |
(Registado aqui - Ano de 2008) |
|
Origem dos nomes
Documenta-se aqui a origem dos nomes
próprios usuais em Loriga, uns mais vulgares que outros.
- António
(a) - |
|
- Ana - |
Este nome poderá
ter a sua origem no latim "antonius" (inestimável) ou no grego
"antheos" (flor). António reflecte uma personalidade frágil
e de grande dependência afectiva para quem constituir família
é a principal meta. Dono de uma grande imaginação e sensibilidade,
o mundo em que vive é só seu. Os detentores do nome António
procuram o equilíbrio, reagem de acordo com os seus sentimentos e têm
necessidade de agradar e de estabelecer laços de paz com quem os cerca.
Gostam do belo e procuram o prazer. A sua faceta extrovertida encontra eco
na forma como comunica. Os planos metafísicos exercem sobre ele uma
grande atracção. |
|
Do hebraico "hanna",
que significa graciosa. Consciente das responsabilidades, pode à primeira
vista parecer um pouco fria. Porém, o seu coração pode
ser quente, mas de uma forma selectiva. Prefere a solidão aos laços
medíocres, a verdade às noções enganadoras. Ana
é uma pessoa com um espírito analítico e moralizador,
mas quando encontra um companheiro à sua altura defende o seu direito
à felicidade com tenacidade. Trata-se de uma pessoa capaz, procura as
coisas que duram e que tendem a melhorar com o tempo, a paz interior, a sabedoria
e a serenidade. |
- Adelino/a - |
|
- Alberto - |
Tem origem no germânico
"adal" (nobre) e "lind" (doce ou nobre serpente). No feminino,
podemos estar perante umas pessoas cujas características se assemelham
às do nome Adelaide, com a desvantagem de ser preguiçosa. A sua
principal preocupação é a de encontrar alguém a
quem entregar o seu coração. Já os Adelinos são
pessoas preocupadas em atingir a estabilidade, que física quer psíquica,
sendo esta característica a pedra basilar da sua existência. É
um excelente lutador e as adversidades da vida apenas servem para lhe aguçar
a força de vontade. |
|
Deriva de dois termos
germânicos, "adal" e "berth", que significa nobre
célebre e/ou conselheiro dos espíritos. Estamos perante um pensador
solitário que abomina os aspectos frívolos da vida. Trata-se
de uma pessoa racional com uma grande capacidade de trabalho e que acredita
apenas naquilo que vê. Porém, na intimidade pode ser uma pessoa
sentimental e na amizade é fiel. |
- Alfredo
- |
|
- Alice - |
Nome de origem germânica.
Alfredo é um individualista convicto dono de um carácter sensível
e introvertido. Quando se apaixona, põe de parte a sua individualidade
e pode chegar a fazer muitas concessões, sem que no entanto assuma qualquer
compromisso. Abomina os contratempos que o podem travar. |
|
Nome que deriva
do germânico "adal" (nobre) e "haid" (estirpe). É
geralmente inteligente e dona de uma imaginação fértil,
muito embora a susceptibilidade a possa desequilibrar com facilidade. Pragamática
e sensata no quotidiano, jamais desdenha os prazeres que a vida lhe possa proporcionar. |
- Álvaro - |
|
- Artur - |
Do germânico
Adalvar que significa nobre guerreiro. Este nome caracteriza uma pessoa com
os pés assentes na terra e com um grande espírito de sacrifício.
Todavia exige dos outros em proporção aquilo que lhes dá.
Gosta comunicar, de dar conselhos e empenha-se de facto em compreender as outras
pessoas. Senhor de uma inteligência aguda é também bastante
susceptível relativamente às suas aspirações. À
parte disso tem um bom sentido de humor. |
|
Do celta Art (urso)
e Ur (grande). A imaginação ocupa um lugar de destaque para o
Artur que muitas vezes confunde os sonhos com a realidade. Tem uma personalidade
complexa e uma grande vivacidade de espírito. Vive o presente em busca
do futuro, mas o passado pode muitas vezes reservar-lhe surpresas desagradáveis
das quais tenta desenvencilhar-se. Encontra a realização e a
paz de espírito na arte. |
- Carla/os -
|
|
- Augusto/a - |
Este nome tem origem
no germânico "Karl"
- Carla - É uma mulher misteriosa e segura de si, que coloca a verdade
acima de tudo. O mote "mais vale só que mal acompanhada" é
neste caso uma realidade, dado que se trata de uma pessoa que prefere estar
sozinha a ter por companhia alguém medíocre.
- Carlos - No latim significa "Homem" - Carolus, são homens
viril e primam pela emotividade e tudo fazem para que gostem deles e os admirem,
o que não é difícil dado o seu encanto e convicção.Trata-se
de uma pessoa pragmática e optimista, dotado de uma grande dose de criatividade.
Apaixonado pela justiça, é geralmente um bom juiz. |
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Nome que tem origem
no termo latino "augustos", ou seja, aquele que é majestoso,
consagrado ou digno de veneração. Augusto é rigoroso e
combativo, por vezes, belicoso. É um estratega e um gestor de alto gabarito,
que assume as suas responsabilidades com prazer. Contorna e ultrapassa os obstáculos
que o limitam. Tem um coração generoso.
Já Augusta é idealista,
generosa e dedica-se com intensidade aos projectos ou pessoas que escolhe.
Poder ter algumas crises de identidade e angústias, devido a contrariedades
na sua contribuição para um mundo melhor. |
- Beatriz - |
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- Bruno - |
Deriva do latim
"beare", ou seja, aquela que traz felicidade. Inimiga da ociosidade,
está muitas vezes insatisfeita com este mundo. Sofre e revolta-se com
as injustiça e a miséria, pelo que só tem duas alternativas.
A primeira consiste em encontrar o seu príncipe encantado, e espera
na sua torre de marfim. A segunda alternativa é dedicar-se a uma causa
que defenda dignidade humana. Seja como for, Beatriz vive em função
do amor, a única coisa que traz felicidade. |
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Este nome pode
vir do latim "brunus" ou do germânico "brun", que
em ambos os casos significa moreno. Prima pela incoerência e tenta conciliar
os seus ideais com a realidade que o rodeia, o que nem sempre é fácil.
Todavia é um dos poucos que consegue resolver este paradoxo. Dono de
um pensamento analítico e profundo, não cede às soluções
fáceis, factor que o resguarda dos azares da vida. Convicto e perseverante,
não se deixa abalar pelo infortúnio, podendo muitas vezes atingir
o sucesso. |
- Eduardo/a - |
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- Fernanda/o - |
Deriva do latim
Edwardus e do inglês Ead (rico) e weard (guardião) convergindo
no nome Eadweard. Significa guarda das riquezas e indica uma pessoa com muito
talento e dinamismo. É uma pessoa que se realiza em trabalhos que a
estimulem a pensar e a investigar. |
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Provém
do germânico e significa "audaz/atrevido". Indica uma pessoa
batalhadora, que leva até ao fim tudo aquilo que começa. Outras
características são as ideias inspiradoras e o amor à
liberdade. |
- Fátima
- |
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- Gabriel /a - |
Fátima
- Provém do árabe e significa "a mulher perfeita".
São meninas comunicativas, que têm muita facilidade em estabelecer
contactos. Adora mudanças, sobretudo as que lhe permitem conhecer novas
pessoas. |
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Nome de origem
hebraica. É uma pessoa que impõe respeito às outras, sendo
o significado deste nome de anjo "homem de Deus" ou "o meu protector
é Deus" . É um bom conselheiro e um excelente pai de família. |
- Cristina - |
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- Catarina - |
É considerado o feminino
de Cristus e deriva do latim tardio Christina. É, então, um nome
de inspiração religiosa. Deriva do nome latino "Christina".
A procura do verdadeiro amor, orientada pela lealdade e dignidade, rege a sua
existência. Ainda que numa primeira análise possa parecer uma
pessoa algo mundana, é no entanto dotada para a diplomacia e dona de
uma grande curiosidade. Desta última característica resulta uma
mulher que não se furta às aventuras mais ousadas. Uma mulher
carinhosa que todavia vai ao encontro dos mais básicos padrões
de vida actuais. |
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Deriva do latim
medieval Catharina e do grego Katharós, uma derivação
do nome da deusa Ekáte e significa "puro". Trata-se de um
nome ao qual se atribui um espírito inseguro e sonhador. Vive de acordo
com as emoções do momento, o que lhe confere a particularidade
de tão depressa estar contente, como assustada. Joga a seu favor uma
grande dose de intuição e de persistência, bem como uma
excelente capacidade de persuasão e feminilidade. |
- Carolina - |
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- Paula/o - |
Estamos perante
mais uma derivação do nome "Carlos". As baptizadas
com este nome evidenciam uma grande tendência para se integrarem bem
na sociedade e de aí alcançarem o reconhecimento. Senhora de
uma personalidade excêntrica e de um temperamento original, acha essa
mesma sociedade onde se insere conformista e preconceituosa. |
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A menina corre
o risco de não se destacar das outras, pois só presta atenção
àquilo que lhe suscita interesse. Paula significa "pequena".
Já o menino que tem o nome Paulo, com o mesmo significado da vertente
feminina, revela ser uma pessoa com um optimismo contagiante e muito ambicioso. |
- Nuno - |
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- Teresa - |
É um nome
de origem latina e deriva de "nono". É normalmente um rapaz
que tem uma grande necessidade de se afirmar enquanto pessoa, bem como de atender
ao seu ego exigente. Pode ser possessivo com a amada. |
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É um nome
grego que significa "a caçadora" ou "a que veio da ilha
de Tera". Indica uma mulher conformista. Contudo, supera o comodismo com
a facilidade que tem de dedicar-se ao estudo e ao trabalho. |
- Francisca/o - |
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- Manuel/a - |
Significa "humilde/pobre".
Não está definida a sua origem podendo ser um nome francês
ou italiano. São pessoas de carácter firme e audaz, mas que demonstram
alguns problemas nas relações sociais. Relativa/o aos franceses
é o significado deste nome. |
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Significa "Deus
está entre nós" e indica uma pessoa que é o oposto
de um solitário, já que gosta de viver rodeada de amigos, tem
um grande sentido de humor, gosta de brincar e prima pela simpatia. |
- Carmo - |
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- Pedro - |
Tem origem no
hebraico Karmel e significa "jardim de Deus". Carmen, que é
a diminuição de Maria del Carmen. Vive a vida com amor e trata-se
de uma mulher sedutora e bastante sociável, |
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São rapazes
simples e extremamente disciplinados que procuram uma realização
intelectual. Tem tendência para monopolizar as atenções.
É um nome que deriva do latim e significa "que é firme como
uma rocha" ou "pedra". |
Laura - |
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- Helena - |
Significa "coroa
de folhas de louro" e indica uma pessoa que não necessita esforçar-se
muito para ser amável e agradável com os outros. |
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Significa "luz"
e revela uma pessoa que parece estar a olhar para dentro de si própria,
em busca da sua verdadeira personalidade. |
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- Maria -
É um nome
hebraico com vários significados: a vidente ou a profeta, a estrela
do mar, a eleita, a senhora. Existem vários nomes compostos com Maria:
Maria de Fátima; Maria Imaculada; Maria de Jesus; Maria José;
Maria de Lurdes; Maria do Rosário; Maria da Conceição;
Maria das Neves; Maria dos Anjos; etc. É uma rapariga serena, caseira
e muito rigorosa com os próprios erros. Tem grandes ambições
e sabe renunciar e viver só. |
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(Registado aqui - Ano de 2008) |
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Loriga &
Sacavém |
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Laços de união
a todos os niveis, tem unido desde sempre
estas duas localidades.
*
Nas décadas de 1950-60 era significativo o grande
número de Loriguenses a viverem em Sacavém,
considerado até por muitos:- uma Loriga em segunda
versão.
*
Em Loriga foi dado o nome de "Rua de Sacavém" a uma
das suas ruas.
Uma rua com o nome de Loriga passou também a figurar na Toponímia
de Sacavém.
*
É em Sacavém que se encontra sediada uma das
Associações Loriguenses existentes fora de Loriga.
-A N A L O R-
Associação dos Naturais e Amigos de Loriga
Rua Sport Sacavanense Lote 30
(Quinta do Património)
2685 - Sacavém
Telef. 21/9417640 - Fax. 21/ 9400515
e.mail: analor@netcabo.pt
É da Propriédade,
Administração e Redação da ANALOR
o Jornal "Garganta de Loriga"
editado em Sacavém e que chega aos Loriguenses
espalhados pelo mundo.
e.mail: gargantaloriga@netcabo.pt
Em 1 de Junho de 1996
procedeu-se à Geminação de Loriga e Sacavém,
sendo nesse ambito assinado pelas respectivas Juntas
os acordos de cooperação. |
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(Registado aqui - Ano de 2008) |
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Rancho Folclórico
Loriguense |
Remota aos primeiros anos da década
de 1950, quando gente de iniciativa da grande comunidade loriguenses sediada em Sacavém,
resolveram criar o Rancho Folclórico Loriguense, que foi criado com grande euforia,
mas que veio a sobreviver relativamente pouco tempo, no entanto, durante o tempo que
esteve em ativo, foi na verdade um êxito sempre muito solicitado para abrilhantar
eventos e festas, na região de Sacavém.
Pouco se sabe e poucos dados são conhecidos do Rancho Folclórico Loriguense
em Sacavém, porque segundo se sabe deixaram de se saber da existência
de registos e documentação, por isso, talvez pelo facto de ter estado
activo muito pouco tempo. |
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Ano 1952
Primeiro Rancho Fólclorico Loriguense em Sacavém, com os nomes de todos
o elementos |
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Canção de Loriga |
Loriga escuta teus
filhos
Que te querem visitar
Com canções e estribilhos
Que te querem vir saudar
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São saudades
dos ausentes
Que sempre recebes bem
Que te trazem como presentes
Saudações de Sacavém |
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Coro
Loriga, é tão linda a nossa terra
Loriga, não há para nós outra igual
Loriga, és a estrela da serra
Mais linda de Portugal
|
Esta voz que nos anima
É para nós nosso querer
Em cada verso, um rima
Para cantar-te até morrer
|
Querida terra tão
amada
És toda a nossa paixão
És por Deus abençoada
Loriga do coração
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Canção cantada
pelo Rancho Fólclorico Loriguense em 1952 |
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(Registado aqui - Ano de 2003) |
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Não existe
nada igual * |
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I
Para rever a minha terra
Pensei sobre ela falar
Fica na encosta da serra
É Loriga. É um altar |
V
Caixão da moura e os poços
Até a nossa ribeira
São de Loriga são nossos
Produtos de brincadeira |
IX
Do Reboleiro lembranças
Do Vinhô só recordar
Da Barroca outras andanças
Do passado é bom falar |
II
Da Portela do arão
Até Loriga avistar
Não é nenhuma ilusão
É lindo é de encantar |
VI
De beleza de penedas
E mesmo a Fonte do Vale
Fonte do Mouro, Represas
São encantos sem igual |
X
O que fica por lembrar
A volta, o Porto e outros
Poço Zé Lages, brincar
Recordações de garotos |
III
Paisagem que faz inveja
Saudade que se sentia
Em rever aquela igreja
De Nossa Senhora da Guia |
VII
Já penso no alto da serra
Penha dos Abutres, Gato
São coisas da nossa terra
Bem lindas com neve e mato |
XI
Penso que está tudo dito
E para mim foi um prazer
Solto agora o meu grito
Deixem Loriga crescer. |
IV
Passando a Ponte Nova
Todo o espanto que encerra
Do trovador sua trova
Doa cantos à nossa terra |
VIII
A Casa dos Ingleses
E também o Surgaçal
São encantos e belezas
Que não existe nada igual |
* José Ferreira
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(Registado aqui - Ano de 2007) |
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Uma ajuda para com mais rapidez
entrar no tema do seu interesse |
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Set/1999 - net/prod.© c.Site
AMMPina
(Ano 2010) |